EX-MARIDO FALA SOBRE DITADURA, TORTURA E TRAIÇÃO A DILMA COM ATRIZ
ELES SE CONHECERAM EM 1969 NA VANGUARDA ARMADA REVOLUCIONÁRIA PALMARES

ARAÚJO E DILMA SE CONHECERAM NA ORGANIZAÇÃO CLANDESTINA VAR-PALMARES.
FOTO: RICARDO JAEGER
Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma Rousseff, fez revelações inéditas
à revista GQ Brasil, entre elas, detalhes sobre o episódio de traição com a atriz
Bete Mendes, que na época estrelava a novela Beto Rockfeller, na TV Tupi.
Araújo contou como eram as lutas contra o regime militar e o seu relacionamento
com Dilma, além de detalhes sobre as torturas e prisões que viveram na época.
Os dois se conheceram em 1969, em reuniões da organização guerrilheira
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Com dez anos
de diferença e uma atração mútua, passaram a morar juntos. “Era uma mulher
atraente, que já havia lido uma boa quantidade de livros para a idade dela”,
relembra Araújo.
Em um encontro político no Rio de Janeiro, Carlos Araújo conheceu Bete Mendes,
por quem logo se sentiu atraído. Logo depois, consolou-a por ter sido abandonada
pelo noivo e acabaram indo parar em seu apartamento. “Improvisei um jantar no
fogãozinho de duas bocas e tomamos um vinho barato”, conta ele. “Foi encantador,
apesar daquele cenário paupérrimo e da comida horrível”. Em seguida, os dois
fizeram uma breve pausa na militância e passaram três dias sozinhos em uma
praia de São Vicente.
Na volta da viagem, Araújo caiu em uma armadilha e sofreu torturas nas mãos
dos militares. Foi detido e somente aí, por meio de uma matéria na Folha de S. Paulo,
soube que sua amante era a estrela da novela Beto Rockfeller, da TV Tupi,
sucesso na época. Ainda na prisão, escreveu uma mensagem para Dilma,
em que contava que estava vivo e confessava o caso de infidelidade.
Em 1976, o casal teve sua única filha, Paula Roussef Araújo. Ficaram juntos
até 1994, mas colocaram um fim definitivo à união em 2000. Atualmente,
são amigos íntimos e Araújo é considerado por algumas pessoas uma espécie
de conselheiro político da presidente, o que ele nega. “Sou mais um ouvido
atento do que um consultor”, afirma.
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