quarta-feira, 6 de julho de 2016

DO CABO VERDE

A minha tese de mestrado foi sobre  Cabo Verde, um país "dentro" de arquipélago, formado por dez ilhas, assim é  Cabo Verde. Foi um estudo "sofrido", nomeadamente um recorte de alguns  patrimônios na ilha de Santiago. 
Dificuldades ali, acolá...fiquei apaixonada. Aliás, dentre muitos povos do continente africano, talvez o caso de Cabo Verde seja "especial" onde em determinado momento da história, o povo de CV, por necessidade de sair ficou mais escolarizado que os povos da colônia. 
Faltava chuva em CV. O mar era sempre a saída. Documentos, fontes primárias atestam como sendo o cabo-verdiano o povo "intelectual" entre os PALOP. Houve um tempo que havia gente mais alfabetizada em CV do que em Lisboa (a metrópole)  A música a literatura brasileira também foram fontes de inspiração para os cabo-verdianos. 
Impossível não falar da revista "Claridade" uma referência da intelectualidade  cabo-verdiana.
Confesso: Sou apaixonada por Cabo Verde. A minha costela africana com toda certeza (eu que digo, não quero saber de DNA kkkkkk)  veio de lá...
Um aspecto muito interessante do povo cabo-verdiano é o respeito e o trato com a língua materna, o "crioulo" . 
De menino a pós -doutor, todos falam o crioulo. A língua oficial, a protocolar é a portuguesa, mas a língua que o cabo-verdiano fala e comunica entre si é o crioulo. A sua base identitária de traço linguístico.
Vale ler o que está escrito e vale ouvir...
Rita Ramos









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