domingo, 30 de novembro de 2014

LA VIE EN ROSE

NÃO CONSEGUI SABER QUEM CANTA, 
MAS ELA É UMA DELÍCIA!


O QUE QUER JANOT

LAVA JATO: UM ACORDO

janot
Janot: em busca de um acordo com as empreiteiras
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, está se reunindo desde a semana passada com as empreiteiras encrencadas na Lava-Jato. Em encontros individuais, propõe que encampem a tese do cartel. Ou seja, agiram em comum acordo, tendo PRC e Alberto Youssef como agentes e parlamentares como beneficiários.
A Camargo Corrêa e a OAS lideram o grupo das envolvidas que querem o acordo imediatamente. Janot prometeu às empresas que elas não seriam declaradas inidôneas e lembrou que o cartel é um crime econômico que seria discutido anos a fio na Justiça.
A propósito, chega nos próximos dias às mãos de Teori Zavascki, do STF, uma ação da Engevix que tem o objetivo de tirar o processo das mãos de Sergio Moro e catapultá-lo para o STF.
Caso Teori rejeite a proposta da empreiteira e mantenha o processo com Moro, os diretores presos perdem toda a esperança de passar o Natal ou Ano Novo em casa e enfrentam a perspectiva de cadeia preventiva e condenação. Nessa situação, tenderiam a aceitar a delação premiada.
Por Lauro Jardim

O PREÇO DA CORAGEM

Morte de jovem deixa Alemanha a debater a coragem no dia-a-dia

Tugce Albayrak, 22 anos, interveio quando três homens assediavam duas outras jovens. Acabou por ser ela a vítima: morreu após ter sido violentamente agredida.


“Quando outras pessoas olhavam para o lado, Tugce mostrou coragem exemplar e rectidão moral”, disse Gauck, acrescentando que a jovem “será sempre um exemplo, o país inteiro está de luto”.

Este domingo há um tributo a Tugce em Berlim.A coragem cívica ou moral (Zivilcourage), ou coragem fora do campo de batalha como a definiu Bismark, tornou-se tema de debate. Na Alemanha, há campanhas para aumentar a reacção de cidadãos a comportamentos criminosos, com cartazes nos transportes públicos pedindo: “Se vês algo, faz algo.” 

A imprensa debate as consequências deste caso: fará com que as pessoas pensem duas vezes antes de ajudar alguém?O McDonald’s, cujos empregados foram acusados de ouvir os gritos das raparigas e nada fazer, defendeu a não intervenção dos funcionários.

O suspeito de ter atacado Tugce é um jovem de 18 anos de origem sérvia e está detido, tendo já admitido a agressão. Ninguém sabia ainda, no entanto, nada sobre as duas raparigas que a jovem foi ajudar.
O pai de Tugce já pediu que as duas jovens contactassem a polícia para depor. Mas estas poderão ter medo de o fazer, diz o jornal alemão Die Welt, já que é provável que não tivessem ainda 18 anos e tivessem bebido.

COZINHA BAIANA

Chef baiana que cozinhou para príncipe está na semifinal do Masterchef em Londres

por Jamile Amine
Chef baiana que cozinhou para príncipe está na semifinal do Masterchef em Londres
A baiana Luciana Berry está na 7ª edição do Masterchef inglês. Fotos: BBC
Chef Luciana Berry (34), nascida em Salvador e criada em Vitória da Conquista, ganhou os jurados da sétima edição do Masterchef Profissionais, em Londres, com temperos bem baianos. Ela, que preparou pratos como moqueca de lagosta, pato defumado com purê de aipim e farofa de feijão tropeiro, conseguiu surpreender o júri e está entre os 12 melhores cozinheiros selecionados para a semifinal da competição exibida na BBC do Reino Unido.

Luciana conquistou Monica Galetti e Gregg Wallace, jurada do Masterchef e crítico gastronómico
Luciana cursava engenharia elétrica no Brasil, quando resolveu visitar a Inglaterra, e acabou ficando por lá, onde vive há 10 anos, com o marido inglês e um filho de três anos. O interesse pela gastronomia veio de algo muito comum aos brasileiros expatriados: a saudade. “Quando vim, sentia tanta saudade que dizia: ‘vou ter que cozinhar, senão vai doer’. Meus pais tinham restaurante, minha mãe cozinha muito bem, então comecei a pedir receitas para ela, que me ensinava as coisas”, conta a baiana, que para se sustentar trabalhava como gerente de restaurante, ambiente propicio para se aproximar mais ainda da cozinha. Ela tomou ainda mais gosto pela comida e começou a cozinhar para amigos, que a indicavam para outros amigos, e então, o hobby virou negócio. “Várias pessoas começaram a me chamar para fazer festas. Com o tempo ficou tão grande que tive que montar uma empresa em 2010”, lembra Luciana, que até então era autodidata, mas quis “dar mais um grau” e ingressou na Le Cordon Bleu, uma das mais conceituadas escolas de culinária do mundo. Ali ela aprimorou as técnicas francesas, que usa hoje, até mesmo no Masterchef, para dar um ar gourmet a pratos tradicionais brasileiros.


Um dos pratos preparados pela brasileira no programa foi uma empada de amígdalas

Com o tempo, Luciana ganhou mais clientes e chegou a conquistar até mesmo a nobreza britânica. “Cozinhei uma vez para o príncipe Edward, filho da rainha. Tive que mandar uma lista de ingredientes para o palácio e lá eles avaliaram para ver se estaria dentro da dieta. Eu queria fazer uma moqueca, mas acabaram vetando o dendê, então eu fiz tipo um ensopadinho. Foi um processo para cozinhar, tive que deixar passaporte, placa do carro. Preparei tudo na casa de um amigo dele, enquanto carros da Scotland Yard (polícia britânica) ficavam ao redor, para impedir que qualquer pessoa não autorizada ultrapassasse o bloqueio feito a 1km do local onde o príncipe estava”, lembra a baiana, que mesmo com tamanha pressão, disse que o Masterchef Profissionais é ainda mais tenso. “Nossa, o Masterchef é mais arrepiante. Para o príncipe eu já sabia o que ia fazer, já estava confiante, faço moqueca de olhos fechados. Já na competição a gente não sabe o que vai ter que cozinhar. É um teste para os nervos, pra você ficar balançada”, conta Luciana, que chegou a ser alertada pelos jurados, por tremer demais e correr o risco de ser traída pelo nervosismo. A dificuldade vem do formato do programa, que prevê provas de alta pressão, onde os participantes têm um tempo limitado para cozinhar produtos que só são revelados quando as câmeras são ligadas. Já na primeira prova, Luciana teve uma hora para preparar um prato assinatura, decidiu pela moqueca de lagosta e conseguiu impressionar os jurados; depois ela passou por um teste de habilidade, recebeu um molusco estranho, semelhante a uma lula gigante, e teve que prepará-lo em 15 minutos. E mais uma vez conseguiu convencer os avaliadores.

O clima é tenso na cozinha do Masterchef Profissionais 
Na terceira etapa veio uma prova ainda mais complicada, os competidores receberam amígdalas e tinham 1h para cozinhar. Apesar de baiana, Luciana não aprecia muito algumas exoticidades e comparou a iguaria à buchada, “Detesto essas coisas, chegou a embrulhar o estômago”, revelou. Mas como uma boa Chef, mesmo a contragosto, já havia provado o prato quando precisou cozinhar amígdalas para um cliente. Ela aproveitou a experiência para bolar uma estratégia. “Sabia vários nunca tinham mexido com o produto, todo mundo ia fritar porque é a maneira mais fácil de fazer qualquer coisa. Ai tive a brilhante ideia de fazer uma empada. Os jurados disseram que eu não iria conseguir fazer em tempo, mas eu decidi encarar o desafio. Fiz a empada com tanta manteiga, mais que o normal mesmo, para derreter na boca. Fiz o recheio também com fígado de galinha, vinho e maçã e um molho de carne, espinafre e champignon selvagem. Deu certo, o jurado ficou impressionado e disse que a massa derretia na boca igual a sorvete”, contou a Chef baiana, que na última etapa realizada nesta quinta-feira (27), conseguiu seguir a diante depois de prova em que precisou cozinhar com ingredientes do lixo, como banana podre, cabeça de peixe, bochecha de peixe, espinha e ossos. O próximo desafio acontece na terça-feira (2), mas Luciana, uma das 3 mulheres entre os primeiros 40 selecionados na primeira etapa, tem buscado coragem e apostado em uma fórmula arriscada para seguir na competição. “Estou me arriscando muito colocando muita comida brasileira que sei que eles não estão acostumados e tem um paladar diferente, mas meu propósito maior é mostrar nossa culinária e cultura”, explica a Chef, que pretende quebrar preconceitos. “Estoucansada do pessoal achar que culinária brasileira é churrascaria e feijão preto. A gente que vem da Bahia, por exemplo, sabe que tem tanto ingrediente maravilhoso. Quero mostrar o máximo possível a comida brasileira, o tempero baiano. Na minha cozinha vem minha cultura dentro”, diz Luciana, que além dos práticos mais exóticos para o paladar britânico, tem se destacado também pela alegria. 

MAIS UM MORRE...

SOBREVOANDO O RIO DE JANEIRO!


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CHAVES E A MORTE


A FAMOSA FRASE...


FORAM AVISADOS!

A água está chegando ao pescoço

O advogado da Petrobras avisou o Planalto dos riscos de a estatal continuar contratando obras sem licitação apesar das sucessivas advertências do Tribunal de Contas da União sobre irregularidades

Dilma Rousseff

Na semana passada, VEJA mostrou que mensagens eletrônicas encontradas pela Polícia Federal nos computadores do Palácio do Planalto revelavam que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff tiveram, em 2009, a oportunidade de interromper a ação dos corruptos que atuavam no coração da Petrobras — e a desperdiçaram. Chefe da Casa Civil do governo Lula, Dilma recebeu do então diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um e-mail alertando para o risco de que obras sob sua responsabilidade fossem paralisadas por recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). Cérebro da quadrilha que desviou bilhões dos cofres da companhia, Paulo Roberto estava preocupado com a ação dos auditores que começaram a farejar pistas da existência do cartel de empreiteiras que superfaturava contratos na estatal. Para impedir que o dinheiro parasse de jorrar no bolso dos corruptos, o diretor sugeriu que o governo agisse politicamente para neutralizar as denúncias do tribunal. E assim foi feito. Logo depois de receber a mensagem, Dilma se pôs a criticar a iniciativa do TCU, e Lula vetou a decisão do Parlamento de interromper as obras suspeitas, entre elas a de construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Na esteira da apuração da reportagem, VEJA perguntou à presidente, que também comandava o Conselho de Administração da Petrobras na ocasião, se era comum um diretor desconsiderar a hierarquia, dirigir-se diretamente ao Palácio do Planalto e tomar a liberdade de oferecer sugestões políticas para um problema administrativo. Dilma não respondeu. A presidente também não explicou por que o governo, em vez de atuar para sanar as irregularidades apontadas pelo tribunal, fez exatamente o contrário. Depois da publicação da reportagem, Dilma Rousseff preferiu, em nota oficial, atacar o mensageiro. Ela acusou VEJA de manipulação. A revista só relatou fatos produzidos pelos governos de Lula e Dilma. Não foi VEJA que colocou Paulo Roberto Costa na Petrobras com o objetivo de montar um esquema de corrupção para obter recursos a ser entregues a políticos e partidos aliados do governo. Não foi VEJA que colocou o doleiro Alberto Youssef a serviço do esquema de Costa na Petrobras. Quem disse que Lula e Dilma sabiam de tudo foi Youssef. VEJA apenas revelou a fala do doleiro. Portanto, não adianta esbravejar contra o mensageiro, quando é a mensagem que fere.
Em 29 de maio de 2007, o então advogado da estatal junto ao TCU, Claudismar Zupiroli, enviou um e-mail à então secretária ­executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Ele relatou sua preocupação com o fato de o TCU estar no pé da Petrobras pelo uso abusivo de um decreto que permite gastos sem licitação na estatal (leia a entrevista com o presidente do TCU na pág. 72). Zupiroli informa que há um “voa barata” entre os gestores da Petrobras, que estavam “com medo do recrudescimento do tribunal em cima deles”, por causa das contratações sem licitação. Editada em 1998 no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, a norma foi idealizada com uma finalidade nobre: agilizar a contratação de serviços prioritários e urgentes a fim de evitar que a estatal perdesse competitividade no mercado. Nas mãos de Paulo Roberto Costa e de outros diretores corruptos da estatal, no entanto, o decreto passou a ser usado indiscriminadamente para dispensar a licitação em praticamente todas as obras, servindo de biombo para acobertar as maiores atrocidades patrocinadas com o dinheiro público.
É da natureza dos corruptos não se intimidar diante de leis e decretos que dificultam sua ação. Assim, não se pode ver na dispensa de licitação a única causa da transformação das obras da Refinaria Abreu e Lima no maior assalto aos cofres públicos já registrado na história do Brasil. De 2,5 bilhões de dólares, o custo da refinaria saltou para 20 bilhões. Uma parte considerável desse dinheiro foi desviada pelo esquema de corrupção liderado por Paulo Roberto na Petrobras. No relatório de 2009, o TCU alertava para a existência de superfaturamento. Informava que os negócios suspeitos eram planejados em uma sala secreta, localizada no 19º andar do edifício-sede da Petrobras. Era lá que Paulo Roberto dava expediente como diretor de Abastecimento. Dali ele redigiu a mensagem a Dilma Rousseff sugerindo a bem-sucedida intervenção do governo para que nada fosse investigado.
Zupiroli também achou por bem advertir Erenice: “Cresce a corrente dos que se recusam a assumir cargos de responsabilidade, como cresce a disposição daqueles que acham que devem ligar ‘o f.’ no sentido de aplicar a Lei de Licitações, independentemente das consequências. A água está chegando ao pescoço”. Não há registro de que a principal conselheira de Dilma tenha tomado alguma providência no sentido de ao menos averiguar se havia algo errado. O que se viu foi que as contratações sem licitação continuaram a todo o vapor. O primeiro e-mail revelado por VEJA mostrou que o Planalto foi acionado por Paulo Roberto Costa para não deixar o TCU interromper as obras e, claro, a dinheirama sem licitação. A mensagem do advogado, bem mais explícita e eloquente, mandara o mesmo recado dois anos antes. Na semana passada, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) apresentou requerimento pedindo a convocação de Dilma e Lula para prestar esclarecimentos na CPI mista da Petrobras. “A presidente disse que está disposta a aprofundar toda a investigação. Nada mais justo do que ela ir à CPI para esclarecer, em primeiro lugar, a acusação do doleiro e, agora, a ligação com esse diretor corrupto.” O parlamentar também quer que o ex-presidente e sua sucessora expliquem como a quadrilha conseguiu se instalar na Petrobras sem que o governo percebesse. Quadrilha que, segundo os depoimentos colhidos pela polícia, também ajudou a financiar a própria campanha presidencial de Dilma em 2010 e alimentou o caixa do PT e de seus aliados.
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
Mais uma vez repito: não tenho ideologia partidária. Gente podre existe em qualquer partido. Neste momento uso das informações da imprensa da oposição, como faria se o governo fosse de PSDB. Oposição, numa democracia, é sempre saudável.          E, como dizem os bascos: "Si hay gobierno, soy contra!"

ARTE CINÉTICA?


UM EMPRESÁRIO BAIANO

Carlos Suarez está perto de um lucro de 1 300% em 7 anos

Unidade da Controlar no Parque do Estado, em São Paulo
Na hora e no lugar certos: dono de um conglomerado com mais de 30 empresas, Carlos Suarez fez ótimos negócios nos últimos anos. Depois de sair da OAS, tornou-se sócio de várias empresas, entre elas a Controlar (foto), da qual detém 45%

São Paulo - O empresário baiano Carlos Seabra Suarez, de 61 anos, é um homem rico e discreto. Ele não aparece em eventos, não dá entrevistas, não figura na lista dos homens mais ricos do país, embora certamente seja um deles. Poucos sabem ao certo o tamanho exato de seu grupo empresarial. Segundo um levantamento feito por EXAME, pelo menos 35 empresas pertencem a ele.
Em Salvador, onde vive parte do ano (a outra parte passa na região espanhola da Galícia), é dono de terrenos e empreendimentos imobiliários. No resto do país, a discrição garante seu virtual anonimato. Entre os empresários do setor de energia, é conhecido como “o homem do gás”, por ser sócio de distribuidoras de combustível em estados como Amazonas e Distrito Federal. Em seis delas, é sócio da Petrobras, a maior empresa do país.
Engenheiro de formação, Suarez começou a carreira na construtora Odebrecht. Mais tarde, em 1976, foi um dos fundadores da empreiteira OAS — a inicial de seu sobrenome permanece na marca da construtora, da qual se desligou na década de 90. Ao deixar a empresa, levou terrenos e imóveis como parte do pagamento por suas ações.
A partir daí, começou a construir um pequeno império. Especializou-se em elaborar projetos de infraestrutura, quase sempre em parceria com governos e estatais. Além de oito distribuidoras de gás, é dono de uma usina térmica, uma empresa de energia eólica e companhias de manutenção de usinas, além de ter participações minoritárias que valem muito dinheiro.
Neste momento, está prestes a fechar um de seus maiores negócios: a venda de sua participação de 49% na Brasil PCH, empresa que reúne 13 usinas hidrelétricas de pequeno porte e que fundou em sociedade com a Petrobras.
Há dois meses, a petroleira acertou a venda de seus 49% por 650 milhões de reais para a Cemig, estatal mineira de energia. A Cemig já informou que quer também comprar o restante do negócio, pagando o mesmo valor acertado com aPetrobras
Se aceitar a oferta da Cemig, o empresário conseguirá um lucro de 1  300% em sete anos de investimento. As atas de assembleias da Brasil PCH mostram que a Petrobras investiu 75 milhões de reais para entrar na sociedade, enquanto Suarez colocou 46 milhões, sendo apenas 10 milhões em dinheiro.
O restante foi contabilizado com base em projetos de pequenas centrais hidrelétricas que permaneciam no papel, aguardando capital para ser erguidas. Firmada a parceria, a Petrobras viabilizou financiamentos de 800 milhões de reais no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (­BNDES) e de 280 milhões com o Petros (fundo de pensão dos funcionários da petroleira) para a construção das usinas.
A estatal costurou também o acordo com a Eletrobras, que garantia a compra da energia da Brasil PCH por 20 anos. O negócio prosperou e, no ano passado, faturou 311 milhões de reais, com lucro de 48 milhões. A venda da participação da Petrobras faz parte da estratégia desenhada pela presidente da estatal, Graça Foster, que pretende se desfazer de subsidiárias para aliviar as finanças e cumprir os investimentos programados para os próximos anos. 
Gás amazônico
A notável valorização das ações de Sua­rez na Brasil PCH é sua terceira grande tacada nos últimos 11 anos. Em 2002, o empresário comprou 83% da Companhia de Gás do Amazonas, a Cigás. Como não havia distribuição de gás em Manaus, a empresa não valia quase nada — os 83% foram vendidos por 3 milhões de reais. Mas logo esse valor seria multiplicado.
Dois anos depois da aquisição, a Petrobras anunciou a construção de um gasoduto para escoar o gás extraído de um campo no Amazonas. A obra custou 4,5 bilhões de reais e foi inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009. Com a chegada do gás a Manaus, a Cigás valorizou, e muito.
No fim de 2012, o atual governador do Amazonas, Omar Aziz, do PSD, cogitou vender os 17% que restaram ao estado e chegou a falar em 200 milhões de reais. Hoje, um consórcio liderado pelo banco de investimento BTG ­Pactual trabalha na avaliação da Cigás a pedido do governo estadual — especialistas no setor afirmaram a EXAME que esse valor pode chegar a 700 milhões de reais.
Em 2009, Suarez fechou outro grande negócio — a venda de 55% da Controlar, empresa que ganhou, em 1996, a concessão para inspecionar os carros da cidade de São Paulo. As empresas Brisa e CCR pagaram 174 milhões de reais a Suarez.
Tanto a venda da Controlar quanto a compra da Cigás envolveram Suarez em polêmicas. Há dois anos, a Justiça bloqueou os bens de Suarez e do então prefeito, Gilberto Kassab. Um ano antes da venda da Controlar, a prefeitura prorrogou por dez anos a concessão.
O Ministério Público alegou que a renovação era lesiva aos cofres públicos, já que a Controlar, segundo os promotores, não tinha a estrutura necessária para prestar o serviço e, portanto, o contrato com a prefeitura deveria ter sido cancelado. Em 2011, dois promotores pediram a devolução de 1 bilhão de reais aos cofres municipais.
O processo ainda não foi julgado. No caso da Cigás, deputados querem investigar se o estado do Amazonas foi lesado na venda da empresa. Para eles, a Cigás tinha um potencial de valorização muito alto, mas foi vendida por um preço irrisório. “É evidente que Suarez já sabia que a Petrobras faria o gasoduto.
Ele comprou a empresa a preço de banana e esperou a Petrobras fazer o resto”, afirma o deputado estadual Marcelo Ramos, do PSB. Procurado por EXAME, Suarez não respondeu ao pedido de entrevista. A decisão sobre a venda da Brasil PCH deve ser conhecida até o fim do ano.

CATEDRAIS DE PORTUGAL

ANOS ATRAS TINHA ENCONTRADO NUM SEBO - BERINJELA, PERTO DA RUA CHILE, SALVADOR - 
UM LIVRO SOBRE IGREJAS DE PORTUGAL.
RESOLVI USA-LÓ DURANTE UMA VIAGEM 
DE CARRO A ESTE PAÍS.
FOI UMA EXCELENTE FORMA 
DE MOTIVAR A VIAGEM.


LA HISTÓRIA DE UN AMOR

Y VIVA EL BOLERO!

a versão hispano-francesa...

Caro Jim, por que andas sumido?  
Já que és apreciador de música de boa qualidade (buena qualidad), acredito que conheces o grupo French Latino, um excelente conjunto de música latina, fundado e liderado por Jean-Paul, apelidado de El Padrino (O Padrinho), nascido na Argélia de uma família francesa que, após a guerra de libertação daquele país, se mudou para Paris onde Jean-Paul seguiu uma carreira artística de relativo sucesso, porém, restrito à França, tendo passado muito tempo ligado ao grupo do Club Med, se apresentando com uma banda que fundara nos hotéis dessa companhia espalhados pelo mundo.

Em 1979, resolveu seguir voo solo e fundou a sua própria empresa de gravações, continuando com suas apresentações. De 1982 a 2007 gravou ótimos álbuns e se apresentou por toda a região do Mediterrâneo a partir da França.

Em 2009 resolveu fundar o seu grupo atual, French Latino, reunindo um time de excelentes musicistas e tendo ele e sua filha Michelle, que seguia uma promissora carreira de cantora, como os vocais do grupo, numa parceria feliz e bem-sucedida que perdura até hoje.


A partir da criação do French Latino, começou um profundo e cuidadoso trabalho de preparação do repertório, tendo à frente sua esposa, cujo álbum mais notável intitula-se Guarda La Esperanza, contendo 12 canções que são verdadeiros hinos à vida.


e a versão flamenca






sábado, 29 de novembro de 2014

EDUQUE SEUS FILHOS!



Pediatra lista 10 coisas que não devemos dizer para as crianças. Vale a pena ler, já que isso pode influenciar (e muito!) na personalidade delas. 

1 – Não rotule seu filho de pestinha, chato, lerdo ou outro adjetivo agressivo, mesmo que de brincadeira. Isso fará com que ele se torne realmente isso.

2 – Não diga apenas sim. Os nãos e porquês fazem parte da relação de amizade que os pais querem co
nstruir com os filhos.

3 – Não pergunte à criança se ela quer fazer uma atividade obrigatória ou ir a um evento indispensável. Diga apenas que agora é a hora de fazer.

4 – Não mande a criança parar de chorar. Se for o caso, pergunte o motivo do choro ou apenas peça que mantenha a calma, ensinando assim a lidar com suas emoções.

5 – Não diga que a injeção não vai doer, porque você sabe que vai doer. A menos que seja gotinha, diga que será rápido ou apenas uma picadinha, mas não engane.

6 – Não diga palavrões. Seu filho vai repetir as palavras de baixo calão que ouvir.

7 – Não ria do erro da criança. Fazer piada com mau comportamento ou erros na troca de letras pode inibir o desenvolvimento saudável.

8 – Não diga mentiras. Todos os comportamentos dos pais são aprendidos pelos filhos e servem de espelho.

9 – Não diga que foi apenas um pesadelo e mande voltar para a cama. As crianças têm dificuldade de separar o mundo real do imaginário. Quando acontecer um sonho ruim, acalme seu filho e leve-o para a cama, fazendo companhia até dormir.

10 – Nunca diga que vai embora se não for obedecido. Ameaças e chantagens nunca são saudáveis.

OS CARROS? ACABOU!


Redação Pragmatismo
MOBILIDADE URBANA10/NOV/2014 ÀS 17:14
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COMENTÁRIOS

Helsinki pretende acabar com os carros num futuro próximo

Helsinki, capital da Finlândia, pode dar adeus ao transporte                     individual automotivo a partir de 2015. Testes para sistema impressionante de integração entre veículos urbanos tomam               forma e jovens cidadãos não querem sequer saber de comprar         carros

helsinki finlândia carros transporte
Helsinki, Finlândia. Cidade pretende acabar com o transporte individual automotivo a partir de 2015 (Foto: Alvaro Sanchez)
Dispor de um sistema de transporte público confiável e eficiente é uma meta de muitas             cidades para desincentivar o uso dos automóveis e, assim, evitar os danos ambientais                  que eles causam. Há poucos dias, o poder público de Helsinki (Finlândia) anunciou um         ambicioso plano que busca fazer, a partir do próximo ano, com que seus cidadãos não              tenham motivos para utilizar os carros em 2025.
A meta, nesse sentido, é integrar vários modais ao seu sistema de transporte público.                         A engenheira de transporte do Departamento de Planejamento de Helsinki, Sonja Heikkilä,        destaca que o plano não pretende proibir os automóveis, mas entregar mais opções de       mobilidade sustentável com o objetivo de que as pessoas sintam-se completas com o           transporte público.
O objetivo, segundo a engenheira, é mudar o paradigma de como nos movemos dentro                     da cidade – um tema complexo, porque muitas pessoas não querem renunciar aos seus             carros, mas é possível pois a maioria está interessada em cuidar do meio ambiente e                 poupar dinheiro.
Para muitos jovens, o carro não é mais o símbolo de status que foi para seus pais, aponta        Heikkilä ao Helsinki Times, com base em pesquisas. Essa percepção acerca da juventude                 é uma das apostas da capital finlandesa para que o plano seja um sucesso, levando-se em           conta que um sistema de transporte público eficiente ajudaria a manter tal paradigma pelos     próximos dez anos.

Demanda

O projeto de Helsinki, cidade com cerca de 600 mil habitantes, é baseado no conceito de                que o transporte público precisa atender a uma demanda personalizada da população.              Assim, quando uma pessoa precisar de transporte, poderá planejar sua viagem em              aplicativos para smartphones nos quais sejam indicados horários, origem e destino, e                       se prefere ônibus, bicicletas, táxis, metrôs ou trens, para uso individual ou compartilhado                com outros usuários.
A forma de pagamento estaria centrada em uma plataforma universal, independentemente                do meio de transporte escolhido. Uma das opções sugere que os cidadãos paguem pelos        serviços conforme o número de quilômetros percorridos. Outra alternativa propõe que se         possam comprar quilômetros mensais.

É possível?

Atualmente, o transporte público de Helsinki é operado unicamente pela Autoridade de         Transporte Regional. Heikkilä acredita que o plano poderia funcionar melhor em 2025                      com a inclusão de outros operadores.
Por enquanto, está previsto que o plano funcione no final de 2014, numa versão piloto,                     em Valilla, um bairro central da cidade finlandesa, com o intuito de que seja ampliado      posteriormente para outras áreas de Helsinki.
Um projeto semelhante tem sido desenvolvido em Hamburgo, na Alemanha, batizado de                      Green Network. Lançado em 2013, o plano busca eliminar o uso dos automóveis nos             próximos 20 anos por meio da conexão com todas as áreas verdes da cidade, pelas                      quais os cidadãos poderão chegar a diferentes lugares caminhando ou de bicicleta.

UM FILME NEGRO (1943)

CABIN IN THE SKY
Uma cabana no céu, baseado na lenda de Faust, é um marco na história do cinema americano. Foi preciso muita coragem para a MGM investir, já que muitas salas de projeção recusariam apresentar um filme só com negros. 
E mais: o filme foi dirigido por Vicente Minelli.
Lena Horn, Louis Armstrong e Duke Ellington parciciparam da filmagem.
Trata-se portanto de um filme antológico.


(NÃO ME RESPONSABILIZO PELA TRADUÇÃO. É DO GOOGLE) 
O jogador e beberrão "Little" Joe Jackson é baleado por Domino Johnson no clube de jogo de Jim Henry sobre uma dívida de jogo. Esposa pouco de Joe, o temente a Deus Petunia Jackson, ora não só para a vida mortal de seu marido, mas também sua alma eterna como ela está com medo de que se ele morrer agora, ele, apesar de não ser um homem mau, não vai fazê-lo para o céu . 
Como Little Joe está perto da morte, ele recebe a visita de agentes, tanto do Senhor e de Lúcifer. Eles fazem um acordo com ele: eles vão dar-lhe seis meses para expiar os erros de sua vida humana. Uma vez de volta à Terra, ele não vai se lembrar do negócio, mas tanto o Senhor e Lúcifer será cuidando dele, tentando levá-lo a ver as coisas à sua maneira. Como ambos os lados para tentar obter a alma de Little Joe, eles descobrir que algumas das mais poderosas ferramentas que têm à sua disposição são as mulheres da vida de Little Joe: Petunia em nome do Senhor ...

A DIVINA BILLIE HOLIDAY

CANTA O CLÁSSICO "BLUE MOON"


Billie Holiday (Filadélfia7 de Abril de 1915 — Nova Iorque17 de Julho de 1959), por vezes, mais conhecida comoLady Day, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz.
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em FiladélfiaPensilvânia, foi criada em Baltimore por pais adolescentes1 . Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Saddy Fagan, apenas treze. Seu pai, guitarrista e banjoista, abandonou a família quando Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda de jazz. Sua mãe, também inexperiente, frequentemente a deixava com familiares, ela teve uma infância difícil.1
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi violentada sexualmente por um vizinho, e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos quatorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu naprostituição.
Sua vida como cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.

Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big bandde Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Billie nunca teve educação formal de música e seu aprendizado se deu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, Sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia em sua voz.
Pouco antes de sua morte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em1972, tendo Diana Ross no papel principal1 .

Morte[editar | editar código-fonte]

No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo voltou a beber pesado. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram levá-la para um hospital, mas ela descartou-os.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos. Recebeu voz de prisão por posse de drogas enquanto estava no hospital, morrendo, sendo seu quarto invadido pelas autoridades. Policiais ficaram de guarda na porta de seu quarto. Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que morreu de edema pulmonar e insuficiência cardíaca causada por cirrose hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares (pagos por um tablóide) por um artigo sobre sua pessoa. A cerimônia fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na sexta-feira, 17 de julho de 1959, na cama em que havia sido presa pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de narcóticos; no quarto de onde um policial havia se retirado - por ordem judicial - apenas algumas horas antes de sua morte, que, como sua vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas desgastou-se fisicamente a uma reduzida e grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."
Encontra-se sepultada no Saint Raymonds Cemetery NewBronxNova Iorque nos Estados Unidos.2

O PIOR FILME DE TODOS OS TEMPOS


Nos anos 90, quando assisti Cinderela Baiana, a cinebiografia ficcional de Carla Perez, achei que tinha assistido ali o pior filme já feito no mundo. Esperei quase 20 anos para ver que, em se tratando do pior, sempre haverá alguém capaz de ir mais fundo no fundo do poço. Falo de O CASAMENTO DE GORETE, a maior coleção de erros já reunidas em uma única película. O argumento - filho gay com tendencias afetadas, expulso de caso após o pai flagrá-lo vestido de mulher abraçado a um amiguinho, precisa voltar a casa paterna depois de 20 anos para receber a herança, desde que case com um homem (como assim? ele não foi expulso por ser boiola?), é raso como uma folha de papel recém saída da resma. Para conta de roteiro tão desafiador, o diretor(??????) Paulo Vespúcio (que um dia achei um ator interessante até...) reúne o maior número de clichês, grosserias, piadas chulas, situações ridículas e equívocos em todos os níveis e de todos os tipos. A caracterização das personagens é um dos maiores exercícios de abominação já vistos. Tudo é tosco, grotesco e deplorável, fora de qualquer ilustração mínima do que seja direção de arte. Nem sequer se pode chamar de direção de trash, seria injusto com o kitsch, digo mais, se jogar no lixo, ofende aos dejetos. Cenografia, figurino, maquiagem, luz, trilha, tudo ultrapassa o bizarro, se inscreve instantaneamente na categoria aberração. Quanto aos atores, bem, eles até que se esforçam, mas é tudo tão absurdo, tão horrível, tão terrivelmente ruim que assusta saber que figuras tão díspares como o ator Ricardo Blat, o comediante Tadeu Melo e a cantora baiana Virginia Rodrigues, foram parar nessa roubada. Posso ressalvar que em cinema o ator tem pouco ou quase nenhum controle sobre seu próprio trabalho, quanto mais o resultado final. Ele não sabe como sua imagem está sendo capturada nem como será editada. O protagonista Rodrigo Sant'Anna demonstra porque o Zorra Total é seu lócus, mas aproveita para explicitar que é também seu teto, pois além daquela representação caricata e bufa de tipos esquemáticos e estereotipados, resumidos a bordões tolos que agrada a meia dúzia de incautos, ele não é capaz de ir. Fosse eu presidente do Sated-RJ proporia a cassação sumária de seu registro de ator!
SÉRGIO SOBREIRA

O SANGUE DOS ESTUDANTES

PROTESTO EM SÃO PAULO

Após massacre dos 43 estudantes, México está em choque

Crime foi confessado por traficantes de drogas detidos.
Corpos queimaram por 14 horas até serem jogados em um rio.

México amanheceu, neste sábado (8), horrorizado com o massacre dos 43 estudantes desaparecidos confessado por traficantes de drogas detidos - revelação essa em que os pais das vítimas se recusam a acreditar até que haja provas.
Depois de quase um mês e meio sem notícias claras sobre os estudantes, a Procuradoria Geral mexicana divulgou a chocante declaração de três membros do cartel de drogas Guerreros Unidos. O trio confessou o assassinato dos jovens, relatando que os corpos queimaram por 14 horas até serem jogados em um rio.
Até agora, a Procuradoria havia conseguido reconstituir apenas parte do crime ocorrido na trágica noite de 26 de setembro, em Iguala, no estado de Guerrero (sul). Policiais locais atacaram alunos da combativa Escola de Magistério de Ayotzinapa, por ordem do agora ex-prefeito detido. O objetivo era evitar protestos durante um comício liderado pela primeira-dama da prefeitura.
Nesses ataques, seis pessoas morreram, e 43 alunos foram dados como desaparecidos, a maioria entre 18 e 21 anos. Segundo confissões de outros envolvidos detidos, os jovens teriam sido entregues por policiais a traficantes do Guerreros Unidos.
A organização Human Rights Watch classificou o crime como 'um dos mais graves registrados na história contemporânea do México e da América Latina'.
Trata-se do pior momento político do governo Enrique Peña Nieto, desde que o presidente assumiu o cargo em 2012. Protestos em massa varrem o país, e a expectativa é que aumentem após as últimas notícias.
Na sexta-feira à noite, cerca de 300 pessoas se concentraram, levando velas, na emblemática praça do Ángel de la Independencia na capital e, depois, seguiram para a sede da Procuradoria. Na fachada do prédio, pintaram "#YaMeCanséDelMiedo" (#jamecanseidomedo).
"Sinto impotência, coragem, incredulidade em relação ao que o governo diz que aconteceu", disse à AFP Judit Ureña, mãe de uma menina de 7 anos.
Também na sexta, os aguerridos professores da Coordenadoria Estatal de Trabalhadores da Educação de Guerrero (CETEG, na sigla em espanhol) ameaçaram radicalizar seus protestos, que incluíram bloqueios de estrada, saques a lojas e até atear fogo ao Palácio do Governo em Chilpancingo.
Para o historiador Lorenzo Meyer, agora, "o importante é ver como a sociedade mexicana vai reagir. Vai continuar tão apática como foi durante anos? Tão acostumada com as coisas do jeito que são?".
"Espero que o estado de choque não seja apenas meu, mas que seja compartilhado por meus concidadãos. Se isso não causar um choque entre nós, nada poderá causar", disse Meyer à AFP.
Mais de 80 mil pessoas foram assassinadas no México, e outras 22 mil estão desaparecidas, desde que o ex-presidente Felipe Calderón lançou o combate militar contra os cartéis, em 2006.
Pais mantêm esperança
Até o momento, os pais são os primeiros a garantir que não vão "baixar a guarda" diante da reviravolta nas investigações.
"Parece que interessa ao governo federal, com uma grande irresponsabilidade, que isso acabe logo, porque tudo é na base de depoimentos, não há nada certo", declarou Meliton Ortega, tio de um dos desaparecidos.
Com base nas confissões de três pistoleiros, divulgadas parcialmente em vídeos na sexta-feira, o procurador-geral do México, Jesús Murillo Karam, contou que os estudantes foram levados para um lixão da localidade vizinha de Cocula, na noite de setembro. Alguns já chegaram ao local mortos por asfixia, e os demais foram assassinados lá mesmo.
Segundo os pistoleiros, os corpos calcinados foram fraturados, colocados em sacos de lixo e jogados em um rio próximo de Cocula. No lixão, peritos encontraram cinzas e alguns vestígios de ossos humanos. Murillo Karam destacou que um dos sacos foi encontrado fechado, com restos humanos que dificilmente serão identificados.
Os pais das vítimas afirmam que acreditarão na versão atual apenas quando os restos mortais encontrados forem verificados por uma perícia independente.
Presidente embarca para a China 
Em meio ao estado de comoção nacional, continua a causar polêmica a viagem do presidente Peña Nieto à China e à Austrália, onde participará de cúpulas de economia, entre elas a do G-20.
Os pais dos estudantes acusam o governo de falta de sensibilidade. Já analistas consultados pela AFP, como o ex-oficial de Inteligência mexicano Alejandro Hope, suspeitam de que as novas revelações tenham sido divulgadas propositadamente na sexta-feira e antes da viagem do presidente.
"Para mim, parece que há uma tentativa de 'administrar tempos'. Se guardaram a informação, imagino que tenha sido por razões que tenham mais a ver com 'tempos políticos'', comentou Hope.

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