quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

BOM DIA 2016!

FARRA DO GOVERNO BAIANO

Governo baiano paga R$ 230 mil para bancar festa privada com Bell Marques



JOÃO PEDRO PITOMBO
DE SALVADOR
Uma semana antes do Carnaval, o governo da Bahia firmou contrato de patrocínio de R$ 230 mil para uma festa privada produzida pelo cantor de axé Bell Marques.
A festa, chamada de Ensaio Geral, aconteceu no último sábado (7) na praia do Forte, uma das vilas de maior fluxo turístico da Bahia e reduto das famílias ricas de Salvador no verão.
Os ingressos para a festa custaram R$ 90 a meia-entrada e R$ 180 a inteira. O Ensaio Geral teve shows da banda Aviões do Forró, de Bell Marques e da banda Oito7Nove4, formada pelos filhos de Bell.
O contrato de patrocínio foi firmado com inexigibilidade de licitação entre a Bahiatursa, órgão da secretaria estadual do Turismo, e a Cara Caramba Produções Artísticas, que tem Bell Marques como um dos sócios.


Presidente da Bahiatursa, Diogo Medrado argumentou que não há contradição no fato do poder público bancar festas privadas.
“É uma festa tradicional e que cerca de 30% do público é formado por turistas. Por isso, fizemos lá uma ação promocional do ‘destino turístico Bahia’”, afirmou.
Medrado também alega que “não é a primeira vez” que o governo patrocina eventos pré-carnavalescos privados e cita como exemplo o Festival de Verão.
Ainda alega que o contrato para o “Ensaio Geral” inclui uma parceria com o cantor Bell Marques, que se comprometeu em divulgar a Bahia nos próximos dez shows que fizer fora do Estado.
Procurado pela Folha, Joaquim Nery –um dos sócios da Cara Caramba Produções– afirmou que o “Ensaio Geral” é uma festa com 30 anos de tradição e que teve outros três patrocinadores privados.

CAMAROTE
Esta não é a primeira vez que o governo baiano patrocina eventos de Carnaval privados. Há três anos, na gestão de Jaques Wagner (PT), o governo patrocinou o camarote Boteco Marta Góes, cuja madrinha era a ex-primeira-dama Fátima Mendonça.
O camarote, que é restrito a convidados, recebeu R$ 200 mil da estatal Bahiagás e R$ 200 mil da Embasa, empresa estadual de água e saneamento.

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
                                                                    MAS É MUITA CARA DE PAU!

MUSTAFA YAGCI

FOTÓGRAFO TURCO













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EXTRAORDINÁRIO INSTRUMENTO MUSICAL



Esta incrível máquina foi construída como um esforço colaborativo
entre o Robert M. Trammell Music Conservatory e Sharon Wick School of
Engenharia da Universidade de Iowa.
Surpreendentemente, 97% dos componentes de máquinas vieram da John
Deere Industries and Irrigation Equipment, de Bancroft, Iowa...
Sim, equipamentos agrícolas!

A equipa gastou 13.029 horas entre set-up, alinhamento, calibragem e
ajustes antes de filmar este vídeo, mas como pode ver valeu a
pena o esforço.

Está agora em exibição no Matthew Gerhard Alumni Hall, na
Universidade, e já está programado para ser doado ao Smithsonian.

O LAGO DOS CISNES

MIL JAPONESES E BEETHOVEN

SUBMISSION, O LIVRO

Livro de Houellebecq inflama debate sobre o Islã

Sexto romance do escritor, capa da Charlie Hebdo, suscita tanto elogios quanto acusações de islamofobia ao retratar uma França governada por muçulmano
Charlie
A capa do 'Charlie Hebdo' desta quarta-feira 7 trazia charge de Houllebecq dizendo que cumpriria o Ramadã
O recém-lançado romance de ficção política de Michel Houellebecq já desencadeia debates furiosos na França. Em suas 300 páginas, o autor nacional vivo mais vendido no estrangeiro esboça o retrato de seu país sob o governo do fictício líder de um partido islâmico.
Em 2022, ao fim de um segundo mandato de François Hollande, a alternativa política dos franceses se restringe à Frente Nacional (FN), de extrema direita, ou ao poder religioso. No segundo turno do pleito presidencial, Mohammed ben Abbes, candidato da "Fraternidade Muçulmana", derrota Marine Le Pen, da FN, graças a uma aliança tanto com os socialistas como com a centro-direita.
A França do romance se encontra profundamente conturbada – assim como o narrador, o professor universitário François, um niilista que se converteu à fé maometana. Por oportunismo, a fim de conservar seu posto na "Universidade Islâmica de Paris-Sorbonne"; mas também atraído pelas perspectivas eróticas da poligamia.
Conexão com atentado. Soumission (Submissão) chegou às livrarias francesas nesta quarta-feira 07, com uma tiragem inicial de 150 mil exemplares, significativa para o mercado nacional. A publicação das traduções alemã e italiana está programada para meados de janeiro, mas ainda não há data prevista para uma versão em língua inglesa nem em português.
O título se refere a uma das acepções da palavra "islã": submissão ou obediência a Alá. Pirateado antes mesmo do lançamento, o sexto romance de Houellebecq gerou uma avalanche de comentários sem precedentes, na imprensa e nas redes sociais, sendo classificado desde "sublime" a "irresponsável".
Embora ainda não haja qualquer indício de uma conexão direta entre o lançamento literário e o atentado à redação do semanário Charlie Hebdo, em Paris, que matou pelo menos 12 pessoas, a capa da edição atual da publicação é, justamente, Soumission. Uma caricatura mostra o autor. Ao lado está escrito: "As previsões do mago Houellebecq: Em 2015, eu perco os meus dentes... Em 2022, eu faço Ramadã!"
Nos últimos anos, a França vem enfrentando o desafio da integração de sua população muçulmana, a maior da Europa, estimada em 10% do total de habitantes. Hollande assegurou que será um dos leitores de Soumission "porque está em debate". Ao mesmo tempo, apelou aos franceses para que não se deixem "devorar pelo medo".
Houellebecq
Houellebecq se defendeu das acusações de islamofobia e disse que ninguém muda voto por causa de um livro
Em editorial, o jornal de esquerda Libération acusa o escritor de justamente brincar com os temores anti-islâmicos e de "adubar as ideias da Frente Nacional". Na mesma linha, o conservador Le Figaroenfatiza o fato de o protagonista da ficção se arranjar com uma "visão de futuro que faz pensar num pesadelo". "Houellebecq não sente simpatia por ninguém, antes indiferença. Essa apatia é o reflexo do esgotamento de nossa própria sociedade."
Por sua vez, o Observatório Nacional contra a Islamofobia, integrante do Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), deplorou incondicionalmente a abordagem do romance: "Suscitar pseudodebates nas mídias sobre a chegada hipotética ao poder, num futuro próximo, de um partido muçulmano [...] só pode favorecer a expansão dos sentimentos islamofóbicos no seio da sociedade francesa."
Para o também autor Emmanuel Carrère, em contrapartida, Soumission é "um livro sublime, de uma extraordinária consistência romanesca", e as "antecipações" de Houellebecq integrariam a "família dos romances proféticos do século 20: 1984, de George Orwell, e Admirável mundo novo, de Aldous Huxley".
O tão polêmico quanto fleumático autor de 58 anos define seu processo de criação como uma "aceleração da história". "Eu condenso uma evolução, na minha opinião, verossímil", o que não seria uma provocação, "na medida em que não digo coisas que considere fundamentalmente falsas só para irritar".
Após o lançamento, Houellebecq se defendeu das acusações de islamofobia: "Não acho que isso seja flagrante. A parte do romance que dá medo é sobretudo aquela antes da chegada dos muçulmanos ao poder."
Afirmando-se "neutro", ele rechaçou que tenha "dado um presente" a Marine Le Pen: "Não conheço ninguém que tenha mudado suas intenções de voto depois de ter lido um romance." Na segunda-feira, a presidente da populista FN declarara que Soumissioné "uma ficção que um dia poderá virar realidade".

PORTUGUÊS MUSICAL


WHY PORTUGUESE IS THE BEST LANGUAGE FOR MUSIC

Is it random luck that so many of the world's great songs are in Portuguese, or does the language itself have something to do with it?


A forró party in Lapa, Rio de Janeiro. Courtesy of and copyright by the illustrious Johanna Thomé de Souza.

LAVA-JATO NAS "IGREJAS"!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

FOTO INÉDITA DA OPERAÇÃO LAVA-JATO

SOUICHI FURUSHO

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Utilizando de uma maneira extraordinária luz e sombra, o fotógrafo Souichi Furusho clica cenas simples, mas que ficam deslumbrantes a partir de seu olhar único.
Paisagens abstratas e oníricas tornam o seu trabalho ainda mais interessante. Estamos dentro de sonhos ou pensamentos de Furusho?

KAI ZIEHL

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Kai Ziehl Captures the Beauty of Architecture in Urban Landscapes.

 

Cold and calming photography like the one by German artist Kai Ziehl shows how the coldness of urban landscapes can become meaningful and expressive. These black and white shots capture the true dimension of cities and their mesmerizing constructions. These images share a beautiful quietness that makes them alluring for audiences.

The pale tonality and the strategic angle and distance of each shot make these landscapes an aesthetic playground of geometrical beauty. Tall buildings, bridges and train stations become a series of breathtaking lines and patterns, adding a whole new level of meaning to each photo.The monochrome landscapes by Kai Ziehl are emotional and a stunning celebration of architecture and cities.

SEQÜESTRO-RELÁMPAGO

MOÇAS, CONHEÇAM SEUS LIMITES!

Revistas da década de 50 e 60
"Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas".(Jornal das Moças, 1957).
"Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto, sem questioná-lo".(Revista Cláudia, 1962).
"A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa".(Jornal das Moças, 1965).
"Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda a casa".(Jornal Moças, 1957).
"A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exatamente como ele a idealizara".(Revista Cláudia,1962).
"Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu".(Revista Querida, 1954).
"O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. Ele é quem decide - sempre".
(Revista Querida, 1953). "Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite, espere-o linda, cheirosa e dócil". (Jornal das Moças, 1958).
"É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido".(Jornal das Moças, 1957).
"O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa a masculiniza".(Revista Querida, 1955).
"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas".(Jornal das Moças, 1959).

EXECUTARAM ESTA MULHER

PORQUE MATOU 
O HOMEM QUE 
A VIOLENTAVA

A PETROBRÁS PRIVATIZANDO

Petrobras vai colocar à venda 49% da Gaspetro

Subsidiária de gás da estatal está no primeiro lote de ativos que serão usados para reduzir dívidas

Gaspetro Homem trabalhando na Estação de Distribuição de Gás de São Francisco do Conde Foto: ago.2012 / Divulgação

BRASÍLIA e RIO - Depois de anunciar que pretende abrir o capital da BR Distribuidora ou conseguir um sócio para a subsidiária — como antecipado pelo GLOBO no fim de maio —, a Petrobras negocia a venda de outro ativo importante: a Gaspetro, dona de uma rede de quase sete mil quilômetros de gasodutos (TAG) e com participação em 19 empresas de distribuição de gás natural no país, como a Ceg-Rio. A decisão da estatal é vender 49% da empresa.

Segundo fontes que participam das discussões, as negociações já estão avançadas e há três grupos interessados em comprar parte da companhia. De acordo com uma fonte, a Petrobras pretende criar uma holding com 49% da Gaspetro para vendê-la.

A decisão de vender diretamente e não abrir o capital da empresa foi tomada pelo comando da Petrobras, depois de avaliar que é importante continuar a controlar essa empresa do grupo.
— É um ativo muito específico e queremos manter o controle. As conversas já começaram, mas, em negócios, você tem de ter paciência oriental — afirma uma das fontes.

A Gaspetro e a BR Distribuidora fazem parte de um primeiro lote de venda de ativos no programa de desinvestimento da Petrobras (cujo objetivo é vender até US$ 15,1 bilhões até 2016), que pretende aumentar a geração de caixa e reduzir o endividamento da companhia (de US$ 103,6 bilhões no fim do primeiro trimestre). É uma das estratégias para atravessar a crise causada pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, e agravada pelo baixo preço internacional do petróleo, que reduz as receitas da estatal.

A área de Gás e Energia é a que mais terá venda de ativos. A meta é se desfazer de US$ 6 bilhões até ano que vem. Segundo consultorias, o número representa quase um terço de toda a subsidiária.

Outra subsidiária integral da Petrobras, a Transpetro — responsável pelo transporte do petróleo e seus derivados, dona de navios e terminais — também pode ser vendida ao setor privado. A ideia começou a ser discutida no Conselho de Administração da empresa e a finalidade é trazer sócios privados para melhorar a governança e os níveis de eficiência da subsidiária.

A proposta é defendida pelo governo, mas não é trivial, segundo um técnico, pois a Transpetro tem uma função social, ligada à marinha mercante. Diante disso, a Transpetro, com sede no Rio e presente em vários estados, somente deverá entrar na roda de ativos à venda em uma segunda rodada.

— Transpetro é um bom ativo, mas ainda não está no radar — frisou um executivo. — O processo da Transpetro é longo. Não faz parte do primeiro lote.

Mesmo assim, há alguns estudos internos sobre como deveria ser a venda ou abertura de capital da Transpetro. Tudo, entretanto, é embrionário, destacou essa fonte. Também está fora desse primeiro lote a Liquigás, responsável pela distribuição de gás de cozinha.

A decisão de fazer o plano de desinvestimento em lotes é estratégica, já que há diferenças entre os grandes ativos a serem vendidos. Em alguns casos, a Petrobras deve optar pela abertura de capital dessas subsidiárias. Em outros, deve simplesmente vender participação ou a empresa inteira. 

Abrir mão da totalidade desses ativos é a opção no caso dos ativos mais simples, explicou uma fonte.

Segundo uma fonte do governo, a Petrobras dará prioridade à venda de ativos que tragam receitas em dólar para enfrentar o endividamento da empresa. Estão na roda investimentos nos Estados Unidos — como campos no Golfo do México —, na América do Sul e na África, onde opera em parceria com uma empresa pertencente ao banco BTG.


SÓ NA BAHIA!

O CINEMA EM PERNAMBUCO

Cerca de 30 longas-metragens podem ser finalizados em Pernambuco em 2016Há também 12 longas que entrarão em cartaz nos próximos meses e mais 15 que serão filmados ao longo do anoLula Terra e Sônia Braga em cena de Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, que pode ser concluído em 2016 (Victor Jucá/ Divulgação)Novos longas-metragens pernambucanos podem entrar em cartaz no circuito de cinemas em absolutamente todos os meses de 2016. Afinal, há pelo menos 12 filmes locais que já circularam em festivais e devem estrear ao longo do novo ano. A previsão indica que a produção cinematográfica do estado está consolidada e já atingiu um ritmo constante. Se o calendário for bem distribuído para não haver choques entre as datas, é mesmo possível haver um lançamento diferente a cada mês.

O número pode ser maior, já que mais filmes estão em fase de finalização e podem entrar em cartaz ainda este ano se forem selecionados para festivais nos primeiros meses. Não é o caminho mais comum, já que o normal é trabalhar a divulgação nas mostras primeiro e só iniciar a distribuição comercial no ano seguinte. Apesar de ser mais improvável, outros também podem ser lançados diretamente nos cinemas sem antes participar de eventos.

A quantidade de longas que estarão em festivais também é incerta. Há cerca de 30 produções que já foram filmadas (incluindo coproduções com outros estados e países) e estão em estágio de montagem ou finalização, mas esse processo pode durar meses de acordo com as escolhas de cada diretor (Kleber Mendonça Filho precisou de mais de um ano para montar O som ao redor, por exemplo) e nem todos serão selecionados pelas mostras. Alguns demoram mais que o previsto para ficarem prontos, enquanto outros têm o lançamento adiado por causa de negociações com festivais importantes que exigem ineditismo.

LONGAS-METRAGENS EM FASE DE MONTAGEM OU FINALIZAÇÃO:Um certo Joaquim, de Marcelo Gomes
Animal político, de Tião
O ateliê da Rua do Brum, de Juliano Dornelles
Açúcar, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Pernambucanos, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
Aquarius, de Kleber Mendonça Filho
Canavieiros, de Andreá Ferraz
Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis, de Dudu Melo Pereira
Memórias de nossos heróis, de Dudu Melo Pereira
Seu Cavalcante, de Leonardo Lacca
Beco, de Camilo Cavalcante
O silêncio da noite é que tem sido testemunha das minhas amarguras, de Petrônio Lorena
Danado de bom, de Deby Brennand
Jackson e imagens, de Cacá Teixeira e Marcus Villar
Azougue Nazaré, de Tiago Melo
Maracatu sagrado, de Tiago Melo
Índios Zoró, de Luiz Paulino dos Santos
Terecô da Mata do Codó, de Ananias de Caldas
Santo Daime, império da floresta, de André Sampaio
Saudade, de Paulo Caldas
O jardim das aflições, de Josias Teófilo
Amores de chumbo, de Tuca Siqueira
Martírio, de Vincent Carelli
Parquelândia, de Cecília da Fonte
Steven esteve aqui, de Fernando Weller
Direitos autorais, de Ernesto de Carvalho
Amores líquidos, de Jorane Castro
A serpente, de Jura Capela
Te sigo, de Cecília Araújo
Fim do mundo, de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira

Há também casos de filmes que foram lançados em festivais no fim do ano, como A seita e Todas as cores da noite, e ainda podem circular em outras mostras (no Brasil e no exterior) antes de entrarem em cartaz. Outros filmes, como Big Jato, ainda não fizeram a estreia em eventos internacionais e podem surpreender. Os festivais de Roterdã e Berlim, que ocorrem em janeiro e fevereiro, devem incluir algumas dessas produções na programação. Animal político, por exemplo, ainda totalmente inédito, já foi visto por curadores de ambos e estará na Mostra de Cinema de Tiradentes (no final de janeiro em Minas Gerais).

Como pelo menos 15 projetos de longas-metragens já aprovaram patrocínios estaduais e federais para iniciar a produção, é possível prever que eles serão filmados em 2016. Mesmo assim, cortes ou atrasos na liberação das verbas podem adiar as filmagens.

LONGAS QUE SERÃO FILMADOS EM 2016
(projetos que já conseguiram patrocínio para a produção)
Mangue bit, de Jura Capela
King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante
Isolar, de Leonardo Sette
O Sertão vai virar mar e o mar vai virar Sertão, de Paulo Caldas
Propriedade privada, de Daniel Bandeira
Choque, de Marcelo Pedroso
Carro Rei, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
Légua tirana, de Marcos Carvalho
A morte habita à noite, de Eduardo Morotó
Obreiro, de Gabriel Mascaro
Acqua Movie, de Lírio Ferreira
Paterno, de Marcelo Lordello
Piedade, de Cláudio Assis
A transformação de Canuto, de Ernesto de Carvalho e Ariel Ortega

Para os filmes que vão entrar em cartaz, o desafio são as bilheterias. Os recém-inaugurados novos equipamentos do Cinema São Luiz podem ajudar bastante, mas apenas no Recife (e com ingressos mais baratos). A história da eternidade, de Camilo Cavalcante, Sangue azul, de Lírio Ferreira, e Permanência, de Leonardo Lacca, foram os principais lançamentos do cinema pernambucano em 2015 e nenhum deles ultrapassou a marca de 15 mil espectadores, apesar de terem obtido sucesso de público, critica e prêmios em importantes festivais em 2014.

Com estreia prevista para 14 de janeiro, Boi neon, de Gabriel Mascaro, será o primeiro filme pernambucano a entrar em cartaz nos cinemas em 2016. O lançamento seguinte deve ser Prometo um dia deixar essa cidade, de Daniel Aragão, possivelmente em fevereiro. Big Jato e A luneta do tempo estão previstos para março. A história da eternidade, que entrou em festivais em 2014 e estreou em 2015 (quando também foi exibido na TV) voltará a ser exibido em tela grande, já a partir de janeiro, em temporada no São Luiz.

LONGAS QUE ENTRARÃO EM CARTAZ NOS CINEMAS EM 2016 (já circularam em festivais)
Boi Neon, de Gabriel Mascaro
Big Jato, de Cláudio Assis
Prometo um dia deixar essa cidade, de Daniel Aragão
Todas as cores da noite, de Pedro Severien
Invólucro, de Caroline Oliveira
A luneta do tempo, de Alceu Valença
O gigantesco ímã, de Petrônio Lorena e Tiago Scorza
- Mães do Pina, de Leo Falcão
A seita, de André Antônio
Brasil S/A, de Marcelo Pedroso
O Mestre e o Divino, de Tiago Campos
Ramo, de João Lucas, Hugo Coutinho, Rafael Amorim e Pedro Andrade



Desde 2007, o governo de pernambuco investe de uma maneira séria no cinema. pelo que eu sei, não existiu, nesse período, contingenciamento ou mesmo um ano sem edital para o cinema. em 2015, foram 20 milhões.
em 2016, estão previstos que doze novos pernambucanos longas estreiem. e que 30 sejam finalizados.
CLÁUDIO MARQESCINEASTA BAIANO

MULHERES

QUANDO O REFUGO É HUMANO

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Quais dentre as pessoas consideradas inteligentes diriam, com convicção, serem contra a globalização? Quantas, das pessoas que conhecemos, não compram, compraram, usam, usaram, uma peça sequer de roupa, um eletrodoméstico, um enfeite de corpo ou de casa, um objeto de utilidade doméstica que não tenham passado pela mão de obra farta e barata de países pobres das Américas ou da Ásia, a serviço muitas vezes dos conglomerados espalhados no mundo pelos gigantes do G8? Enfim, boa parte do que se consome no mundo, hoje, da roupa íntima ao carro, passando pelo xampu e pelos brinquedos, dos infantis aos eróticos, tem a marca da globalização, fenômeno irreversível.

O capitalismo não existe mais sem a globalização, o que faz lembrar a tese de que, nos países ricos, os carros podem ser alemães, japoneses, americanos, etc. Os perfumes podem ser franceses, a seda, asiática, os relógios, suíços, e quase tudo o que é americano é bem-vindo..., mas o vizinho, ah, esse, não, esse não pode conter em si o pecado irreparável de ser estrangeiro. O ano de 2015, com todas as suas mazelas, foi o  que elegeu como a maior delas o escancaramento da xenofobia, contra os refugiados de guerras e guerrilhas, por parte dos países mais ricos da Europa e até dos nem tão ricos assim. Moral da história: estrangeiros ricos estão ávidos em seus solos para consumir o que de melhor vier de fora de suas fronteiras, desde que com o selo do capitalismo, ou seja, sob a forma de produto no mercado. Sob a forma humana, gente, aí, não. Aí, sai-se rapidamente da esfera da globalização, inclusive da cultural, e entra-se na seara da intolerância. 

NEM, NEM

Hoje, no mundo, tudo o que vem de fora é bem-vindo. Exceto gente. Sim, o maior refugo do capitalismo é o ser humano. E isso vale tanto internamente quanto externamente, quando se fala de fronteiras. No caso do Brasil, por exemplo, o refugo começa a ser produzido internamente muito cedo e já boi batizado com um substantivo entre o infantiloide e o onomatopeico: os "NEM, NEM". Assim os cientistas sociais batizaram os brasileiros que formam um contingente gigantesco, mais de cinco milhões de jovens, aqueles que, desde muito cedo, por circunstâncias sociais, como pobreza, ingresso no crime, gravidez precoce ou evasão escolar, nem estudam, nem trabalham. E como não estudaram lá atrás, não trabalham e não trabalharão jamais, pois sequer são ou têm uma mão de obra precária. São a não mão de obra. Nada sabem fazer e são literalmente o refugo do capitalismo. Da perspectiva econômica e social, a engrenagem do mundo lhes dirá pelo resto de suas vidas: vocês não têm serventia, já que não sabem fazer nada.
Não se sabe quando, como e se acabará o flagelo dos refugiados que zanzam hoje em trajetórias intercontinentais rumo à Europa, paradoxalmente morrendo para fugir da morte, mas tendo como meta o mito de dar aos seus núcleos familiares o direito de correr o risco de morrer, sim, mas cruzando um rito de passagem literal que possibilite algo elementar: a sobrevivência em algum país europeu, onde possam encontrar um trabalho e não ser alvo das balas religiosas, tribais e fratricidas. Embora a maioria deles esteja a anos luz de ser enquadrado na categoria dos "nem, nem" brasileiros, por terem, em seus países de origem, educação formal e profissão definida, as cercas de arame e a polícia das fronteiras lhes dão um diagnóstico muito próximo, a mesma equivalência de refugo humano. Essa condição é ainda piorada por se tratar de milhões de estrangeiros, precisando de espaço e oportunidade em lugares onde só os objetos usufruem os benefícios e o privilégio de vir de fora e ter a nacionalidade outra transformada em algo positivo. A marca mundial de 2015 tem cara e ela é horrível. É a cara da dor de quem bate na porta da Europa e a cara da intolerância de quem não quer ouvir as batidas.
* Malu Fontes 
 Jornalista e professora de Jornalismo da Ufba

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