Carlos Chagas
Denúncia profunda acaba de ser publicada em artigo, na Folha de S. Paulo, contra “a avalanche do pensamento único, cujo codinome é neoliberalismo, apoiado por Estados corrompidos pelo sistema financeiro internacional”.
Idéia-base calcada em Marx? Lênin? Luiz Carlos Prestes ou Leonel Brizola?
Nada feito. O autor é o professor Delfim Netto, na sua colaboração semanal. Fica desmentida a falácia de que todo mundo é esquerdista na juventude e acaba como adepto do mercado, na velhice. O vetusto mestre, entrado nos oitenta anos, vem demonstrar o oposto. Depois de chefiar a política econômica e a própria economia nacional por duas décadas, com essa simples frase Delfim rende-se à evidência do breve desaparecimento desse pernicioso modelo que por tanto tempo assolou o planeta. Felizmente, agora em vias de escoar pelo ralo.
A crise econômica na Europa não deixa outra alternativa. Os corruptos chegaram ao limite da prática de sustentar o aumento de impostos, a redução de salários, os cortes nos programas sociais e o incentivo ao desemprego como forma de as nações saírem da crise. Quem rasga a cartilha do sistema financeiro internacional é um de seus antigos leitores. Não estamos perdidos, muito pelo contrário…
Notinha de Ari Vinhas
Essa figura perniciosa é aquela que, na época da ditadura militar, saiu-se com duas pérolas. 1) Dívida não é para se pagar; é para se administrar. 2) Inflação é um problema político. O governo diz quanto é que quer. Ao ministro cabe executar.
Beleza de cinismo explícito, não?
Na época em que foi embaixador na França, foi produzido o famoso Relatório Saraiva, apontando as suas estripulias por lá. O autor do relatório, um coronel do exército, é quem foi punido.
E essa figurinha perniciosa foi conselheiro do grande farsante chamado lulllla. E ainda é muito citado por bons jornalistas, caso de Clóvis Rossi, esquecendo-se do mal que esse energúmeno fez ao país.
Recentemente, o psicopata (direitos para Fausto Wolff) do collllor declarou que, por ocasião do lançamento do Plano Collor, o minúsculo delfim ligou para ele dando os parabéns. Mas que posteriormente ficou pê da vida, pois não era para devolver o dinheiro confiscado.
Ari Vinhas.
Apesar de Paris, apesar da parceria com a ditadura militar, apesar de todos os pesares, uma verdade: Delfim é inteligentíssimo - sempre saiu ileso das bandalheiras e continua respeitado por economistas do mundo todo. Tipo um gênio do mal.
ResponderExcluirFoi o melhor professor de macroeconomia que tive na vida, e que passou pela FEA-USP.
Qualquer ex colega de curso, por mais à esquerda que seja, concordará comigo.