quarta-feira, 23 de setembro de 2015

ANTES TARDE DO QUE NUNCA



Carlos Chagas

Denúncia profunda acaba de ser publicada em artigo, na Folha de S. Paulo, contra “a avalanche do pensamento único, cujo codinome é neoliberalismo, apoiado por Estados corrompidos pelo sistema financeiro internacional”.
 Idéia-base calcada em Marx? Lênin? Luiz Carlos Prestes ou Leonel Brizola?

Resultado de imagem para caricatura de delfim netoNada feito. O autor é o professor Delfim Netto, na sua colaboração semanal. Fica desmentida a falácia de que todo mundo é esquerdista na juventude e acaba como adepto do mercado, na velhice. O vetusto mestre, entrado nos oitenta anos, vem demonstrar o oposto. Depois de chefiar a política econômica e a própria economia nacional por duas décadas, com essa simples frase Delfim rende-se à evidência do breve desaparecimento desse pernicioso modelo que por tanto tempo assolou o planeta. Felizmente, agora em vias de escoar pelo ralo.

A crise econômica na Europa não deixa outra alternativa. Os corruptos chegaram ao limite da prática de sustentar o aumento de impostos, a redução de salários, os cortes nos programas sociais e o incentivo ao desemprego como forma de as nações saírem da crise. Quem rasga a cartilha do sistema financeiro internacional é um de seus antigos leitores. Não estamos perdidos, muito pelo contrário…

 
Notinha de Ari Vinhas

Essa figura perniciosa é aquela que, na época da ditadura militar, saiu-se com duas pérolas. 1) Dívida não é para se pagar; é para se administrar.  2) Inflação é um problema político. O governo diz quanto é que quer. Ao ministro cabe executar.
Beleza de cinismo explícito, não?

Na época em que foi embaixador na França, foi produzido o famoso Relatório Saraiva, apontando as suas estripulias por lá. O autor do relatório, um coronel do exército, é quem foi punido.
E essa figurinha perniciosa foi conselheiro do grande farsante chamado lulllla. E ainda é muito citado por bons jornalistas, caso de Clóvis Rossi, esquecendo-se do mal que esse energúmeno fez ao país.
Recentemente, o psicopata (direitos para Fausto Wolff) do collllor declarou que, por ocasião do lançamento do Plano Collor, o minúsculo delfim ligou para ele dando os parabéns. Mas que posteriormente ficou pê da vida, pois não era para devolver o dinheiro confiscado.
Ari Vinhas.
 

Um comentário:

  1. Apesar de Paris, apesar da parceria com a ditadura militar, apesar de todos os pesares, uma verdade: Delfim é inteligentíssimo - sempre saiu ileso das bandalheiras e continua respeitado por economistas do mundo todo. Tipo um gênio do mal.
    Foi o melhor professor de macroeconomia que tive na vida, e que passou pela FEA-USP.
    Qualquer ex colega de curso, por mais à esquerda que seja, concordará comigo.

    ResponderExcluir

Related Posts with Thumbnails