quarta-feira, 19 de agosto de 2015

NÃO AO VANDALISMO!

População pode ajudar contra vandalismo no Passeio Público

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Um amplo programa de Educação Patrimonial será lançado no Passeio Público, em Salvador. A previsão é para final de setembro quando ocorrerá a campanha nacional 'Primavera de Museus' do Ministério da Cultura. A iniciativa é do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da secretaria estadual de Cultura (SecultBA), que tombou e administra o Palácio da Aclamação, contíguo ao Passeio.

A ideia do IPAC é que ao entregar as obras emergenciais que está realizando no Passeio, a população possa colaborar no combate aos atos de vandalismo no local. Cidades europeias e americanas já têm os cidadãos como parceiros na luta pela proteção patrimonial. No Brasil, em Ouro Preto, Minas Gerais, os moradores coíbem vândalos que tentam destruir ou pichar monumentos, fiscalizando e chamando a polícia.

Um dos exemplos de vandalismo no Passeio Público são as pichações em peças de mármore de Carrara. "Limpamos elas com produtos químicos, mas no outro dia são vandalizadas com tinta spray à óleo", afirma a restauradora do IPAC, Célia Moura. O Palácio de 1917 também vem sofrendo com o vandalismo, tendo a fachada e a porta principal, em madeira de lei, pichadas.

ITÁLIA - Os mármores do Passeio Público vieram de Carrara, na Toscana, norte da Itália. A pedra de Carrara é famosa desde Roma Antiga, quando utilizada no Panteão e, depois, em esculturas do Renascimento, como o 'David' de Michelangelo. "É fundamental que as pessoas entendam a complexidade e importância dessas peças que existem para usufruto de todos", ressalta a especialista do IPAC. Segundo ela, o uso constante de removedor para retirar pichações pode estragar o mármore definitivamente.

Inaugurado em 1810 pelo 8º Conde dos Arcos, Dom Marcos de Noronha e Brito, então governador da Bahia (1810-1918), o Passeio Público já foi um dos espaços mais importantes da capital, como local de lazer e contemplação. Hoje, a área sofre com a depredação de estátuas, que tem suas faces quebradas e pichadas, destruição de bancos, luminárias, calçamentos e de espécies da flora.

O IPAC promoverá cursos de educação patrimonial para seguranças do local e integrantes da Polícia Militar (PM) que utilizam a área. A ação integra as diretorias de Museu (Dimus) e de Preservação do Patrimônio (Dipat). Os ministrantes serão arquitetos, historiadores e museólogos que abordarão a riqueza histórica e urbano-paisagística do Passeio.

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#MUSEUCUIDO - O IPAC também trará a campanha #MusEuCurto promovida desde maio deste ano via parceria entre Secretaria de Comunicação (Secom) e SecultBA. "No final de setembro lançaremos a campanha 'Primavera de Museus' no Passeio Público com a hashtag #MusEuCuido", informa o assessor de comunicação do órgão, Geraldo Moniz de Aragão. Segundo ele, serão veiculadas peças em rádios, internet e redes sociais.

"Além de maior visitação nos museus do IPAC, a campanha #MusEuCuido pretende provocar a consciência participativa da população para a preservação desses espaços, evitando a depredação e o vandalismo", adianta Moniz de Aragão.  O Passeio está incluso pois é considerado um 'museu a céu aberto'. "Implantaremos ainda um projeto de sinalização que contará as histórias do Palácio, Passeio e Teatro Vila Velha, além de trazer a identificação botânica", diz o coordenador de Design do IPAC, Helder Florentino.

O IPAC está aberto a sugestões e parcerias para a proteção do Passeio Público. Informações sobre a campanha, cursos de educação patrimonial ou para ajudar nas ações, deve-se procurar a diretoria de Museus no telefone (71) 3117-6447, ou no Aclamação, das 9h às 12, e de 13h às 18h.Sobre obras do IPAC nos telefones (71) 3116-6731 e 3116-6726, ou endereço eletrônicodipro.ba@ipac.ba.gov.br. Acesse www.ipac.ba.gov.br, o facebook 'Ipacba Patrimônio' e o twitter '@ipac_ba'.

Um comentário:

  1. Que aqui é terra de vândalos já é sabido extra divisas nacionais e internacionais.
    Uma pegunta inocente: cadê a guarda municipal? Por que não há segurança 24 horas?

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