quinta-feira, 23 de abril de 2015

O CIRCO DE ALEXANDER CALDER


Alexander Calder

     Alexander Calder nasceu em 22 de julho de 1898 em Lawton - Pensilvnia. Filho de pais artistas, onde, seu pai era, também, um escultor e sua mãe uma pintora, convivendo com esse universo foi incentivado desde cedo a criar. Aos nove anos de idade ele fez suas primeiras esculturas, um pequeno cão e um pato, para presentear seus pais no natal. Foram feitos a partir de pedaços, cortados e moldados, de folhas de latão. Desde então pôde-se notar que ela tinha facilidade em criar.
     Apesar dessa facilidade, Calder não se imaaginava um escultor. Se formou em engenharia em 1919 pelo Stevens Institute of Technology e teve vários trabalhos como engenheiro hidráulico e engenheiro de automóveis, cronometrista em um campo de exploração madeireira, e bombeiro no quarto de um navio da caldeira. 
     Despertou para a vida artística após aobservar o amanhcer de um  navio ao qual stava trabalhando, com esse acontecimente Calder teria ficado encantado com o que vira e a partir desse momento decidiu que iria se tornar um artista.
     Em 1923, mudou-se para Nova York,  e se matriculou na Art Students League. Ainda em NY trabalhou como pintor e desenhista, esse último trabalho, na National Police Gazette, foi que lhe abriu as portas para sua carreira artística, uma vez que ela o enviara para Ringling Brothers e Barnum & Bailey com o fim de contrata-lo para esboçar cenas circense, no Ringling Brothers Circus, durante duas semanas , no ano de 1925. O contato com o circo despertou seu interesse durante muito tempo, e que posteriormente o fez criar o Cirque Calder, agora, já em Paris no ano de 1926. O Circo Calder consistia em miniaturas de artistas e objetos circenses e animais, feitos com arames, madeira, couro,  tecido, entre outros materiais que ele observara no Ringling Brothers Circus. Suas esculturas foram projetadas para serem manipuladas por Calder, de uma forma que ele pudesse leva-las a onde ele quisesse. A sua primeira apresentação foi para um grupo de amigos e colegas, para posteriormente aprenstar em Paris e em Nova Yorke, apresentação de grande sucesso, fazendo com que a performace do Cirque Calder ficasse sendo executada durante quaretnta anos.
     A partir desse trabalho com o Cirque Calder, o escultor percebeu que ele gostava de trabalhar com fios e arames, fazendo várias outras esculturas, até que em 1928 Calder fez sua primeira exposição na Weyhe Gallery em Nova Yorke, e depois disso foi uma exposição atrás da outra, tanto em NY, como em Paris e Berlim.
     Em uma das viagens da sua turnê de expocisão, Calder conheceu Louisa James, sobrinha - neta do escritor Henry James, e em 1931 casou-se com ela. Além de conhecer a sua esposa nessas viagens, Alexander também tornou-se amigos de intelectuais do século XX,  Joan Miró, Fernand Léger, James Johnson Sweeney, e Marcel Duchamp. Depois de uma visita ao estúdio de Piet Modrian, ao deparar-se com uma parede de retângulos, feita de papel colorido, os quais Modrian encaixava frequentemente para experiência de reposição, Calder deciciu pintar telas abstratas, só para se certificar de que preferia a escultura do que a pintura. Consequentemente foi convidado a participar do Abstraction-Création, influente grupo de artistas incluindo Arp, Mondrian e Hélion. Nesse mesmo ano de 1931, Alexander criou a sua primeira escultura cinética, movida a manivelas e motor, apelidadas por Duchamp de "mobiles", por serem móveis, sendo que logo o escultor abandonou as formas mecânicas dessa obra quando percebeu que poderia fazer outras que seriam movidas por correntes aéreas. Jean Arp, querendo diferenciar as suas obras não-cinéticas das obras cinéticas, nomeou seus objetos estacionários de "estabiles".
     Em 1933 deixou Paris com a sua esposa e voltou aos Estados Unidos, agora em Roxbury - Connecticut, onde comprara uma fazenda antiga, transformando um de seus compartimentos em seu próprio estúdio. Lá nasceu sua primeira filha, Sandra, no ano de 1935 e em seguida a sua segunda filha, Maria, em 1939. Também associou-se ao Pierre Matisse Gallery em NY, onde realizou a sua primeira mostra em 1934, realizando ainda performances do Cirque de Calder.
     Nessa mesma época ele começou suas primeiras esculturas ao ar livre. Em 1937, Calder criou sua primeira escultura ao ar livre toda parafusada e inteiramente no metals, chamada de Devil Fish, onde expôs na Pierre Matisse Gallery show,  e o nome de sua amostra era Stabiles and Mobiles.
    A partir dessa escultura Alexander deslanchou fazendo muito mais delas e na maioria por encomenda como é o caso da Mercury Fountain, que simboliza a resistência republicana espanhola ao fascismo, entre muitas outras belíssimas obras, como posteriormente os seu gigantes móbilies que é resultado da falta de aço, com o acontecimento da II Guerra Mundial, por isso são utilizados pelo escultor, pedaços talhados de madeiras suspensos por arames, chamados por Sweeney e Duchamp de "constelations", embora Calder não os tivesse feito com a intenção de representassem alguma coisa em particular.Esses trabalhos foram apresentados na Pierre Matisse Gallery o qual foi a última exposição solo do escultor, no ano de 1943.
     Os anos 40 e 50 foram muitos produtivos para Alexander Calder, fazendo mais e mais esculturas ,grande e pequenas e tendo inúmeras encomendas e exposições como retrospectiva, de suas obras nas grandes galerias como a George Walter Vincent Smith Gallery in Springfield - Massachussetts; Museum of Modern Art em New York; Galerie Louis Carré em Paris; Philadelphia Museum of Art's na Terceira Mostra Internacional de Escultura; Galerie Maeght entre outras.
     No ano de 1976 foi chamado pela Whitney Museum of American Art em NY, para inda outra retrospectiva das suas obras com o nome da exposição chamada de " Calder's Universe", chegou a falecer em algumas semanas depois. E é considerado o maior escultor do século XX.
Principais trabalhos
“Josephine Baker” (1926; private collection); “Romulus and Remus” (1928; Solomon R. Guggenheim Museum, New York City); “Helen Wills” (1928; collection of the artist); “The Horse” (1928; Museum of Modern Art, New York City); “Spring” (c. 1929; Solomon R. Guggenheim Museum); “Portrait of Shepard Vogelgesang” (1930; Shepard Vogelgesang Collection, New York); “Kiki’s Nose” (1931; private collection, Paris); “Dancing Torpedo Shape” (1932; Berkshire Museum, Pittsfield, Mass.); “Calderberry Bush” (1932; private collection, New York City); “White Frame” (1934; collection of the artist); “A Universe” (1934; Museum of Modern Art, New York City); “The Circle” (1934; Agnes Rindge Claflin Collection, Poughkeepsie, N. Y.); “Steel ... (100 of 1837 words)
Principais Obras

Dog - 1909
 Feita em latão, essa escultura foi  feita como presente de natal para seus pais, quando ele tinha apenas oito anos de idade.
Duck - 1909
Também feita em latão, foi dada junto com o Dog, como presente de natal, para seus pais. Agora quem recebeu o que eu não sei!!! Suponho que o pato tenha sido para mãe, acho suas linhas mais femininas. Eu gostaria de receber um pato, mais que o cachorro!!!




Aztec Josephine Baker - 1929
Aztec Josephine, foi inspirada na principal e exuberante dançarina da La Révue Nègre na Folies Bergère. A escultura é feita apenas com arame.


Little Clown, the Trumpeter, and Bearded Lady - 1926-31






As esculturas abaixo fazem parte do conjunto de obras de Alexander Calder: Calder's Circus e em português o Circo do Calder.  São todas miniaturas. Utilizou tubos de borracha, botoes de strass, chifres de metais, couro e tecido. para fazê-la. 

Cowboy, Cowgirl, and Horse  - 1926-31
Nessa aqui ele utilizou arame, borracha, madeira, tecido, couro, cortiça, pano e corda.
Prima Donna, Woman with Bow, and Horse - 1926-31
Enquanto nessa ele utilizou papelão, tinta, strass, fios de metal, cortiça, tinta e corda.


Untitled - 1931
Untitled traduzido para o português fica literalmente "sem nome". Foi a primeira escutura móvel que Calder Criou, mas essa para se movimentar ele utilizou um motor à manivela.O material que ele utilizou foi madeira, arame e um motor.
Cone d'ebene - 1933






Cone de ébano, foi a primeira escultura    suspensa  de Calder. Ele utilizou barras de
                                                metal,  ébano(madeira) e arame.

Form Against Yellow - 1936
Forma constratando com o amarelo foi feita com folha de metal, folha de madeira e arame.


Mercury Fountain - 1936


A fonte de mercúrio foi encomendada ao Calder para o pavilhão espanhol na feira mundial de Paris com o intuito de representar a resistência republicana espanhola ao fascismo. Ela é feita  toda em mercúrio e resina (pasmem!!!).
Devil Fish - 1937

Peixe diabólico ou peixe diábo, foi a sua primeira escultura ao ar livre, feita toda em  folhas de aço parafusado, folhas de madeira.

Lobster Trap and Fish Tail - 1939




Armadilha para lagosta e cauda de peixe  foi outra das várias esculturas encomendadas a Calder, pelo Museu de arte moderna de Nova York para ficar    exposto na escadaria.principal.

La Spirale - 1958
Na foto vemos, Calder ao lado de seu primeiro mobille ao ar livre. A escultura foi encomendada para Maison da UNESCO em Paris. É feito de placas de aço e mede 9,14 metros de altura.

Man - 1967





Escultura feita em aço parafusado, para Expo em Montreal - Canadá.


Cheval Rouge - 1974
Escultura monumental o Cavalo Vermelh, encotra-se em Washington - DC no Hirshorn Museum and Sculpture Garden.







 
The Red Feather - 1975
A pena vermelha é feita em aço pintado de vermelho e preto e encontra-se no Kentucky Center. Suas medidas são: 3,35 x 1,91 x 3,40.
Curiosidades


Os seus primeiros trabalhos eram movidos manualmente pelo             observador. Mas, depois de 1932, ele verificou que se  
mantivesse as formas suspensas, elas se movimentariam pela 
simples ação das correntes de ar. Embora, os móbiles pareçam simples, sua montagem é muito complexa, pois exige um sistema de peso e contrapeso muito bem estudado para que o movimento tenha ritmo e sua duração se prolongue.
Usou objetos do dia-a-dia muito inesperados e desinteressantes para os seus móbiles, tal como as latas de café, latas de sardinha, caixas de fósforo e pedaços de vidro colorido. Os seus materiais preferidos eram a madeira e mais tarde o metal, pintados de forma impressionante nas cores primárias.
Calder esteve três vezes no Brasil e era apaixonado pelo samba. Adaptou os passos de nosso ritmo aos seus trabalhos, daí surgindo os “samba rattles”. Morou no Rio, no bairro de Botafogo e fez inúmeros amigos - em todas as classes sociais. Entre eles, o crítico de arte Mário Pedrosa que, durante 30 anos, escreveu sobre o escultor.

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