quinta-feira, 30 de abril de 2015

PERIGOSOS PROFESSORES

Richa: PMs reagiram para ‘proteger a própria vida’

Professores dizem que vão à Justiça contra governador, secretário de Segurança e presidente da Assembleia

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as ficaram feridas em protesto
CURITIBA - O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), classificou a reação dos policiais ao protesto dos professores da rede estadual de ensino como uma forma de proteger a própria vida. O comando da PM disse, por sua vez, que considera que seus homens não cometeram qualquer erro no confronto com os manifestantes. O sindicado dos professores informou que vai processar criminalmente Richa, o secretário de Segurança, Fernando Francischini, e o presidente da Assembleia do Paraná, Ademar Traiano (PSDB).

— É evidente que as cenas são chocantes, mas os policiais ficaram parados, e os manifestantes partiram para cima. Eles reagem como uma forma de proteção à própria vida — disse Richa, afirmando que a polícia fez imagens de manifestantes “radicalizando” com a ajuda de bombas caseiras.

O comandante-geral da PM, Cesar Vinícius Kogut, afirmou que os policiais cumpriam uma ordem judicial.
— A Polícia Militar reagiu à tentativa dos manifestantes de descumprir a ordem judicial ao tentar invadir a Assembleia Legislativa. Não vejo erro na operação. Se teve erro, o Ministério Público deve apurar — disse Kogut.
A representante do sindicato dos professores, Nádia Brixner, criticou a ação policial:

— Agiram com truculência, e vamos processar o governador, o secretário de Segurança e o presidente da Alep.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública ressaltou que, “a todo momento, a orientação foi para que se evitasse o confronto”. O Ministério Público do Paraná acompanhará as investigações. A Polícia Civil conduz um inquérito para apurar a participação de pessoas que teriam incitado o confronto. 
Também será requisitada perícia da Polícia Científica no local para verificar danos ao patrimônio.

A Ordem dos Advogados do Paraná repudiou “veementemente” o uso de violência. Em nota, a OAB afirmou que os policiais, por princípio, devem garantir a “integridade da população”, e não “executar um massacre”.


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