LISE ANE SILVANY
Me dou conta que esse ano estou numa murrinha com esses enfeites e iluminação de Natal!
Sempre fui muito complascente com o kitsh acho mesmo, que é sinal na pele da cultura brasileira.
Um arroto da antropofagia cultural.
O Barroco, o rococo , a neve imitada com bolinhas de algodão nas árvores de Natal, a farofa no enchimento do perú!
O queijo cuia e Papai Noel, no seu trenó , fazendo um looping no céu dos trópicos,o simulacro : tudo isso muito divertido!
Concluí que a sensação de depressão diante dessa decoração feita desde o começo de novembro, nos ultimos anos, vem do cansaço ao avaliar a alienação dessa sociedade de consumo e seus descalabros.
Da engrenagem que se põe em prática e que as pessoas mordem a isca e acabam o ano exaustas!
Esse ano de novo, meu espirito natalino, está para as tradições praianas de galhos de pitanga e areia de areial pela casa.
Dingobel, só se for , sacaninha, no politicamente incorreto!
A sensação de que a hipocrisia reina, me leva definitivamente longe dessa onda de consumo!
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