BERNARD ATTAL
Na casa cheia de livros, quadros e esculturas da sua autoria, citações e ditados favoritos escritos nas paredes, ele recebia clientes que logo se tornavam amigos, para almoços e jantares tão baratos que pareciam presentes.
As especialidades dele era a salada de camarões, o filé ao molho com batatas, a pizza, o doce de goiaba, e também uma conversa boa, e uma capacidade de escutar e de se relacionar com todos, o banqueiro como o sacizeiro, o artista como o medico, o professor como o taxista.
Ele fez muitos amigos ao longo dos anos mas se recusava a pedir ajuda mesmo quando precisava, não por orgulho mas porque não gostava de incomodar.
Tinha em todos os sentidos um coração grande demais que ele se recusava a tratar e no final abreviou sua vida.
É pouco dizer que vou ter uma grande saudade dele.
Não vou me conformar andar o caminho do mar que beirava sua casa sabendo que no retorno do banho, não acharei mais meu amigo me esperando com seu sorriso eternal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário