"Sociedade ainda é permissiva com crimes contra homossexuais", diz Malu Fontes
Foto: Tácio Moreira/Metropress
A jornalista e professora de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Malu Fontes falou sobre o livro "Notícias de Homofobia no Brasil", do qual é uma das autoras, em entrevista à Rádio Metrópole, na tarde desta quinta-feira (27). "O livro trata de como os crimes de ódio contra homossexuais são tratados pela imprensa. São sempre matérias rápidas, de delegacia, pequenas, apenas registros. Não existem grandes reportagens sobre homofobia", disse.
Segundo a jornalista, a caracterização das pessoas que cometem crimes homofóbicos é muito difícil. "Isso só aparece no caso de psicopatas, aí sim as pessoas são caracterizadas. Geralmente quem comete esses crimes são filhos de papai que contratam um travesti para fazer programa, por exemplo. Como o crime não é tipificado como homofobia, quem comete o crime diz que foi um crime de trânsito, acabam se tornando crimes comuns", explicou.
Fontes afirmou que a sociedade ainda é permissiva com crimes contra homossexuais. "A sociedade não quer enfrentar esse problema, não quer tipificar esse problema, ainda é permissiva, sim. Se você chamar uma pessoa de 'viado nojento e der um murro na cara dele, não dá em nada'", exemplificou.
Segundo a jornalista, a caracterização das pessoas que cometem crimes homofóbicos é muito difícil. "Isso só aparece no caso de psicopatas, aí sim as pessoas são caracterizadas. Geralmente quem comete esses crimes são filhos de papai que contratam um travesti para fazer programa, por exemplo. Como o crime não é tipificado como homofobia, quem comete o crime diz que foi um crime de trânsito, acabam se tornando crimes comuns", explicou.
Fontes afirmou que a sociedade ainda é permissiva com crimes contra homossexuais. "A sociedade não quer enfrentar esse problema, não quer tipificar esse problema, ainda é permissiva, sim. Se você chamar uma pessoa de 'viado nojento e der um murro na cara dele, não dá em nada'", exemplificou.
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