Pepelê – outros cinquenta anos?
Prezado jornalista Newton Sobral
A ausência do negro em certos setores é patente. Quando comecei a circular entre a Alemanha e a Bahia, há quase cinquenta anos, observei a absoluta falta de pessoal de bordo negro.
Escrevia de vez em quando para uma companhia aérea que, obviamente, negava qualquer atitude discriminatória na seleção do pessoal.
Hoje, cinquenta anos mais tarde, algo mudou: a presença de afrodescendentes entre os passageiros cresceu bastante.
Do lado do pessoal de bordo: nada – ou quase nada.
Quem já viu um comissário de bordo negro? Uma comissária negra?
É muito raro! Um piloto negro?
Mas ao menos em um aspecto a situção a bordo inverteu: os brancos servem os negros!
Que maravilha!
A realidade do público viajante mudou mais rápido.
Johannes Augel, Professor de Sociologia, Universidade de Bielefeld, Alemanha
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