Rosa Maria Vieira de Melo
Como sair triste para fazer exame de sangue e voltar para casa feliz
Pós tudo
Onde tomar um bom café depois do jejum obrigatório.
Após rápido caminhar, surge uma delicatessen.
Pedi um café com leite e um misto quente.
Após rápido caminhar, surge uma delicatessen.
Pedi um café com leite e um misto quente.
Enquanto esperava sentada em uma mesa passei a observar as pessoas em volta.
Puro flâneur... o que pediam, quem as acompanhava, seus olhares, o que faziam...eu poderia estar em qualquer lugar do mundo naquela hora...uma boa música, belas canções americanas que você não entende a letra, mas que a melodia traduz na língua mais do que perfeita...tudo isso fez com que eu me colocasse na cena de um filme...e eis que entra o personagem Walter, saído de um filme que assisti ontem à tarde, e sobre o qual estava refletindo enquanto procurava um local para o café.
Igualzinho na idade, mais ou menos 65 anos, na cor e nos cabelos grisalhos, na postura, e até nos óculos. Parecia conhecer o local.
Fez o pedido, mas não sentou.
Comeu e bebeu o suco no balcão. Walter, como o chamei, sem saber, me fez ficar feliz.
Apenas compreendi como o filme era perfeito...
Vale dizer que o café estava maravilhoso e o misto, com pão francês, especialmente bom.
Vale dizer que o café estava maravilhoso e o misto, com pão francês, especialmente bom.
Quando levantei, resolvi ir ver o mar de Ondina.
Atravessei a rua, comprei uma revista, e sentei um pouco, observando o mar em verde e azul, e suas águas translúcidas.
Uma maravilha.
Deu vontade de morar em Ondina.
De volta para casa, dentro do ônibus, li poemas de Rainer Maria Rilke.
Uma maravilha.
Deu vontade de morar em Ondina.
De volta para casa, dentro do ônibus, li poemas de Rainer Maria Rilke.
Nenhum comentário:
Postar um comentário