Em 1995 o PT declarou que o projeto de Marta seria engavetado porque o partido não poderia perder os votos da base religiosa aliada.
Desde então entendo o PT como um partido de oposição.
Por isso, Feliciano & co ter feito parte do governo petisita até seis meses atrás nao me surpreendeu em nada, era uma consequencia logica da decisão de 1995, da qual eles nunca se mexeram um milimetro sequer.
Pertenço a uma geração onde ser LGBT tornou-se inevitavelmente uma situação politica; não só por ter nascido em 1969, ano de Stonewall, mas porque vimos uma geração anterior se organizar para sobreviver à aids.
Assistimos no Brasil à morte de Cazuza e respiramos aliviados ao ver que a pressão dos grupos organizados sobre governos e industria farmacêutica fez com que ainda na segunda metade dos anos 90 os primeiros medicamentos contra o vírus começassem a ser usados. Ser LGBT é para esta geração uma luta política de vida ou morte.
Daí ser impossível votar em uma candidata que diz que o governo dela "não faz propaganda de opção [sic] sexual."
Tem muita gente nesta luta que ficou para trás e não sobreviveu para que tal insulto não mereça uma resposta clara a este grupo político, que é um NÃO.
Márcio Correia Campos.
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