domingo, 26 de outubro de 2014

O PT E A HOMOSSEXUALIDADE

Em 1994, Marta Suplicy apresentou ao congresso o projeto de parceira civil para casais homossexuais.

Em 1995 o PT declarou que o projeto de Marta seria engavetado porque o partido não poderia perder os votos da base religiosa aliada.


Desde então entendo o PT como um partido de oposição.


Por isso, Feliciano & co ter feito parte do governo petisita até seis meses atrás nao me surpreendeu em nada, era uma consequencia logica da decisão de 1995, da qual eles nunca se mexeram um m
ilimetro sequer.


Pertenço a uma geração onde ser LGBT tornou-se inevitavelmente uma situação politica; não só por ter nascido em 1969, ano de Stonewall, mas porque vimos uma geração anterior se organizar para sobreviver à aids. 

Assistimos no Brasil à morte de Cazuza e respiramos aliviados ao ver que a pressão dos grupos organizados sobre governos e industria farmacêutica fez com que ainda na segunda metade dos anos 90 os primeiros medicamentos contra o vírus começassem a ser usados. Ser LGBT é para esta geração uma luta política de vida ou morte.
Daí ser impossível votar em uma candidata que diz que o governo dela "não faz propaganda de opção [sic] sexual."
Tem muita gente nesta luta que ficou para trás e não sobreviveu para que tal insulto não mereça uma resposta clara a este grupo político, que é um 
NÃO.


Márcio Correia Campos.

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