UM GRUPO DE CINEASTAS ESTÁ EM SALVADOR, VINDO DO SUL-MARAVILHA.
PRETENDIAM FILMAR PARTE DO FILME NA MINHA CASA.
DEPOIS DE DUAS SEMANAS, TIVE QUE MANDAR ESTA MENSAGEM A VERA HAMBURGER, UMA DAS COMPONENTES DO GRUPO, A ÚNICA DE QUEM TIVE O NOME, JÁ QUE NINGUÉM, NUNCA, ME DEIXOU SEU CARTÃO.
"Ainda sob o choque do comportamento de seu grupo de trabalho.
Vieram (invadiram) minha casa por seis ou oito vezes. Sempre em grupo de 10 a 20 pessoas.
Fotografaram a entrada, a sala junto a entrada, a cozinha, a sala maior, um quarto B&B.
Tomaram milimetricamente as medidas de uma sala. Discutiram o preço.
Chegarmos a um acordo sobre o preço de aluguel.
Fotografaram meu CPF, minha carteira de identidade, comprovante de residência, conta bancária.
Tudo isso ao longo de duas semanas.
Me fizeram assinar duas cópias de contrato, mas não me deixaram nenhuma cópia.
O primeiro pagamento seria em 29 de abril.
Mas no 1° de maio, feriado, bem na hora do almoço, vieram me dizer que nada, por causa dos objetos, das obras de arte.
"São vivos, podem nos processar.
São mortos? Pior ainda! Os herdeiros podem nos processar!"
Não sei qual é o tipo de interlocutores vocês costumam ter, mas eu me sinto profundamente ofendido.
Espero que o resultado esteja ao nível de Orson Welles, Godard e Glauber Rocha.
É o mínimo que se pode esperar de tamanha grosseria".
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