quinta-feira, 2 de abril de 2015

UM RECADO

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VITOR HUGO RESENDE

A "Semana" se iniciando e eu aproveitando a folga para escrever o trabalho de conclusão da MBA em Administração Pública. O nome do curso é esse, embora ultrapassado. Afinal o termo empregado atualmente é de gestão pública. Nas ponderações iniciais acerca do assunto, logo me veio a ideia de tratar sobre o Gestor Público. 

O Gestor Público é o profissional que exerce atividades técnicas perante a Administração Pública sem nunca se afastar das funções políticas. É importante lembrar que a função política não deve estar adstrita somente aos detentores de postos eletivos.
Portanto, aos ministros, secretários, dirigentes da administração indireta é impositivo o exercício da função política. 
A história dá exemplos.

O Rei Luís XVI é um deles. Hoje considerado um homem de bons propósitos, terminou decapitado por não ser atencioso aos que viriam lhe afligir. Conta a história que ele foi na verdade um rei bem-intencionado e mal-aconselhado. Luís XVI se torna rei aos 20 anos e decide atender aos anseios de reforma do povo francês, abolindo privilégios e servidões, com a ajuda do ministro Turgot. 
O então ministro passa a suprimir as mordomias da Corte, dos nobres conservadores e da Igreja. 

Diante disso, os contrariados com as medidas iniciam uma rede de intrigas envolvendo o ministro e o Rei que culminou com saída do Ministério. O Resto da história todos conhecem, o agravamento da crise econômica francesa que leva o Rei Luís XVI à guilhotina.
É impositivo ao Gestor Público sopesar as reais intenções dos que lhe cercam, sob pena, não mais de perder a cabeça, mas de ser conduzido por interesses alheios.
Governar é contrariar interesses.
Quando se contraria, torna-se alvo da vingança.
Como dito, cabe ao Gestor Público se assessorar dos melhores técnicos a quem deve confiar sob pena de estar fadado ao insucesso. E nessa linha, Voltaire pedia a Deus que lhe protegesse dos amigos, pois dos inimigos cuidaria ele. 

Deve ser essa também a preocupação do Gestor Público, pois, geralmente desconhece as intenções dos que o cercam, sobretudo, nos dias atuais onde o descumprimento da estrita legalidade atribui a ele sanções severas, mesmo quando não age com culpa.
Calha ponderar ainda que na condução política, o Gestor deve limitar com fina inteligência as opções apresentadas. Contam que o chanceler Bismark, já farto, das críticas feitas por Rudolf Virchow, um político liberal, o desafiou para um duelo.
Virchow aceitou o duelo, todavia, como desafiado escolheria as armas. Assim, escolheu, duas salsichas, aparentemente idênticas. Entretanto, uma estava contaminada com germes mortais. Desta forma, daria a Bismarck o direito de escolher qual comeria. O Chanceler cancelou o duelo.

Portanto, a inteligência e a ponderação devem ser instrumentos de baliza para a consecução de uma boa gestão, amparada no interesse público, finalidade para qual o Estado foi constituído.
Este trabalho se propõe a utilizar a história como parâmetro para as atuações dos Gestores, sem esquecer as questões pertinentes à boa técnica administrativa, a qual deve ser pesquisada perante o Tribunal de Contas da Bahia.

Um comentário:

  1. Parece que estou lendo um artigo de qualquer dos alunos de Mestrado que oriento.
    Ao invés de elaborarem crítica ilativa e autoral resultante de estudos comparativos em fontes diversas de pesquisa, se limitam a papagaiar textos monocórdicos de literatura quase sempre anacrônica.
    O único soslaio da própria voz do rapaz fez-se presente nesse texto mal pontuado para dizer uma grande bobagem, cometer erro conceitual e dar pistas de que precisa com a máxima urgência comprar um dicionário. Não apenas na literatura acadêmica da área mas igualmente no léxico, administrar é o mesmo que gerir, governar, dirigir (negócios próprios, públicos ou de outrem).
    Escrevo só para constar. Se já é difícil exigir virtudes intelectuais no stricto sensu, o que dirá a um aluno do hoje desonrado lato sensu.

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