Casarões em ruínas abrigarão espaços culturais no Comércio
Após 10 anos de indefinição, os quatro casarões que abrigariam o Hotel Hilton, no bairro do Comércio, serão desapropriados e darão lugar ao Museu da Música, ao Arquivo Público Municipal, dentre outros espaços da administração municipal. A informação é do secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Érico Mendonça.
Em visita ao Grupo A TARDE esta semana, o chefe da pasta afirmou, com exclusividade, que após tentativa frustrada de acordo com os proprietários, a prefeitura, que entrou com processo em 2013, resolveu dar um destino aos espaços.
"Não podemos mais esperar pela decisão deles sobre o futuro desses imóveis. Os casarões são antigos e correm risco de desabar. Nossa ideia é transformar esse imóvel (onde seria o Hotel Hilton) no Museu da Música, para contar a história da música brasileira relacionada com a música baiana", adiantou Mendonça.
Segundo o secretário municipal, o conjunto passará por várias intervenções, mas a ideia é que a arquitetura seja preservada. Outra novidade anunciada pelo gestor é a transferência para uma dessas unidades do Arquivo Público Municipal, que atualmente funciona na Fundação Gregório de Mattos, na praça Castro Alves,
"Atualmente, o espaço onde está situado o Arquivo Público - que guarda todo o acervo bibliográfico do poder municipal e é muito utilizado por pesquisadores - é bastante pequeno. Queremos levá-lo para um espaço maior, que comporte, inclusive, peças raras que fazem parte da história de Salvador", revela o secretário.
Investimento
Os recursos para esse e outros projetos estão garantidos, segundo Mendonça.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), dentro do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur), vai liberar US$ 105 milhões para a prefeitura. "Desse total, sobraria ainda verba para custear intervenções em alguns pontos da cidade", afirma o secretário.
A equipe de reportagem do A TARDE foi ontem ao bairro do Comércio para acompanhar a reação dos frequentadores à notícia. Comerciantes, taxistas e turistas ficaram surpresos com o projeto e elogiaram a iniciativa.
O taxista Plínio Mota, que trabalha na área, disse que o local está precisando de melhorias há muito tempo.
"O casarão está em ruínas. Já caíram, inclusive, azulejos no carro de um colega. As pessoas passam por aqui com medo. Se essa reforma for mesmo acontecer, vai melhorar não só a paisagem, mas a vida de todos que passam por aqui", disse ele.
José Roberto, gerente de uma loja localizada ao lado dos casarões, torce para que a iniciativa da prefeitura agregue valores e, principalmente, traga segurança para o local.
Exploração sexual
"O projeto vai beneficiar a todos. Seria um sonho ver esses imóveis recuperados. É uma parte importante da cidade e merece ser preservada. Há muitos anos que eles só servem para abrigo de usuários de drogas. Sou pai e é muito triste ver crianças sendo exploradas sexualmente nesses locais em troca de pedras de crack", desabafou o gerente.
Em visita ao Grupo A TARDE esta semana, o chefe da pasta afirmou, com exclusividade, que após tentativa frustrada de acordo com os proprietários, a prefeitura, que entrou com processo em 2013, resolveu dar um destino aos espaços.
"Não podemos mais esperar pela decisão deles sobre o futuro desses imóveis. Os casarões são antigos e correm risco de desabar. Nossa ideia é transformar esse imóvel (onde seria o Hotel Hilton) no Museu da Música, para contar a história da música brasileira relacionada com a música baiana", adiantou Mendonça.
Segundo o secretário municipal, o conjunto passará por várias intervenções, mas a ideia é que a arquitetura seja preservada. Outra novidade anunciada pelo gestor é a transferência para uma dessas unidades do Arquivo Público Municipal, que atualmente funciona na Fundação Gregório de Mattos, na praça Castro Alves,
"Atualmente, o espaço onde está situado o Arquivo Público - que guarda todo o acervo bibliográfico do poder municipal e é muito utilizado por pesquisadores - é bastante pequeno. Queremos levá-lo para um espaço maior, que comporte, inclusive, peças raras que fazem parte da história de Salvador", revela o secretário.
Investimento
Os recursos para esse e outros projetos estão garantidos, segundo Mendonça.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), dentro do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur), vai liberar US$ 105 milhões para a prefeitura. "Desse total, sobraria ainda verba para custear intervenções em alguns pontos da cidade", afirma o secretário.
A equipe de reportagem do A TARDE foi ontem ao bairro do Comércio para acompanhar a reação dos frequentadores à notícia. Comerciantes, taxistas e turistas ficaram surpresos com o projeto e elogiaram a iniciativa.
O taxista Plínio Mota, que trabalha na área, disse que o local está precisando de melhorias há muito tempo.
"O casarão está em ruínas. Já caíram, inclusive, azulejos no carro de um colega. As pessoas passam por aqui com medo. Se essa reforma for mesmo acontecer, vai melhorar não só a paisagem, mas a vida de todos que passam por aqui", disse ele.
José Roberto, gerente de uma loja localizada ao lado dos casarões, torce para que a iniciativa da prefeitura agregue valores e, principalmente, traga segurança para o local.
Exploração sexual
"O projeto vai beneficiar a todos. Seria um sonho ver esses imóveis recuperados. É uma parte importante da cidade e merece ser preservada. Há muitos anos que eles só servem para abrigo de usuários de drogas. Sou pai e é muito triste ver crianças sendo exploradas sexualmente nesses locais em troca de pedras de crack", desabafou o gerente.
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