Quatrocentos migrantes desaparecidos em naufrágio na costa de Itália
Cerca de 400 pessoas estão dadas como desaparecidas depois de o barco em que seguiam se ter virado no Mediterrâneo, na costa de Itália, esta segunda-feira. A embarcação, que saiu da Líbia, seguia com cerca de 550 pessoas. A informação é avançada pela associação "Save The Children".
A guarda costeira italiana conseguiu resgatar 144 migrantes e recolheu nove corpos. A "Save The Children" declarou que a maioria dos sobreviventes são "jovens e, provavelmente, menores de idade".
O barco virou-se 24 horas depois de partir da costa da Líbia, relataram alguns dos sobreviventes, que foram resgatados e levados para um porto no sul de Itália, na manhã desta terça-feira. A guarda costeira disse à agência noticiosa espanhola EFE que continuava na zona do acidente para tentar encontrar desaparecidos. A nacionalidade e identidade das vítimas e sobreviventes não foram divulgadas.
No domingo à noite, a guarda costeira italiana tinha anunciado ter socorrido um total de 2.782 pessoas durante o fim de semana. Mais de 1.100 pessoas foram socorridas só no domingo. Mais de mil tinham já sido socorridas na sexta-feira.
Estes migrantes, oriundos sobretudo da África subsaariana (Eritreia, Mali, entre outros) e do Médio Oriente, especialmente da Síria e do Iraque, procuram entrar na Europa. O número de pessoas que atravessam o Mediterrâneo continua a aumentar, com a melhoria das condições meteorológicas registada nas últimas semanas.
Em 2014, 276 mil pessoas entraram ilegalmente na União Europeia, ou seja, três vezes mais que no ano anterior. Destas, 220 mil chegaram pelo Mediterrâneo, de acordo com a agência europeia de controlo das fronteiras Frontex.
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