por Sergio Caldieri
Todos os esforços desenvolvidos pela cadeia McDonald’s para inserir-se no mercado boliviano foram infrutíferas. De nada valeu preparar o molho Ilajwa, favorito do altiplano, nem apresentar os melhores conjuntos locais ao vivo.
Após 14 anos de presença no país e apesar de todas as campanhas feitas e por fazer, a cadeia se viu obrigada a fechar os oito restaurantes que mantinha abertos nas três principais cidades do país: La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra.
Trata-se do primeiro país latino-americano que ficará sem McDonald’s e o primeiro país no mundo onde a empresa fecha por ter seus números no vermelho por mais de uma década.
O impacto para os chefes de marketing tem sido de tal força que foi gravado um documentário sob o título “Por que McDonald’s quebrou na Bolívia” , em que tentam explicar de algum modo as razões que levaram os bolivianos a continuar preferindo as empanadas, ao invés dos hambúrgueres.
O documentário inclui reportagens com cozinheiros, sociólogos, nutricionistas, educadores, historiadores… Todos coincidem em que o desprezo não é aos hambúrgueres, nem ao sabor; o reação está na mentalidade dos bolivianos. Tudo indica que, literalmente, o “fast-food” é a antítese da concepção que um boliviano tem de como se deve preparar uma refeição.
A comida rápida não é para essa gente, concluíram os norte-americanos.
(Tribuna da Internet)
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