Última livraria de arte do Rio vai fechar as portas
Fundada pelo romeno Andrei Duchiade há 63 anos, a livraria Leonardo da Vinci, localizada na Avenida Rio Branco no Centro do Rio de Janeiro, anunciou que irá fechar as portas ainda este ano.
Para diminuir os prejuízo, Milena Duchiade, herdeira do negócio, disse que é impossível continuar operando. Segundo informações do jornal O Globo, a livraria já começou a desocupar as quatro salas do histórico Edifício Marquês de Herval, no Centro da Cidade.
– Teimosia tem limite. Nosso modelo de negócio é inviável. Nós estamos sendo punidos por nossas qualidades. Nossas virtudes tornaram-se defeitos. Não temos um café, não vendemos papelaria, nem informática. Vendemos pouca autoajuda e poucos best-sellers. Temos um nicho, muito específico, que está sob pressão – disse Milena
Desde 1952, a livraria é ponto de encontro de intelectuais e universitários que buscavam obras importadas. Em 1965, com a morte de Andrei, quem assumiu o comando foi sua esposa, Giovanna Piraccini. Em 1996, Milena se juntou à mãe na gerência dos negócios.
Milena admite que gostaria de ver a loja seguir por outras mãos.
– Estou aberta a conversas e propostas. Meu sonho é que alguém continue a livraria. A Confeitaria Colombo, por exemplo, não pertence à mesma família, mas continua. No exterior, existe um movimento de jovens que retomam livrarias antigas e botam sangue novo, dinheiro novo, ideias novas.
No dia 1º de junho, a livraria, irá realizar uma queima de estoque, Até o próximo mês, serão apenas duas, abertas até o fim da liquidação.
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