Secretário da CPLP citado em investigação brasileira sobre desvios na Petrobras
O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Murargy, antigo embaixador de Moçambique no Brasil e outros países da América Latina, é citado numa investigação sobre desvios na Petrobras, segundo a revista Veja.
O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Murargy, antigo embaixador de Moçambique no Brasil e outros países da América Latina, é citado numa investigação sobre desvios na Petrobras, segundo a revista Veja.
Chamadas telefónicas intercetadas pela Polícia Federal brasileira e atribuídas e executivos da construtora OAS trataram de alegados acordos para negócios em países latino-americanos e africanos.
Numa das conversas, os executivos mencionavam uma aproximação com o então embaixador Murargy, por intermédio de contactos de uma pessoa denominada “Brahma”, que seria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo um documento da investigação citado pela revista.
A 14.º fase da “Operação Lava Jato”, feita na última sexta-feira, resultou na prisão de executivos e presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez. A conversa divulgada pela Veja teria ocorrido em 2013 e a investigação apura se há ilegalidade no encontro agendado entre os executivos e o então embaixador.
Ainda na mesma conversa, os executivos falam sobre uma viagem, de Lula da Silva ao Chile, para uma conferência, financiada pela construtora.
Numa outra chamada intercetada e divulgada pela revista, os executivos descrevem negociações com o Governante da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, para que a construtora financiasse o bloco de Carnaval da Baía Ilê Ayê, que tinha como tema o país africano, em troca de favores.
Questionada pela Lusa, a Polícia Federal brasileira não se pronunciou até o momento sobre o caso.
O Instituto Lula não respondeu às perguntas enviadas hoje, mas, em nota do último dia 12 sobre uma reportagem anterior da Veja, que revelava conferências do ex-Presidente, a instituição afirma que a revista “tem um histórico de capas e reportagens mentirosas sobre o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores”.
Além disso, segundo o instituto, Lula da Silva realiza conferências, tanto gratuitas como contratadas por empresas, e não presta qualquer serviço de consultoria ou intermediação de contratos.
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