Achel Tinoco publica biografia
do empresário Klaus Peter
Para o escritor baiano Achel Tinoco, biografia é uma história baseada em fatos reais, mas romanceada em alguns pontos. Guiado por essa premissa, ele publica seu 12º livro, "O Castelo de Wilhelm Hermann", que será lançado hoje, a partir das 18 horas, na Livraria Cultura (Salvador Shopping).
A publicação entrelaça a história do empresário Wilhelm Hermann Klaus Peters, falecido em 2011, no Panamá, à de seu pai, Martin, alemão que chegou ao Brasil no final do século 19 atraído pelos seringais da Amazônia.
Os feitos de Klaus Peters, paulista que teve êxito nos negócios em diversas áreas e se instalou em Praia do Forte na década de 1970e foi um dos pioneiros da hotelaria na região, resvalam em episódios marcantes do Brasil e em personalidades como o arquiteto Oscar Niemeyer, o engenheiro João Augusto Gurgel, o conde Francisco Matarazzo e o político Antônio Carlos Magalhães.
"No fim das contas, o que eu queria era homenagear Klaus Peters. Daqui a 10 ou 20 anos, ninguém vai saber que ele desenvolveu a Praia do Forte, criou a Fundação Garcia d'Ávila e ajudou a preservar o meio ambiente através da Reserva da Sapiranga", comenta Achel Tinoco.
Em meados da década de 1990, Tinoco foi sondado misteriosamente sobre a possibilidade de escrever um livro sobre um empresário baiano. Depois de enviar alguns dados pessoais e um de seus livros, "Vilarejo dos Anjos", só soube quem era o personagem quando chegou em sua casa, na Praia do Forte.
Praia do Forte
Ali conheceu o descendente de alemães, discreto e recluso, de quem já tinha ouvido falar. "Era um alemão completamente diferente do que eu imaginava. Um homem alegre, simpático", conta o autor, que durante um ano colheu a história do empresário em encontros regados à água de coco.
Klaus Peters tinha como sonho transformar a Praia do Forte em um grande polo de ecoturismo. "Em 1970, a Praia do Forte custou para ele 500 mil cruzeiros. É inacreditável a valorização que ele promoveu e transformou o lugar no maior polo de ecoturismo do Brasil".
"Ele acreditava que tudo em sua história estava escrito e queria até que o livro se chamasse Maktub", conta Tinoco, que além das entrevistas com Klaus, teve como referência um caderno de Martin Peters, com escritos do período após a segunda guerra mundial.
O projeto de "O Castelo de Wilhelm Hermann" ficou guardado por quase uma década e sai da gaveta por meio de uma editora portuguesa, a Chiado. No Brasil, a publicação será vendida por R$ 33 e na Europa por 11 euros.
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