quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O FIM DA FLORESTA

Desmatamento na Amazônia aumenta 169% em janeiro, aponta Imazon

O Instituto do Homem e do Meio Ambiente detectou o desmatamento de 288 km² de floresta no mês passado

Desmatamento na Amazônia
O ano já começa com péssimos indicadores na Amazônia Legal, área que compreende nove estados brasileiros e corresponde a quase 60% do território brasileiro.
Segundo boletim do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram detectados 288 km² de desmatamento na região em janeiro de 2015, um aumento de 169% em relação ao mesmo período do ano passado, quando este número foi de 107 km².
A extensão da destruição ambiental pode ser ainda maior, já que quando foi realizado o levantamento, metade da área florestal da Amazônia Legal estava coberta por nuvens, o que reduziu a capacidade de detecção do desmatamento e da degradação florestal na região.
Os estados do Mato Grosso (75%) e Pará (20%) são os que apresentam maiores áreas de derrubada de florestas para uso do solo em outras atividades (também conhecido como corte raso). Os municípios mais desmatados foram: Feliz Natal (MT) e Altamira (PA) - Altamira é onde está sendo construída a Usina de Belo Monte.
De acordo com o estudo do Imazon, 80% do desmatamento ocorreu em áreas privadas, 12% em Assentamentos de Reforma Agrária e 7% em Unidades de Conservação. Somente 1% foi registrado em Terras Indígenas.
Foi registrado um crescimento ainda maior no índice de terras degradadas, aquelas onde a floresta não é inteiramente suprimida, mas intensamente explorada pela atividade madeireira ou queimadas. Foram detectados 389 km² de matas degradadas, um salto de 1.116%, em comparação a janeiro de 2014. Segundo o instituto, toda esta degradação aconteceu no Mato Grosso.
Durante todo segundo semestre de 2014, o SAD revelou que - mês a mês - a Amazônia está sendo mais e mais desmatada. De acordo com o relatório "O Futuro Climático da Amazônia", elaborado pelo pesquisador Antonio Donato Nobre, entre 1975 e 2013, foram desmatados a corte raso 762 mil km² de floresta - isto é o mesmo que três estados de São Paulo e duas Alemanhas.

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