quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

RETALHOS 89

Engraçado... Ninguém fala mais sobre a morte dos 13 “bandidos” no Cabula. No entanto ainda não passaram 2 semanas. O que mais me incomoda é o silêncio dos movimentos negros, geralmente tão rápidos no microfone. O único a se manifestar foi o jornalista Fernando Conceição. Até agora o que parece é que a esquerda tem exatamente a mesma filosofia de a direita. “Sempre pronta no gatilho”. Como ficam as famílias que juram que os garotos nada tinham a ver com a marginália?

E a declaração do novo governador, comparando estas mortes a um jogo de bola? Vira a boca, desastrado!

Curioso... Quando uma multidão manifesta, como em Caracas contra a vida cada dia mais difícil para o povo ou em Buenos-Aires contra o mais que provável envolvimento da presidentA Cristina K. na morte do promotor Nisman, tem sempre um político denunciando uma armação da direita. E mesmo que assim fosse, a oposição não tem mais o direito de reclamar?

O Carlinhos Brown, tão chegado a declarações incendiárias, ainda na ressaca de carnaval ameaçou; “Estou me despedindo desse formato de carnaval, pois já dei a contribuição que tinha que dar.” Nada modesto, o cara. Quem aposta que em 2016 ele estará no circuito novamente?


E, por falar no “cacique” o enfeite que ostentava na cabeça é de Luis Valasco, que fez, a meu convite, uma exposição de seu belo trabalho no Cafelier, Rua do Carmo.

Se houvesse um prêmio para a cantora mais ordinária do carnaval, destronando Claudia Leittte, seria sem a mínima hesitação a Alinne Rosa. Além de ordinária, uma voz banal. E uns quilinhos a mais.


Esta é a imagem mais fiel das atividades museológicas no verão baiano. Muitos museus fechados- especialmente em fins de semana, igrejas com horários bancários e teatros sem programação. E os governantes querem atrair o turismo como? Só com o carnaval e as praias?

Querem saber o me cansa mesmo? São aquelas pessoas que ao falar de qualquer coisa relacionada com a Bahia, sempre fazem comparações desfavoráveis. Tudo é sempre melhor em São Paulo, Nova-Iorque ou Roma. Vivi em muitas capitais e me contento com o que o quotidiano me oferece no bairro do Santo Antônio e adjacências. Não sei se morar numa cobertura em Manhattan me faria mais feliz...

Quando a esquerda estava no papel de oposição, era bom saber que podia se expressar e contestar os abusos da direita no governo. Agora que os papeis foram trocados, nada mais saudável que a oposição, hoje da direita, continue tendo o direito de contestar os abusos da esquerda no poder.


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