PREPOTÊNCIA POLICIAL

Acabo de receber este e-mail de uma amiga que, por razões óbvias, prefiro não identificar:

"... hoje, após assistir o filme Hannah Arendt, deixei uma amiga no Pelourinho às 18h20min. 
Tive que parar o carro bem em frente à igreja de S. Francisco pois uma viatura da PM estava parada no meio da rua. 
O motorista conversava com um PM que estava na calçada. Riam, gesticulavam, e nada de sair do lugar. Pergunto se a rua estava fechada - ao que o PM que estava na calçada começa a me encarar, e nada de responder. 
Pergunto novamente. 
Saem dois PM's da viatura. Um deles, ao passar perto de meu carro, estando bem na minha frente, tira uma pistola do bolso do colete (ostensivamente) e a guarda num bolso da calça. 
O que vinha atrás se aproxima e me diz: "Aguarde que a viatura já vai sair", só que com um tom - e sobretudo um olhar - bem ameaçador. 
Respondo que era isto que estava fazendo: aguardando. 
Espero, espero, espero, e nada. 
O PM que estava na calçada olha insistentemente para mim, fala com o motorista da viatura, riem, continuam conversando e rindo por mais algum tempo - afinal, que ideia subversiva é esta de querer exercer seu direito de ir e vir (numa rua pública, diga-se de passagem), e atrapalhar o cumprimento da lei?"

Mais tarde, filósofa, ela acrescenta"

" ...estou ficando acostumada. 
Uma vez fui parada por uma viatura, quando passeava de carro por Itapuã (na rua logo depois do acarajé da Cira), um pouco antes das 20h, porque os PM's acharam que eu falei algo contra eles (!!!!!) ao passar pela viatura. 
Estava ouvindo música no meu carro... Saltaram 3 PM's com ME-TRA-LHA-DO-RAS., mandando eu descer do carro.
Devo ter cara de meliante, facínora, louca furiosa, sei lá. 
Devia aproveitar melhor este meu talento."