Em boa hora, o jornalista Samuel Celestino botou a boca no trombone. Falta competência no governo da Bahia.
Entre um secretário de Cultura silencioso e mudo que nem uma parede a não ser para prever milagres via futebol, e um secretário de Turismo que projeta sem o mínimo conceito uma inútil e agressiva arena - a palavra da moda - na Praça Castro Alves, que bem precisa de algo mais elaborado, o estado vai mal, muito obrigado. Entre alguém sem a mínima criatividade e outro preso a academismos e partidarismos... Rien ne va plus!
O Albino que pouco ou nada fez durante estes três anos, está procurando, a um ano do fim de mandato, uma parceria PP (público/privado). Esta solução compromete o ingénuo empresário que mergulha na escuridão, mas o estado nunca, jamais, assume seus compromissos.
A ideia é um Museu do Carnaval. Ora, ora! A esta altura do campeonato, o doutô ainda não entendeu que a Bahia precisava, urgente, de um Centro de Culturas Populares?
Já escrevi e publiquei minha visão do problema, mas como não sou afiliado ao PT, minha palavra não conta.
O outro, o Domingos que, pelo que eu sei, não tem qualquer doutorado em turismologia, mas é a quinta roda da carruagem de Dona Lídice, não foi capaz, em três anos, de inventar um projeto para usar estes 37 mi oferecido por Brasília. Lamentável.
E mais: o Centro Antigo de Salvador tem uma fabriqueta de projetos intitulada Escritório de Referência Só faz projetos que, geralmente, acabam no fundo de alguma gaveta. Por que foi dar uma olhada naquel Palácio da Bela Adormecida?
Tudo isso é resultado de escolhas baseadas em coligações políticas, sem nenhum critério de competência, de profissionalismo. Reflete com fidelidade a escolha de um pastor para Ministro da Pesca, de uma simpatixzante dos Mormons para Energia, de uma perua oxigenada para Ministra da Cultura etc.
Será que estaremos enxergando em breve uma luz no fim deste longo túnel?
Governo baiano devolveu R$ 37 milhões por falta de
por Sandro Freitas
O dinheiro estava liberado, mas faltou um projeto adequado para utilizar a verba era do Ministério do Turismo de R$ 37 milhões. O tal projeto deveria ter sido feito para uma adequação completa na acessibilidade do Centro Histórico de Salvador, com a revitalização de calçadas, pavimentos e outros espaços. Por questões burocráticas – falta de um plano adequado e de licenças – o Estado não cumpriu uma das exigências básicas do contrato, iniciar as obras em até dois anos, como afirmou o secretário nacional do Ministério do Turismo, Fábio Mota. “É muito lenta essa execução. Tinha até junho de 2012 para iniciar as obras. Não iniciou, pois faltou a licença e no final o Estado devolveu R$ 37 milhões”, disse Mota, “Quando o recurso é empenhado, por um decreto presidencial, o Estado ou Município tem dois anos para iniciar a obra. É o prazo legal. Se não iniciar, o recurso é devolvido e foi o que aconteceu com os R$ 37 milhões”, completou. No caso, as obras seriam executadas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).
Atraso é destaque até na página do Escritório de Referência do Pelourinho, com última notícia de novembro de 2012 (notem que a Casa de Castro Alves não se encontra nesta fotografia. Fica bem distante, no lado oposto)
O projeto começou na Secretaria Estadual de Cultura (Secult), que auxiliou na formação de câmaras setoriais para elaborar todo o plano, com participação da sociedade, através do Escritório de Referência do Centro Histórico de Salvador. Contudo, a assessoria da Secult afirma que ainda no ano passado o centro foi transferido para outra pasta, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur). O Bahia Notícias tentou contato com os dois órgãos, tanto o Escritório quanto a Sedur, mas não obteve sucesso. Para se ter uma ideia da morosidade em relação ao Escritório, pode se tomar como exemplo o site da unidade. Até esta segunda-feira (19), o órgão mantinha no portal a informação de que pertence a Secult e ainda tinha como principal notícia um fato ocorrido em novembro de 2012. Em contato com o BN, algumas empresas que prestam pequenas obras no cenário turístico baiano questionaram a forma como o setor é encarado pelo Estado, ao acusar a cúpula do governo – leia-se órgãos como as secretarias da Casa Civil, Planejamento e Fazenda – de não enxergar o turismo como prioridade.
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