segunda-feira, 12 de agosto de 2013

CONCERTO NA CATEDRAL

Alertado pelo e-mail do saxofonista André Becker, fui ontem, domingo, até a catedral para um concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia. Momento importante que, como muitas vezes, o jornal A Tarde não se preocupou em divulgar, sabe-se lá por que.

Gostei de ver uma vontade de mudar o repertório para mais perto de produções que fujam aos chavões Mozart-Beethoven-Tchaikovsky. Não que estes compositores não sejam referências absolutas para todo ser dotado de um mínimo de cultura, mas a produção musical não parou no século XIX e o século XX não se limita ao Bolero de Maurice Ravel.

Um público variado encheu a suntuosa catedral do Terreiro de Jesus. Desde os habitués e parentes dos músicos até turistas pouco atentos. Mesmo sem os costumeiros ventiladores, o calor era suportável. Infelizmente, o programa, bem elaborado, não manteve o anunciado. Deslize frequente em concertos baianos. A obra de R. Vaughan Williams, que desconheço totalmente, dançou. Continuarei ignorante deste compositor.

A sinfonia de Felix Mendelssohn-Bartholdy – quem sabia o nome completo ? –  bonita,  não me empolgou. Mas quem sou eu para emitir qualquer restrição a um compositor tão famoso?


O filê mignon ficou para o “Duet concertino” para Clarineta e Fagote, de Richard Strauss, magistralmente interpretado por Pedro Robatto e Jean Marques. Obra sedutora, mas dificílima de executar. O suposto namoro entre a Bela e a Fera, só por si, mereceu tanta gente se deslocar até o centro histórico. 

Prova, mais uma vez, que este bairro, propondo diversidade cultural que apele para a inteligência e a sensibilidade, pode atrair o soteropolitano.

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