quarta-feira, 11 de novembro de 2015

MOBÍLIA DA IGREJA DO PILAR

Peças dos séculos XVII, XVIII e XIX são resgatadas pelo IPAC na Igreja do Pilar

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Confessionários em madeira, banquetas para apoio de objetos litúrgicos (sagrados) e tocheiros esculpidos na madeira, pertencentes à Igreja do Pilar, situada no bairro do Comércio, em Salvador, estão sendo restaurados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). De acordo com o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira, as peças são originárias dos séculos XVII, XVIII e XIX e estão passando por processo de conservação e restauro. O IPAC é vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).

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“Com essas ações estamos resgatando aspectos estéticos e históricos da época da cada peça”, explica João Carlos. O confessionário é um elemento clássico das instituições católicas, onde os adeptos fazem confissões sentadas ou ajoelhadas à peça. Segundo a equipe do IPAC os confessionários não se encontravam em uso e devem datar do século XVII. A equipe está formada por 16 profissionais. “Foram sete marceneiros, seis responsáveis pela recomposição de elementos pictóricos, uma responsável técnica e técnicos auxiliares”, comenta o diretor do órgão estadual.

O diretor do IPAC lembra que as ações estão sendo feitas em parceria com a irmandade da igreja do Pilar. “Devido a contingenciamentos deste ano, contamos com a colaboração de todos os locais onde fazemos obra”, diz João Carlos. Prefeitura de Xique Xique e Banzaê, irmandades do Rosário dos Pretos e do Pilar, são alguns exemplos das parcerias com IPAC. No caso do Pilar, a irmandade está cedendo transporte.

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RAROS – A coordenadora de Restauro de Elementos Artísticos (Cores) do IPAC, Kathia Berbert, destaca que esses confessionários são raros e dos poucos exemplares desse período existentes no Brasil. Resgatados em mal estado de conservação, os confessionários são policromados em tons azulados.

Já a restauração das banquetas está sendo finalizada. “Elas eram utilizadas nas laterais dos altares, servindo de suporte para elementos de celebração, chamados de alfaias, como os cálices, as patenas, os ostensórios e os turíbulos” Explica Kathia Berbert. Em geral essas peças eram confeccionadas em prata e ouro, decoradas artesanalmente, lavradas, buriladas e cinzeladas. Cerca de 24 tocheiros em madeira também estão em processo de restauro.

ESPANHÓIS – AIgreja do Pilar foi construídanos séculos XVII e XVIIIao sopé da encosta, que divide as Cidades Alta e Baixa, em Salvador. Os recursos vieram da comunidade da cidade, com participação de imigrantes espanhóis. A edificação é tombada pelo IPHAN/Ministério da Cultura como Patrimônio do Brasil e apresenta influências do barroco, rococó e neoclássico.

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“Esses restauros exigem delicadeza, sensibilidade e técnica dentro dos parâmetros científicos”, alerta a coordenadora do IPAC, Kathia Berbert. São usados pincéis extremamente finos (pelo de Marta) e técnicas de reintegração, como o rigattino, pontilhismo e trateggio, dentre outros. “Quem define o tempo de duração do trabalho sãoas próprias peças, dependendo do estado de conservação, das intervenções e obedecendo a um diagnóstico e um projeto de restauro”, explica.

Outras informações estão disponíveis na Cores/IPAC, via telefone (71) 3116-6721 e endereçocores.ipac@ipac.ba.gov.br. Para mais dados sobre os projetos e obras do IPAC, acessewww.ipac.ba.gov.br,o facebook 'Ipacba Patrimônio' e o twitter '@ipac_ba'.


FOTOS anexas.

Crédito Fotográfico obrigatório - Lei nº 9610/98
Autoria: Lázaro Menezes e Elias Mascarenhas
Fotos em ALTA definição no LINK:

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