segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O COLÉGIO DA BAHIA


ODETE DOURADO

Muitos não sabem do que estamos falando porque talvez nunca tenham ouvido falar deste colégio, não com este nome, mas com certeza os mais velhos o conhecem. O colégio foi criado pela Lei n. 33 de 9 de março de 1836 com a denominação de Liceu Provincial da Bahia, passou a funcionar apenas em 1837 no Convento da Lapa. Vale notar que o local onde se encontra atualmente o colégio era anteriormente a Roça do Lacerda de propriedade de Antônio de Francisco Lacerda, pai de Antônio de Lacerda construtor do Elevador Lacerda e a área onde se encontra a praça de esportes pertencia ao Quartel da Mouraria.

Bem, este é o Colégio Central que vale a pena conhecer um pouco de sua história, esperamos que os amigos contribuam contando suas experiências neste grande centro de ensino que com o advento da República altera sua denominação de Liceu da Bahia em 1890, para Instituto Oficial de Ensino Secundário. Em função das deficiências concernentes à sua grade curricular, passa, em 1895, a denominação de Ginásio da Bahia. Alguns dos professores ilustres foram. O Padre Doutor Antonio Joaquim das Mercês, João Florêncio Gomes, Luiz Vianna Filho, Edgar Santos e Severino Vieira.


Dentre os alunos famosos podemos citar o pai de Castro Alves e João Barbosa de Oliveira, pai de Rui Barbosa, Antônio Carlos Magalhães, Glauber Rocha, Calasans Neto, Elsimar Coutinho, Cid Teixeira entre outros.
Com o nome de Ginásio da Bahia atravessou o inicio do século XX destacando-se como educandário de excelência, e em 1942, a partir da Reforma Capanema, recebe a denominação de Colégio Estadual da Bahia. 


A partir de 1947, como secretário de educação da Bahia, o educador Anísio Teixeira percebeu que em toda a cidade de Salvador o governo mantinha, apenas, dois estabelecimentos de ensino médio, o Instituto Normal e o Colégio Estadual da Bahia. Sem lei para decidir pela criação de novos ginásios, Anísio Teixeira instalou nos bairros da Liberdade, o Colégio Duque de Caxias, em Nazaré o Colégio Severino Vieira e ltapajipe o Colégio Pinto de Carvalho três extensões do Colégio da Bahia, levando assim o ensino médio a zonas com alta demanda; reaparelhou os gabinetes de Biologia, Química e Física do Colégio da Bahia onde fez construir um grande pavilhão, com moderníssimas instalações, anfiteatro etc., só para o ensino da Química. É importante lembrar que estes não eram ginásios independentes, e sim seções do ginásio da Joana Angélica, onde o diretor era o mesmo, havendo vice-diretores que tinham algumas de suas decisões subordinadas à diretoria no que passou a ser conhecido a partir de 1949, como CENTRAL, nome pelo qual é conhecido até os dias atuais. Com o tempo essas seções tornaram-se administrativamente independentes e outros ginásios foram criados na capital e no interior.


Atualmente o Colégio CENTRAL perdeu muito do brilho dos áureos tempos, embora um pouco abandonado, resiste bravamente às mudanças que vão ocorrendo no tempo e na educação.

1. Fonte: colegiocentralba.blogspot.com/2013/06/historia-do-colegio-central.html
Histórias de Salvador nos nomes das suas ruas- Luiz Eduardo Dórea
Salvador Era Assim- volume 2
foto: www.salvadorturismo.com

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