sábado, 28 de novembro de 2015

NÃO SOBRA UM, MEU IRMÃO! (II)

Estadão explica tudo: dono do banco que pagou viagem de lua-de-mel de Aécio e prometeu R$ 4 milhões a delator é filho de mãe “com mentalidade de petista antigo”

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Se ele e o senador Delcídio Amaral, de DNA tucano, pretendiam despachar o delator Nelson Cerveró para fora do Brasil — às custas de R$ 4 milhões, mais R$ 50 mil mensais à família do ex-diretor da Petrobras — significa que ambos estavam comprometidos com as denúncias feitas no escândalo da petroleira.
Cerveró vai delatar. E Delcídio? Se sim, o senador vai contar tudo, desde que era do PSDB e assumiu cargo na Petrobras durante o governo de Fernando Henrique Cardoso? Esteves, por sua vez, poderia fazer um raio xis completo da relação entre o mundo das finanças e a política no Brasil.
Ele tem como sócio Persio Arida, que acaba de assumir a presidência do BTG Pactual. Arida seria no mínimo um “consultor” num eventual governo de Aécio Neves. A delação de Esteves, portanto, poderia abrir interessantes linhas de investigação.
No famoso bilhete de Marcelo Odebrecht a seus advogados, apreendido pela PF, o empreiteiro mencionava a necessidade de recuperar a “iniciativa de Andre Esteves”. Portanto, está no campo das possibilidades que a ação de Delcídio-André Esteves era mais ampla e envolvia o próprio Odebrecht.
A pressão sobre o dono da empreiteira vai crescer. Se delatar, Marcelo poderia esclarecer, por exemplo, todas aquelas menções a autoridades nas notas encontradas em seus celulares apreendidos pela Polícia Federal. Inclusive o famoso “adiantar 15″ a um certo J.S., que foi censurado pela PF.
Agora, sim, saberemos definitivamente quais são as “prioridades” do juiz Moro.

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