DORA KRAMER
Em 2016, como de resto em todas as campanhas eleitorais, os políticos vão procurar demonstrar zelo pela vida do cidadão e preocupação com a solução dos problemas em suas cidades. O previsível discurso, contudo, não corresponde à prática.
Uma consulta feita pela empresa Mosaico – de pesquisa e consultoria – a cerca de 200 dos 513 deputados dos dez maiores partidos com representação na Câmara atesta a indiferença de suas excelências em relação a temas essenciais no cotidiano dos brasileiros.
Poucos, menos de 10%, consideraram prioritárias as reformas trabalhista, tributária e da Previdência.
A que menos interesse desperta é a mudança nas relações trabalhistas: apenas 5,9% dos parlamentares consideram-na urgente. A ampliação da idade mínima para aposentadoria obteve o grau de urgência por parte de 6,7% dos deputados consultados, enquanto 7,6% deles conferem prioridade à reforma tributária.
A mesma pesquisa aponta que 56% acham que o ajuste fiscal é essencial para a retomada do crescimento econômico e 70% apostam que a CPMF será rejeitada.
Um recorte na consulta aos deputados do PT mostra que 79% da bancada acredita na aprovação do imposto do cheque; 88% não considera o corte de gastos públicos fundamental para o reequilíbrio econômico; 92% dos petistas são favoráveis a medidas de incentivo ao consumo e 79% pedem redução da taxa de juros já.
Em miúdos, nada mais contrário à orientação do ministério da Fazenda que a opinião dos deputados do PT.
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