sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

SENHOR GOVERNADOR


Permita-me, com o aval destas quatro décadas morando no centro histórico de Salvador, fazer algumas sugestões sobre este mesmo espaço, tão belo e tão maltratado. Quem sabe não poderão ajudar?

As gestões anteriores trabalharam muito em muitos projetos para o bairro. Realizados? Só duas pesadas publicações. Muito bem feitas, caras e totalmente inúteis. 

Seria bom, por exemplo, que o celebrado palco móvel do Pasqualino Magnavita (86) fosse finalmente executado.  Arrojado, contemporâneo, se inscreve com muita coerência no Largo do Pelourinho. 

Que se concretizasse a tal “Vila Nova Esperança” em vez de promessas demagógicas cujas vítimas são os moradores desalojados há oito anos. 




Que as três praças do Pelourinho, objeto de um concurso nacional já ganho e com o vencedor - suponho - recompensado, fossem recuperadas. 

Que a bizarra ideia de uma república de estudantes espanhóis na Rua do Tesouro fosse finalizada (coitados dos andaluzes). 

 Que a nova gestão tivesse mais respeito com a memória física da primeira capital do Brasil, preservando as pedras portuguesas, parte de nossa identidade, e pesquisando as cores e pigmentações originais para evitar o desastre de fachadas que mais parecem mostruário de marca de tintas industriais. 


Que ao nobre Cruzeiro de São Francisco fosse evitado ser mero estacionamento para a Polícia Civil e carros pessoais dos agentes. 

Que, aliás, também fosse resolvido o grave problema dos estacionamentos, caros e mal mantidos. 

Que fosse, uma vez por todas, resolvido o vergonhoso problema dos 1.500 imóveis vazios, alguns por falta total de consciência e patriotismo de empresas desnorteadas. 
Que fossem respeitados os moradores e trabalhadores da Ladeira da Conceição.

E que fosse aplicada a Lei federal sobre barulho.                                  
Terra civilizada não admite barulho. 
Nunca.

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