Exército decide cancelar festa de ano-novo na Índia
Menina indiana reza durante vigília para a estudante que morreu após estupro coletivo
Nova Délhi - Por respeito à morte da jovem que foi estuprada e espancada em um ônibus em Nova Délhi, na Índia, o Exército e a Marinha do país cancelaram as comemorações de Ano Novo, assim como Sonia Gandhi, líder do partido dominante no Congresso. Hotéis e clubes da capital também informaram que abrirão mão de suas tradicionais festas.
O país permanece em luto nesta segunda-feira, dois dias depois de a estudante de fisioterapia morrer em consequência de ferimentos internos em um hospital de Cingapura. Seis homens foram presos e acusados de assassinato pelo ataque, realizado no dia 16 de dezembro.
O corpo da jovem foi cremado no domingo (30) durante uma cerimônia privada na capital indiana, logo após ter chegado a Nova Délhi em um voo especial da Air India, vindo de Cingapura, para onde a jovem havia sido enviada para receber tratamento médico especializado.
A tragédia obrigou a Índia a enfrentar a realidade de que mulheres vítimas de violência sexual frequentemente responsabilizadas pelo crime e desencorajadas de procurar ajuda por medo de expor suas famílias ao ridículo. A polícia se recusa muitas vezes a aceitar denúncias de estupro feitas por vítimas e os raros processos que chegam aos tribunais podem se arrastar por anos.
A segurança da cerimônia de cremação foi reforçada. Nem o público, nem meios de comunicação tiveram acesso ao crematório. O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e a líder do partido do Congresso, Sonia Gandhi, foram ao aeroporto para receber o corpo e encontrar os membros da família da vítima que estavam no voo.
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