quarta-feira, 8 de julho de 2015

UM GUIA MUITO ZANGADO!

IPHAN, IPAC e DIRCAS são responsáveis pela ruína do Pelourinho

José Queiroz*



O Estado agigantado, autoritário e incompetente do PT tem mantido três instituições desde 2007, supostamente responsáveis pelo Pelourinho: IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - que é federal, o IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - estadual, e o DIRCAS – Diretoria do Centro Antigo de Salvador – criação petista. Todos recebem salários pagos pelo contribuinte, mas não foram capazes de manter a obra que estava em andamento, opondo-se à campanha de desqualificação – falsa e criminosa! - nem de evitar a ruína física, cultural, econômica e social do lugar, além da perda de vidas, o que a sociedade tem testemunhado.

Ainda querem justificar o injustificável! A oposição ao governo idealizador da obra criou o fantasma da expulsão de moradores pelo Turismo, a maioria deles invasores, como nas ruínas atuais, e da transformação do lugar em shopping center. Incrivelmente, esta falácia ainda é sustentada hoje por gestores públicos, acadêmicos, artistas e jornalistas que freqüentam centros históricos de vários lugares do mundo, cuja função óbvia é cultura, turismo e comércio, inclusive para sustentar-se economicamente. Como fez Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Matos, em 2013, no seminário que festejava 20 anos da reforma que não se concluiu!

O governo que assumiu em 2007 convocou novo grupo para elaborar nova reforma, criou a ERCAS, atual DIRCAS, até hoje sob a responsabilidade de Beatriz Lima, gastou recursos públicos e elaborou um novo projeto – engavetado, especialidade do PT! – paga salários altos e em dia, mas o Centro Histórico de Salvador é o pior dos 19 patrimônios da humanidade no Brasil. Ainda assim, em várias ocasiões, gestores destas instituições alegaram que o problema é anterior à reforma, de responsabilidade de defuntos, e o pouco que foi feito, pasmem!, é obra do PT! Enquanto eles ganham bem, educam bem seus filhos, viajam pelo mundo, o Pelourinho perde seus monumentos, como os azulejos do São Francisco, e o turismo de Salvador definha.

Mas, Carlos Amorim, superintendente do IPHAN na Bahia, encontrou apoio em Patrícia Reis, coordenadora da UNESCO no Brasil, e ambos minimizam a denúncia de abandono do Centro Histórico, devastadora - leiamhttp://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/denuncia_Salvador.pdf - feita pelo Sindicato de Arquitetos da Bahia, Instituto de Arquitetos do Brasil e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do país. Assim eles têm administrado o patrimônio da humanidade confiado a eles! Com publicações e dados manipulados, obras aleatórias e inúteis para a Cultura e o Turismo, e crimes como o da Vila Nova Esperança e o Palco Móvel.

O Centro Histórico de Salvador precisa da intervenção da sociedade, sim, urgente! Uma força tarefa especializada, multidisciplinar, e confiável, pois estas instituições já demonstraram impotência perante o governo que as manipula e incompetência para identificar o que realmente interessa à humanidade, à sociedade, à economia do município, aos baianos, aos profissionais da cultura e do turismo e, sobretudo, ao turista que traria dividendos. Muito mais do que os R$143 milhões anunciados através do PAC Cidades Históricas foram anunciados antes, mas o resultado é o que se conhece. Muitas das verbas foram devolvidas por falta de projetos! Ou será falta de competência?

*José Queiroz é guia de turismo

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