Conheça os ovos de Fabergé, que simbolizam a Páscoa
Por Bebel Niemeyer.
"Cristo é vivo!", diria eu para vocês se hoje fosse Páscoa, na Rússia Imperial. E a vossa resposta seria: "Ele é vivo de fato". Lembrei deste ritual depois que li a notícia que abalou o mundo das artes, mês passado, do sucateiro americano que comprou, por acaso, um dos emblemáticos ovos by Fabergé, num mercado de pulgas, por U$ 14 mil e, ao descobrir o que tinha em mãos, vendeu pela bagatela de U$20 milhões.
Os ovos foram inventados pelo tzar Alexandre III na Páscoa de 1885, quando encomendou o primeiro deles, o ovo "Galinha", para presentear sua adorada Maria Feodorovna. Ele transformou em joia a tradição ancestral da troca de ovos de galinha enfeitados no dia da comemoração da Ressurreição de Cristo, simbolizando a vida renovada pela "esperança da passagem" na festa religiosa mais importante da Igreja Ortodoxa russa.
O requintado presente acabou tornando-se obrigatório na família real até a abdicação de Nicolau II ao trono da águia bicéfala, em 1916. Um a um, somente os ovos imperiais vão sendo descritos no livro com minúcia de detalhes, uma leitura curiosa e rica. Adoro pontos de vista pitorescos para antigas histórias, têm sempre a acrescentar.
Fabergé produziu, em tese, 69 ovos, sendo 54 os chamados imperiais, isto é, os encomendados pelos tzares Alexandre III, seu idealizador, e Nicolau II, que prosseguiu com o hábito paterno, até sua renúncia ao trono. Os temas para confecção dos ovos giravam em torno de datas comemorativas do império, referências à vida pessoal da homenageada ou ainda tradições russas.
As tzarinas Maria Feodorovna e Alexandra Feodorovna foram as únicas inspiradoras e "recebedoras" do presente pascal mais requintado da face da Terra, os ovos imperiais de Fabergé, eles o último sinônimo de esplendor da Rússia czarista.
Ovo "Galinha", primeiro dos ovos imperiais, encomendado por Alexandre III na Páscoa de 1885, inaugurando o último sinônimo de esplendor da Rússia tzarina. A grande surpresa é que o ovo continha esta gema acima feita de ouro e, dentro dela, uma galinha. / Abixo dele está o "Ovo Militar em aço", último a ser feito, na Páscoa de 1916, presente de Nicolau II para a imperatriz Alexandra. A surpresa do ovo é esta miniatura de quadro sobre cavalete, que mostra uma cena de Nicolau II junto com seu filho e herdeiro Alexei, debruçados sobre mapas com oficiais de alta patente, já que estavam em plena Primeira Guerra. / e na esquerda, o ovo que o tzar Alexandre III deu à sua adorada Maria Feodorova, na Páscoa de 1887, e que estava sumido até mês passado / Fotos: Reprodução blog 40 Forever |
"Cristo é vivo!", diria eu para vocês se hoje fosse Páscoa, na Rússia Imperial. E a vossa resposta seria: "Ele é vivo de fato". Lembrei deste ritual depois que li a notícia que abalou o mundo das artes, mês passado, do sucateiro americano que comprou, por acaso, um dos emblemáticos ovos by Fabergé, num mercado de pulgas, por U$ 14 mil e, ao descobrir o que tinha em mãos, vendeu pela bagatela de U$20 milhões.
Os ovos foram inventados pelo tzar Alexandre III na Páscoa de 1885, quando encomendou o primeiro deles, o ovo "Galinha", para presentear sua adorada Maria Feodorovna. Ele transformou em joia a tradição ancestral da troca de ovos de galinha enfeitados no dia da comemoração da Ressurreição de Cristo, simbolizando a vida renovada pela "esperança da passagem" na festa religiosa mais importante da Igreja Ortodoxa russa.
O requintado presente acabou tornando-se obrigatório na família real até a abdicação de Nicolau II ao trono da águia bicéfala, em 1916. Um a um, somente os ovos imperiais vão sendo descritos no livro com minúcia de detalhes, uma leitura curiosa e rica. Adoro pontos de vista pitorescos para antigas histórias, têm sempre a acrescentar.
À esquerda, o lindo ovo "Coroação", que Nicolau deu para a imperatriz Alexandra, em 1897. Este é considerado por muitos a obra-prima de Fabergé. À direita, o ovo "Flores Selvagens", dado por Nicolau à Alexandra, grávida da sua quarta filha, Anastasia / Fotos: Reprodução blog 40 Forever |
Fabergé produziu, em tese, 69 ovos, sendo 54 os chamados imperiais, isto é, os encomendados pelos tzares Alexandre III, seu idealizador, e Nicolau II, que prosseguiu com o hábito paterno, até sua renúncia ao trono. Os temas para confecção dos ovos giravam em torno de datas comemorativas do império, referências à vida pessoal da homenageada ou ainda tradições russas.
As tzarinas Maria Feodorovna e Alexandra Feodorovna foram as únicas inspiradoras e "recebedoras" do presente pascal mais requintado da face da Terra, os ovos imperiais de Fabergé, eles o último sinônimo de esplendor da Rússia czarista.
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
NINGUÉM COMPRA "POR ACASO" UM OVO POR r$14.000,00.
Nenhum comentário:
Postar um comentário