Para
quem tem acompanhado o movimento “Aqui podia morar gente”...
A
audiência de conciliação aconteceu na quarta-feira 28 de janeiro. Ficamos todos
muito impressionados pela sofisticação da advogada e amiga de Luciana Rique e
pela segurança descontraída de meu advogado. O debate, bastante longo e, com
freqüência, acalorado, nunca ultrapassou os limites da civilidade, nem que
fosse pela falta de consistência da queixa.
Em certo momento houve uma leve
ameaça da queixosa responder por denunciação caluniosa (Denunciação
caluniosa Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de
processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil
ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que
o sabe inocente), mas escolhemos não seguir por mais um procedimento
fastidioso.
Comprometi-me
em não mais citar a Luciana Rique ou/e a empresa LGR em separado de outros
envolvidos do problema de casas vazias no centro histórico de Salvador.
Em
contrapartida, conversa vai, conversa vem, fomos informados que a dita empresa
teria já vendido 12 das 35 casas e com mais umas 5 em negociação.
Não
pude evitar declarar que estas vendas repentinas talvez tenham sido em boa
parte o fruto de minhas incessantes críticas.
Ambas as partes concordaram que a
total omissão dos poderes públicos não ajudou de forma alguma em melhorar a realidade.
Muito pelo contrário.
E
a luta continua, por que ainda são muitas centenas de casas vazias que precisam
de vida.