AUDITORIA DA PETROBRAS COMPLICA ODEBRECHT
Contrato questionado por Graça Foster, presidente da Petrobras, pode levar à prisão um dos principais diretores da Odebrecht, empreiteira comandada por Marcelo Odebrecht; o motivo é o superfaturamento num contrato de US$ 825 milhões, que foi reduzido pela metade na gestão de Graça Foster; denúncia criminal foi apresentada nesta quarta-feira pelo Ministério Público e atinge também um ex-diretor da própria Petrobras, que decidiu cortar na própria carne
247 - Uma denúncia criminal apresentada nesta quarta-feira 16 pode levar à prisão um dos principais diretores da Odebrecht, empreiteira comandada por Marcelo Odebrecht. Ela foi apresentada à 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Os principais alvos são Marco Antonio Duran, diretor de contratos da Odebrecht, e Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da área internacional da Petrobras. Ambos teriam sido os principais responsáveis, segundo a denúncia, pelo superfaturamento num contrato de US$ 825 milhões fechado pela área internacional da companhia em setembro de 2010. Caso sejam condenados, ambos poderão pegar até quatro anos de prisão.
A denúncia é fruto de uma auditoria iniciada pela atual presidente da Petrobras, Graça Foster, que questionou o contrato e conseguiu reduzir seus valores à metade. Em nota, a Odebrecht informou que "desconhece a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, bem como o relatório da auditoria interna realizada pela Petrobras. O contrato foi resultado de licitação pública conquistado de forma legítima por menor preço, em total respeito à Lei. A Odebrecht nega veementemente as alegações imputadas à empresa, assim como ao seu diretor".
De acordo com a denúncia, o processo licitatório foi direcionado por Zelada para favorecer a Odebrecht, empreiteira que, ontem, recebeu outra má notícia - sete funcionários da empresa foram indiciados pelo acidente que matou dois operários na construção do Itaquerão (leia mais aqui).
A denúncia contra os ex-diretores da Odebrecht e da Petrobras foi baseada no relatório de auditoria interna realizada pela própria Petrobras e subscrita pelos promotores de Justiça Alexandre Themístocles, Cláudia Condack e Andrea Amin da 1ª Central de Inquéritos.
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