quinta-feira, 29 de maio de 2014

DOM MURILO E O PAÇO ESPISCOPAL

DOM MURILO FALA NO IGHB SOBRE O PAÇO ARQUIEPISCOPAL



 O pronunciamento de Dom Murilo Krieger sobre o Palácio Arquiepiscopal reunirá no Salão Nobre do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), nesta quinta-feira (29.05), às 16h, personalidades da sociedade soteropolitana que admiram o religioso e que são solidárias à luta em favor da restauração do imóvel do século XVIII que completará 300 anos de existência no próximo ano. O evento, em parceria com a Associação Bahiana de imprensa (ABI), é aberto ao público. O superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Bahia (IPHAN-BA). Carlos Amorim, superintendente do IPHAN-BA, havia confirmado sua presença no evento, porém não comparecerá porque terá que atender convocação que lhe foi encaminhada pelo Ministério Público Federal. Essa informação foi fornecida na terça-feira, 20 do corrente, pela assessoria de comunicação da superintendência do IPHAN na Bahia. Amorim, mais adiante, poderá retomar o tema em novo evento da ABI/IGHB. A palestra de dom Murilo Krieger integra a programação do ciclo de debates “Três novos endereços de Cultura”, organizado pela ABI, que prosseguirá no dia 12 de agosto, quando o tema será o Memorial de Resistência (previsto para o Pelourinho), e no dia 20 de Novembro, quando a discussão será sobre o Museu Nacional de Cultura Afro-Brasileira (MuNCAB). O ciclo foi aberto no Dia do Descobrimento, 22 de abril, no Salão Nobre do IGHB, com a palestra de do professor Francisco Senna com que se inaugurou o debate sobre o Palácio que enriquece a Praça da Sé. PALÁCIO EM PERIGO As manifestações de preocupação da ABI com o Palácio Arquiepiscopal aumentaram desde o início de 2012 e foram expressas em artigos assinados, na Tribuna da Bahia, pelos diretores Consuelo Pondé de Sena e Luis Guilherme Pontes Tavares. Na ocasião, a ABI trocou correspondências com o arcebispo que, de modo cortês, declinou do convite para visitar a instituição devido a compromissos para a data agendada e informou as providências que a Igreja Católica tomara para a restauração do Palácio. Isso significa que há projeto e há solicitação de recursos para a obra de restauração. O Palácio Arquiepiscopal foi concluído em 1715 e foi tombado pelo IPHAN em 1938 (registrado no Livro de Belas Artes sob o número de inscrição 124). Foi a primeira sede administrativa da Igreja no Brasil. Funcionava no imóvel o arquivo da Cúria e a secretaria da Arquidiocese. Após a transferência dessas repartições, o Palácio permaneceu fechado e hoje se assiste o processo de arruinamento dessa construção que enriquece um centro histórico reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. O IPHAN descreve o Palácio que estas palavras: “Solar urbano, desenvolve-se em torno de um pátio central, para onde se abrem duas galerias superpostas, denunciando influência dos palácios renascentistas, ainda que tardia. Possui subsolo e três pavimentos sobre a rua. Nos pavimentos superiores, dois lados do pátio têm galerias envidraçadas, que devem ter sido varandas. Sua fachada caracteriza-se pelo frontão barroco do tipo usado em palácios e igrejas, no acesso principal. No térreo e primeiro andar as janelas são de peitoril e vergas retas e, no pavimento nobre, janelas rasgadas com balcão e gradil de ferro denunciam a hierarquia empregada no tratamento dos espaços. O edifício ligava-se ainda, à antiga Sé por passadiços elevado que, demolida em 1933, expôs sua fachada lateral, interferindo em sua ambiência”. (http://www.iphan.gov.br/ans.net/tema_consulta.asp?Linha=tc_belas.gif&Cod=1144) O interesse pela restauração e reabertura do Palácio Arquiepiscopal é geral e cresce o número de propostas e projetos dedicados ao imóvel. Consta que há recursos do BNDES reservados para a obra. De um lado, dom Murilo Krieger não esmorece na luta; do outro, a superintendência do IPHAN na Bahia não desconhece que se trata de imóvel tombado pelo Governo Federal há quase 80 anos. Não parece aceitável que a sociedade baiana não possa festejar, em 2015, os 300 anos do
alácio com ele de portas abertas e em pleno funcionamento,


 UMA LEITORA DO FACEBOOK
Tenho profunda veneração por este palácio. além do seu valor histórico, beleza e imponência arquitetônica, nele cursei alguns anos da minha faculdade de direito da UcSal, suas salas e seus corredores são guardiãs da sabedoria e erudição que nelas se impregnaram, dos eméritos mestres que as habitaram. Saudades e agradecimento àquela casa na qual muito somei à minha vida e fui feliz.
Glaucia Lemos

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