quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Retalhos 18

Muito papo furado!
Esta foto não vale por mil palavras, mas serve para chamar a atenção sobre uma manifestação que deveria ter sido mais ampla, por se tratar de varrer a imundície que asfixia a atual prefeitura. Nos dias anteriores, recebi vários avisos de pessoas envolvidas com aparente entusiasmo na construção de uma vida melhor e de uma cidade mais harmônica. Conforme a convocação, que me pedia presença e atitude, cheguei à Praça Municipal às 14:20, só saindo às 15:45. E olhe que para mim, esta é a hora sagrada da sesta! Mas achei por bem sacrificar uma horinha de minha vida. Lá estavam alguns políticos sob a batuta da Olivia Santana, uma boa dúzia de fotógrafos e jornalistas e uma centena de enfurecidos, daqueles que se realizam ao participar de toda e qualquer manifestação de protesto empunhando bandeiras coloridas. Mas dos que mandaram a convocação pela internet e das associações ligadas à defesa da capital ninguém apareceu. Depois os mesmos ausentes criticam o triste conformismo da opinião pública, defendendo suas posturas políticas revolucionárias no conforto da poltrona, a comer pipoca frente à televisão. Pois, a partir de agora, madames e doutores, não venham encher meu saco com suas atitudes de zelo político-cultural. Tá?

Quem é a Dilma?

Dificilmente o trator Dilma irá mudar seu curso em direção ao Planalto. Democracia é isso mesmo. Se bem que, neste caso, houve um claro uso da máquina pública durante mais de um ano. Saímos de um regime paternalista tipo Getúlio, para entrar no maternalismo, sem porém deixar de pertencer a àquilo que se anuncia como a era da Dinastia Lulista. Pagaremos para ver no que vai dar. Inteligente e trabalhadora? Ela é. Manipuladora e sem o mínimo escrúpulo, também. Para mim, em nada me incomoda saber que ela fez oposição armada ao regime militar, muito pelo contrário. Admiro quem teve esta coragem de lutar por um ideal arriscando sua vida de burguezinha. Mas temo o Temer (perdão pelo trocadilho), que pode nos dar manhãs de ressaca, e mais ainda temo por uma possível limitação de nossa liberdade de expressão. Censura é característica dos regimes autoritários, de Stalin a Pinochet, passando por Fidel Castro e Hugo Chávez. Resta saber quem é, realmente, a Dilma Rousseff. Você sabe? Quem são seus familiares? Ela é vegetariana? Gosta de churrasco em fim de semana com uma estupidamente gelada ou prefere caipiroska? Afinal, quem é a Dilma Rousseff?









Pedras portuguesas
Vejam só como a prefeitura conserta as calçadas
de pedras portuguesas no Comércio.
Desta forma, ninguém irá estranhar que
em poucos dias a buraqueira volta, e maior!








Omissão
O Iphan sabe, o Ipac sabe, a prefeitura sabe, todos sabem que a encosta separando a cidade alta da cidade baixa está sendo totalmente invadida, destruída. Não só por gente humilde. Foi declarada há mais de vinte anos zona non aedificandi, área verde de preservação ambiental. Mas nenhum destes órgãos, repletos de funcionários que vivem olhando para o relógio, a espera do fim do expediente, se digna de fiscalizar. Agora, quando tem gente com poder aquisitivo, haja fiscalização! Por que será?






Bastante interessante...
Quem não tiver nada melhor para fazer, uma sugestão: abrir o Google e passear pala família de nosso querido Lula. Ele mesmo. Nosso presidente.


Inconsciência
Não tive coragem nem interesse em assistir à implosão da Fonte Nova. Participar de linchamentos não faz minha cabeça. E o estádio tinha algo de humano, tanto pela sua história como pelas vidas que dele dependeram durante décadas. Ainda como turista, em 1971, assisti, de camarote e na companhia de Carybé e Orígenes Lessa, à sua reinauguração. Já residente, durante algum tempo fui treinar na piscina olímpica. Abandonei porque colocavam um exagero de cloro e meus olhos, mesmo com máscara, não agüentavam. Mais tarde, comecei a andar em volta do dique do Tororó, encontrando quase sempre os mesmos rostos. Quando havia um jogo importante, um Ba-Vi, por exemplo, podia ouvir, desde minha casa no Santo Antônio, os rugidos das torcidas e os petardos. Ao passar por perto, analisava os orixás do Tati Moreno, achando-os desproporcionados e desprovidos de espírito. Como todos os baianos, fiquei escandalizado quando despencou um monte de jovens que morreram por pura omissão dos responsáveis... Que, até hoje, não foram e não serão, nunca, punidos. E mais: discordo totalmente desta política de derrubar/construir/derrubar/construir. Estamos num momento de nossa civilização que precisa rever com seriedade suas atitudes.
                                     
Olá amigos, (comunicado por um leitor)
Há mais ou menos um mês tomei ciência (quase sem querer) da existência de um novo posto do SAC em Salvador: O Posto do SAC Paralela, que funciona no estacionamento “G2” do Shopping Paralela. Mas não é um SAC qualquer. Este é de “1º mundo”, pois só atende com hora marcada (e funciona!), é dotado de funcionários bastante educados, o ambiente é um primor (pelo menos por enquanto), e pasmem, possui até cartório de notas (aqueles que abrem firma, autenticam, etc.) e que você não precisa madrugar p/ receber uma senha! Quando utilizei os serviços pensei que estava na Europa!
Infelizmente estas coisas não são divulgadas, mas fico feliz em exercer minha cidadania! Façam o mesmo e divulguem. Não lembro quais de todos os serviços disponíveis, mas qualquer dúvida, acessem o site logo abaixo ou para agendamento ligue: 0800 071 5353.
www.sac.ba.gov.br (No menu à direita, clique na opção “Postos do SAC” e escolha o posto PARALELA)
                                     

O deslumbrado
Pelos boatos do momento, quem encabeça a saída de Marcio Meirelles do trono da Secretaria Estadual de Cultura é a própria primeira dama, Fátima Mendonça, esta mesmo que havia sugerido o teatrólogo ao Jaques Wagner, governador recém-eleito. Grandeur et Décadence... Agora falta encontrar um nome que reconcilie a classe da cultura com o governo. Não é brincadeira, não, porque nela se encontram os maiores formadores de opinião. Entretanto, todos aguardam os misteriosos resultados da tão decantada descentralização cultural, cavalo de batalha de nossa Marilyn Monroe. Há quem afirme que haverá muito pouco para mostrar.



Capital imobiliário define
comportamento do prefeito de Salvador
O comportamento do prefeito JH de incentivar a demolição das barracas de praia e abandonar os barraqueiros à sua própria sorte é mais um indício da sua estreita ligação com o capital imobiliário que manda na prefeitura de Salvador. O repórter do jornal A Tarde, Vítor Rocha, escreveu hoje (dia 27) texto na página A6 do jornal mostrando que há “uma sincronia entre a doação de projetos feitos por empresas privadas ao município para a anunciada requalificação da cidade e o movimento da Prefeitura de Salvador no processo judicial que determinou a derrubada de 349 barracas na orla”.
Ao rememorar a história, o repórter lembra que, em abril de 2007, a Justiça determinou a derrubada das barracas depois de pedido do Ministério Público Federal (MPF). Na época, a prefeitura recorreu e conseguiu suspender a decisão. Em julho de 2009 a prefeitura de Salvador desistiu do recurso e entregou os barraqueiros às feras.
O novo comportamento do prefeito JH coincide com o período em que a Fundação Baía Viva, ligada ao empresário da construção civil Carlos Suarez, assinou contrato com a empresa Brasil Arquitetura para elaborar um projeto para a Cidade Baixa, projeto que seria doado à prefeitura. No final de janeiro de 2009, o prefeito JH lançou, com pompas, o conjunto de 22 projetos intitulado Salvador Capital Mundial, mas sem revelar quem eram os doadores dos projetos. Entre eles o da Cidade Baixa e o da orla atlântica, este feito pela construtora OAS, pelo qual dever-se-ia construir restaurantes de luxo ao longo da orla.
Em maio de 2010 JH resolveu cumprir a decisão judicial, que já durava dez meses, e autorizou a derrubada de 137 barracas depois de pedir autorização à Justiça. Ao mesmo tempo em que patrocinava a demolição das barracas o prefeito decidiu implantar os projetos desenvolvidos por empresa do setor imobiliário. Concomitantemente, lançou 18 decretos de desapropriações de diversas áreas do município para viabilizar os projetos do “Salvador Capital Mundial”. Mais desapropriações mais Transcons na praça para alimentar negócios pouco claros.
Relata o repórter que diversas entidades civis questionam a interferência das empresas no planejamento urbano da cidade, o que deixaria o interesse público em segundo plano. Os 22 projetos do Capital Mundial foram feitos por empresas privadas. O de requalificação da Cidade Baixa, por exemplo, custou R$ 1,3 milhão à Fundação Baía Viva, controlada por Carlos Suarez,o ex-representante do “S” de OAS. A TARDE revelou as ligações entre setor público e privado em fevereiro e a Baía Viva – entidade sem fins lucrativos que trabalha para imobiliárias – tomou de volta o projeto.
Na mesma edição do jornal o advogado dos barraqueiros, João Maia Filho, corrobora esta tese e “sustenta que a derrubada dos equipamentos e o novo projeto na orla fazem parte de uma estratégia de valorizar a área ao gosto das imobiliárias”. O advogado afirma que a prefeitura está fazendo “uma limpeza para elitizar o local”. Representantes de empresas imobiliárias confirmam o óbvio, ou seja, a chamada requalificação da orla irá valorizar os empreendimentos imobiliários da região. O presidente do Crea, ouvido pela reportagem defendeu a instalação do Conselho da Cidade para que haja o debate e a definição democrática dos projetos que interessam à cidade.
Na coluna Tempo Presente, o jornalista Levi Vasconcelos lembra que o Projeto Orla, do governo federal, vem sendo discutido e acatado em muitos estados da federação. As questões vêm sendo resolvidas na base do diálogo, através de audiências públicas com a presença de todos os envolvidos. Na Bahia o diálogo com os que mais precisam é uma palavra fora do vocabulário de JH. Por isso ele é um atraso para Salvador.

posso acrescentar uma observação que
há muito tempo futuca minha cabecinha:
Vocês já notaram que o projeto geral do metrô
de Salvador não chega nem perto da orla?
Dentro da perspectiva do texto acima,
seria mais uma atitude elitista. Ou não?


E por falar no metrô - nossa vergonha soteropolitana - acabo de receber o diaporama em anexo sobre o metrô de Estocolmo, capital da Suécia. Construído em 1950, tem 100 estações para 110 kilômetros de extensão e ostenta obras de arte assinadas por 150 artistas. Que tal nosso brilhante prefeito beber a fonte da cultura para melhorar nossa qualidade de vida? Se bem que, para alguns políticos e certos religiosos, cultura é uma arma perigosa, por que ela leva o homem á duvidar e questionar. E tem muita gente mais interessada em deixar o povo na mais obscura ignorância para poder continuar a manipular os cordões do poder. Ia esquecendo um detalhe: Estocolmo tem 829 mil habitantes! Ou seja: pela lógica, nosso metro deveria ter 350 kilômetros!!
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Da série “Uma foto vale por mil palavras”

Neste caso devo acrescentar que não escolhi o candidato. Só fiz documentar uma situação existente. Até porque simpatizo com o Zezeu Ribeiro. Mas a foto serve para alertar os eleitores sobre quanto deverão pensar e avaliar antes de escolher a quem entregar seu voto.
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Acabo de receber...

“Buscando concretizar uma idéia há algum tempo “gestada” por vocês, Pontos de Cultura, e também por nós, equipe da SECULT-BA, vamos dar início à elaboração do catálogo “Pontos de Cultura da Bahia”. Além de divulgar informações básicas sobre os projetos desenvolvidos, o Catálogo terá como objetivo falar um pouco sobre como tem sido, para vocês, “a experiência de ser um Ponto de Cultura”. Essa experiência pode ser contada de muitas formas: através da história de seus Mestres, do depoimento de pessoas que participam das atividades, de relatos sobre fatos marcantes, emocionantes, imagens..., enfim, de tudo aquilo que possa expressar quem são e como têm funcionado os Pontos de Cultura na Bahia.Para coletar e sistematizar este material, vocês serão contatados por Scheilla Gumes, responsável pela organização/produção do Catálogo, através do e-mail catalogopontos@gmail.com, criado especificamente para este fim. É muito importante que as informações cheguem à SECULT com brevidade, respeitando os prazos que serão sugeridos, para que no curtíssimo tempo que temos seja possível viabilizar essa publicação que interessa a todos. Em breve Scheilla enviará um documento com as próximas etapas do trabalho. É importante que estejamos atentos para as orientações/solicitações que virão. Mas, acredito que todos já podem ir preparando as informações, fotografias, histórias que consideram interessantes.
Então, para este assunto, manteremos contato através desse e-mail. Contamos com a colaboração de vocês para que o resultado final possa refletir toda a beleza do Programa Pontos de Cultura!”

Mais de um ano após o inicio...
ou menos de um mês para as eleições?

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