NASCIMENTO E CRESCIMENTO DE UMA NOVA PERVERISIDADE. MAIS UMA DE MOTORISTAS E EMPRESÁRIOS DOS TRANSPORTES URBANOS.
Valci Barreto.
Advogado, Jornalista.
Advogado, Jornalista.
Há muito fala do despreparo, da falta de respeito de educação, como dirigem os nossos motoristas, sendo que os de ônibus e de taxi talvez ganham disparado em um julgamento da por parte da nossa população.
Além de todas que já se conhece: freadas e curvas bruscas, paradas fora do ponto para forçar passageiros a correrem em sua direção, ultrapassagem perigosa, desrespeito a direito de preferência, mais uma maldade já nasceu há tempos e tem crescido a caminho de uma violência maior.
Trata-se das agressões, desrespeito aos idosos e deficientes. Com as dificuldades para estacionar e preços elevados dos estacionamentos, mais gente está se deslocando em ônibus.
Com a implantação do metrô, de fácil acesso ao Forum Rui Barbosa, muitos advogados , servidores, partes, têm-se deslocado em ônibus até o terminal da Lapa ,a partir do qual se deslocam para o fórum.
Sou um dos que fizeram esta opção. De onde moro, para delocar-me até o fórum ,não tenho qualquer motivo para ir de carro, moto ou bicicleta. Tenho todas as facilidades para ir de ônibus e metrô.
Esta minha opção tem-me permitido testemunhar a brutalidade de um bom número de motoristas de ônibus quando sentem a presença de um idoso .
Eu, inclusive, já fui vitima em pelo menos duas ocasiões, como certamente serei em outras.
Não me senti vitima do que chamam de preconceito. Aprendi formulas de exercer minha defesa, e de quem estiver em meu lado, em tais situações.
Óbvio que não me preparo para um embate físico. Não sou maluco, doido , nem pretendo usar arma de fogo ou branca.
Recentemente , presenciei o seguinte fato, que é por demais comum: um idoso ingressou em um ônibus sem verbalizar o bom dia, mesmo nos seus gestos e olhos estarem presentes um comportamento de gentilezas. O motorista, tal qual pitubul treinado para matar, ficou repetindo: boa tarde, boa tarde, boa tarde. O idoso, que também não era bobo, encarou o agressor com firmeza, com olhar de furacão e ambos perceberam que parar as agressões era o melhor a fazer. Logo em seguida, um outro idoso ingressou no mesmo ônibus, deu o boa tarde e o motorista, enfezado, não respondeu.
Ouvi, então, o seguinte diálogo entre os dois:
Se dermos bom dia, eles, motoristas, não respondem. Se não dermos , eles ficam numa espécie de “latidos”, com cara de ataque, repetindo: bom dia , bom dia bom dia, aumentando o tom.
Além de todas que já se conhece: freadas e curvas bruscas, paradas fora do ponto para forçar passageiros a correrem em sua direção, ultrapassagem perigosa, desrespeito a direito de preferência, mais uma maldade já nasceu há tempos e tem crescido a caminho de uma violência maior.
Trata-se das agressões, desrespeito aos idosos e deficientes. Com as dificuldades para estacionar e preços elevados dos estacionamentos, mais gente está se deslocando em ônibus.
Com a implantação do metrô, de fácil acesso ao Forum Rui Barbosa, muitos advogados , servidores, partes, têm-se deslocado em ônibus até o terminal da Lapa ,a partir do qual se deslocam para o fórum.
Sou um dos que fizeram esta opção. De onde moro, para delocar-me até o fórum ,não tenho qualquer motivo para ir de carro, moto ou bicicleta. Tenho todas as facilidades para ir de ônibus e metrô.
Esta minha opção tem-me permitido testemunhar a brutalidade de um bom número de motoristas de ônibus quando sentem a presença de um idoso .
Eu, inclusive, já fui vitima em pelo menos duas ocasiões, como certamente serei em outras.
Não me senti vitima do que chamam de preconceito. Aprendi formulas de exercer minha defesa, e de quem estiver em meu lado, em tais situações.
Óbvio que não me preparo para um embate físico. Não sou maluco, doido , nem pretendo usar arma de fogo ou branca.
Recentemente , presenciei o seguinte fato, que é por demais comum: um idoso ingressou em um ônibus sem verbalizar o bom dia, mesmo nos seus gestos e olhos estarem presentes um comportamento de gentilezas. O motorista, tal qual pitubul treinado para matar, ficou repetindo: boa tarde, boa tarde, boa tarde. O idoso, que também não era bobo, encarou o agressor com firmeza, com olhar de furacão e ambos perceberam que parar as agressões era o melhor a fazer. Logo em seguida, um outro idoso ingressou no mesmo ônibus, deu o boa tarde e o motorista, enfezado, não respondeu.
Ouvi, então, o seguinte diálogo entre os dois:
Se dermos bom dia, eles, motoristas, não respondem. Se não dermos , eles ficam numa espécie de “latidos”, com cara de ataque, repetindo: bom dia , bom dia bom dia, aumentando o tom.
ONIBUS DE LAURO DE FREITAS DIZEM QUE VAO PARA A LAPA , MAS NÃO É PARA A LAPA.
Na verdade, eles param no vale dos barris, obrigando os passageiros a percorrerem uma grande distância até o terminal ou os deixam no Orixás Center.
Imagine alguém com horário, com programação para o Terminal da Lapa, sobretudo com algum tipo de deficiência, ter que se deslocar até o terminal , principalmente se estiver chovendo ou com temperatura elevada.
Quando se faz um tipo de informação como a que estou prestando, a reação, de imediato é: CADÊ A PREFEITURA, CADÊ O MINISTÉRIO PUBLICO?
Ora meu povo, vamos aprender a lidar e nos defender destas agressões sem ter que ocupar os órgãos públicos, já abarrotados de processos, com estas coisas. Se estão agredindo, reaja de imediato na mesma proporção. Se fizerem cara feia, façam uma mais feia ainda. Se pedirem o bom dia com grossura, responda com delicadeza: `´não desejo um bom dia ao senhor não , meu caro. Voce não merece.´´ Por aí...
Deixar estes animais, porque gente não pode ser, cometendo, gratuitamente, estas agressões, é tudo que o cidadão não pode permitir. Se deixarmos, a brutalidade cresce. E eles não estão nem aí para justiça, policia, de tão protegidos que se acham pelos poderes que exercem os empresários da área.
O exercício da cidadania não é para ser praticado somente dentro dos fóruns, diante de juízes, de delegados, promotores. O exercício do direito cabe em qualquer lugar e hora. Basta que seja usada a reação que a lei nos permite.
De nada irá adiantará um juiz, promotor, delegado, dizer para estes animais do transito como devem exercer com nobreza sua profissão. A justiça já não tem espaço para os crimes graves, como terá para acolher estes irracionais?
Então, que os cidadãos encontrem formulas inteligentes de se defenderem, sobretudo de muitos que não param nos pontos quando sentem presença de idosos ou deficientes. Alguma formula há de haver, e tudo dentro da lei.
Já ouvi conversas de que os motoristas agem assim por ensinamentos , ordens que lhe são passadas por prepostos das empresas. O comportamento é tão uniforme, que não dá para duvidar.
O pior desta prática é o que sai do mal exemplo: estes motoristas estão ensinando aos seus filhos, aos seus futuros colegas, a terem atitudes ainda mais agressivas para os idosos e deficientes que se lhe seguirem. E de nada poderão reclamar se tiverem o mesmo ou pior tratamento quando chegarem à velhice.
Dá minha parte, meus caros motoristas, tenham certeza que, do mesmo jeito que vocês defendem os direitos de vocês, fazendo quebra - quebra, incendiando ônibus, obstruindo passagens, também defenderei o meu, sem tocar em um pneu sequer, nem a mão em nenhum de vocês.
Cara de pitubul, em posição de ataque, é o que mais temos em nossos caminhos do nosso povo cada dia mais embrutecido.
Aos senhores, cultuadores de pequenas e crescentes maldades, só vou desejar bom dia ou boa tarde quando se educarem e respeitarem seus semelhante, idosos ou não.
Aos respeitadores, sempre destinarei os votos de bom dia , boa tarde, boa noite.
Não podemos premiar os perversos.
Aos idosos, deficientes que concordarem comigo, desenvolvam técnicas de defesa contra estas maldades, para não permitir o crescimento dela.
E não deixem de usar o transporte público , nem de exercerem seus direitos por causa de cara feia de motoristas agressores.
Fazer o contrário, é permitir que empresários , exploradores do sistema de transporte público, só transportem as pessoas que eles escolherem. E eles, empresários, que resolvam seus problemas de caixa com as autoridades que lhe permitiram a exploração do serviço.
Por Franciel Cruz
Especial para o Sul21
Os brasileiros, acostumados a tantas e tamanhas tragédias, se espantam sempre diante de atos serenos e firmemente dignos. Na última segunda-feira, dia 17, por exemplo, enquanto o país, atônito e impotente, testemunhava a brutalidade cometida pelo Estado, por intermédio da PM, contra Cláudia da Silva Ferreira, um motorista, quase que de modo anônimo, dava-nos uma surpreendente lição de que ainda há espaço para a tenra, mas firme delicadeza no desmantelo do cotidiano das grandes cidades.
Ailton da Silva Santos, o motorista do ônibus 1636, que muitos pensavam que era apenas uma ficção, ao contrário dos que acham que se pode arrastar cidadãos pelas ruas impunemente, fez o caminho inverso. Ao ver uma senhora adentrar o buzu com um filho no colo, falou a seguinte frase que merece ser repetida. “Só sigo viagem se derem lugar a esta senhora”.
Esta sentença, a princípio, pode parecer algo banal, mas ganha outra relevância quando se sabe que ela foi proferida no horário do rush, com os nervos à flor da pele e no caótico trânsito de Salvador, terceira maior capital do país. (Segundo dados do IBGE, em 1º de julho de 2012 a capital baiana possuía 2.710.968 milhões de habitantes)
É fato que todo o Brasil tem uma relação de tensão com o transporte coletivo, mas aqui na Bahia o quadro, historicamente, tem proporções alarmantes, de literal revolta. No início da década de 1930, a população, inconformada com o aumento da tarifa, promoveu o Quebra-Bondes, queimando cerca de 80 veículos, o que representava 2/3 da frota. Além disso, cercou a casa do prefeito e do secretário de segurança pública, num confronto que terminou com a morte de quatro pessoas. A empresa responsável pelas linhas, a Cia. Circular de Carris da Bahia, acionou o governo e retirou todos os veículos da cidade, deixando a população apenas com o caótico e incipiente serviço de ônibus.
No início da década de 1980, a insatisfação se volta exatamente contra os buzus. Mais de 600 foram destruídos e três pessoas morreram. Por conta dos péssimos serviços, Salvador foi pioneira também nos protestos recentes que tomaram conta do país, tendo sido palco em 2003 da já antológica Revolta do Buzu.
Especial para o Sul21
Os brasileiros, acostumados a tantas e tamanhas tragédias, se espantam sempre diante de atos serenos e firmemente dignos. Na última segunda-feira, dia 17, por exemplo, enquanto o país, atônito e impotente, testemunhava a brutalidade cometida pelo Estado, por intermédio da PM, contra Cláudia da Silva Ferreira, um motorista, quase que de modo anônimo, dava-nos uma surpreendente lição de que ainda há espaço para a tenra, mas firme delicadeza no desmantelo do cotidiano das grandes cidades.
Ailton da Silva Santos, o motorista do ônibus 1636, que muitos pensavam que era apenas uma ficção, ao contrário dos que acham que se pode arrastar cidadãos pelas ruas impunemente, fez o caminho inverso. Ao ver uma senhora adentrar o buzu com um filho no colo, falou a seguinte frase que merece ser repetida. “Só sigo viagem se derem lugar a esta senhora”.
Esta sentença, a princípio, pode parecer algo banal, mas ganha outra relevância quando se sabe que ela foi proferida no horário do rush, com os nervos à flor da pele e no caótico trânsito de Salvador, terceira maior capital do país. (Segundo dados do IBGE, em 1º de julho de 2012 a capital baiana possuía 2.710.968 milhões de habitantes)
É fato que todo o Brasil tem uma relação de tensão com o transporte coletivo, mas aqui na Bahia o quadro, historicamente, tem proporções alarmantes, de literal revolta. No início da década de 1930, a população, inconformada com o aumento da tarifa, promoveu o Quebra-Bondes, queimando cerca de 80 veículos, o que representava 2/3 da frota. Além disso, cercou a casa do prefeito e do secretário de segurança pública, num confronto que terminou com a morte de quatro pessoas. A empresa responsável pelas linhas, a Cia. Circular de Carris da Bahia, acionou o governo e retirou todos os veículos da cidade, deixando a população apenas com o caótico e incipiente serviço de ônibus.
No início da década de 1980, a insatisfação se volta exatamente contra os buzus. Mais de 600 foram destruídos e três pessoas morreram. Por conta dos péssimos serviços, Salvador foi pioneira também nos protestos recentes que tomaram conta do país, tendo sido palco em 2003 da já antológica Revolta do Buzu.
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