sábado, 26 de março de 2016

A CEGUEIRA DOS EXECUTIVOS

CLÁUDIO MARQUES




Ainda agorinha no Centro do Rio de Janeiro.
Coordenada pelos professores Tania Alice (UNIRIO), Marcos Bulhões e Marcelo Denny (Laboratório de Práticas Performativas da USP), a ação sublinha a parceria que vem sendo elaborado com o Núcleo de Estudos das Performances Afro-Ameríndias (NEPAA) da UNIRIO. Juntos, esses coletivos pensam o uso da cidade de maneira poética, mais do que funcional. A “Performance Intervenção Urbana – Cegos”, já apresentada na Av. Paulista no horário do almoço, procura ressaltar a cegueira dos executivos diante de nosso mundo.
A intervenção urbana parece tão fatalista quanto o seu quadro de inspiração. Não nos enganemos, no entanto. Nesta atualização da Parábola dos Cegos, a performance valoriza o elemento relacional na arte, que considera como foco da obra de arte a transformação da relação entre performers e participantes. A cegueira interna e moral, sublinhada pelas vendas e pela cegueira física, é passível de transformação.

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