segunda-feira, 28 de março de 2016

CORTAR NÃO É SOLUÇÃO

Uma sugestão é a Sucom Salvador, junto com a Secretaria Cidade Sustentável - Salvador, BA. e a Prefeitura de Salvador é coibirem um dos grandes crimes cometidos contra as árvores de nossa cidade: Os canteiros cimentados. Todos sabem que as árvores precisam absorver água e nutrientes pela sua base, com a prática insana de cimentarem todo o canteiro, inclusive as raízes expostas, as árvores passam a receber água pelo tronco e com o tempo, apodrecem e morrem. Com a implantação do projeto "Eu curto o meu passeio" essa prática aumentou e a prefeitura nada faz para proibir.
Canteiros Coletivos
Gostaríamos de contar com sua contribuição para sugerir maneiras eficazes e inteligentes de manter as árvores de Salvador saudáveis e exuberantes, como toda cidade merece!
Para isso, pedimos que leia a minuta do Plano de Arborização Urbana disponível para consulta pública no site da Secretaria Cidade Sustentável (Secis), órgão da atual gestão municipal, e sugira complementações e mudanças neste documento, garantindo que a sociedade civil tenha voz na elaboração de uma política pública tão importante para o verde da capital baiana.
Opine no post de nossa fanpage -- e, caso não esteja na rede social, mande e-mail para contato@canteiroscoletivos.com.br especificando nome e RG -- para que possamos colher suas informações e elaborar um documento colaborativo, que será disponibilizado na internet e enviado aos órgãos competentes.
...
"Como aconteceu em outras tantas metrópoles, também em Salvador as gestões municipais não conseguiram responder à pressão desenvolvimentista que acabou por eliminar significativas áreas verdes da cidade [...] As árvores públicas estão cada vez mais confinadas entre panos de concreto e asfalto, caixas de inspeção, caixas coletoras de esgoto pluvial, postes, hidrantes, redes de abastecimento de água [...] e outros tantos elementos do mobiliário urbano [...] Ironicamente, o crescimento das cidades determina a necessidade de adensamento do verde urbano na busca de melhoria das condições de conforto ambiental."
O trecho acima faz parte da minuta da Secis, atual órgão da Prefeitura de Salvador responsável pelos encaminhamentos do Plano de Arborizaçãu Urbana da capital.
Ironicamente (como a própria Prefeitura coloca), estamos no último ano desta gestão e o Plano ainda não saiu do papel.
Fala-se nele desde 2012, ao que pudemos acompanhar através dos Canteiros Coletivos, mas sua minuta só foi publicada em 2015, mesmo ano em que ocorreram alguns encontros públicos -- com empresários do setor imobiliário e sociedade civil -- para um debate sobre o tema.
Na reunião aberta da qual participamos em novembro, no Centro Cultural da Câmara, o secretário da Secis André Fraga apontou todas as problemáticas das árvores urbanas de Salvador -- árvores doentes, velhas, ocas, que matam pessoas e destroem carros --, através da exibição de vídeos de reportagens catastróficas, querendo justificar a aversão da atual gestão municipal pelos problemas que podem ser causados por "árvores mal geridas nas gestões passadas". Tal e qual a morte da senhora Berenice, atingida por uma árvore na Av. Tancredo Neves pouco antes do carnaval (árvore essa, visivelmente sufocada pelo excesso de concreto, avaliada como aparentemente saudável por um funcionário da Prefeitura).
A afirmação de que não há cura para pragas como erva de passarinho também é uma constante na Secis, que assim defende as podas radicais realizadas pela Prefeitura, quando não a retirada integral de árvores já desenvolvidas. Para completar, tais ações se intensificaram nos últimos meses, especialmente com as obras de requalificação das orlas da cidade, o que tem causado a revolta de moradores(as) -- afinal, não há nenhuma política definidora dos critérios a ser seguidos para essas medidas. Nem ferramentas que permitam o monitoramento da sociedade civil, que fica à mercê de dizer amém a tudo que a Prefeitura diz que faz, fez ou fará.
Mesmo em momentos de maior crítica negativa da sociedade civil, a gestão municipal não ressalta a necessidade de as pessoas consultarem a minuta disponível no site da Secis e participarem contribuindo com suas ideias e participação nos encontros públicos.
Afinal, não seria esse o momento de os órgãos públicos da cidade apresentarem sua proposta e mostrarem que querem sim a opinião dos soteropolitanos para que se defina um Plano de Arborização Urbana coeso antes do fim deste mandato?
O movimento Canteiros Coletivos tem acompanhado as poucas discussões ocorridas até então e tem contribuído no papel de sociedade civil, mas ciente de que representa uma ínfima parcela da população em meio a milhares de pessoas que gostariam de opinar sobre o destino das árvores da cidade.
Por isso, registre aqui sua opinião.
Além disso, fique de olho nos canais da Secis para as novas chamadas da discussão do Plano, e compareça para participar ativamente da criação dessa política, indispensável para se ter uma cidade verde, saudável, fresca, bonita, e que cuja vegetação não ofereça risco às pessoas.
Lembrando: Árvores não matam. Governos matam. ‪#‎cortarnãoésolução‬‪#‎árvoreéamor‬

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