Com uma abordagem que bebe na fonte do Surrealismo, muitas vezes remetendo às obras de artistas como René Magritte e Salvador Dalí, o fotógrafo Rodney Smith cria em suas imagens um universo muito particular. Composições precisas e elementos escolhidos a dedo criam cenários oníricos e sutilmente bem humorados.
“Realmente acredito que todo ser humano tem potencial para expressar sua voz. Entrar em contato com ela é muito difícil. A maioria das pessoas prefere gastar suas energias falando de outras coisas, mais do que sobre as coisas que de fato as complementam ou as ajudam no cultivo de sua própria voz”, declara o fotógrafo ao site do Metropolitan Museum de Nova York.
As imagens de Smith brincam com os olhares dos seus personagens e de quem se depara com as fotografias. Com frequência não sabemos o que as figuras observam com atenção tão dedicada. Nesse espelhamento, também nos perguntamos o que exatamente estamos vendo em cenas ao mesmo tempo estranhas e convidativas.
Relações curiosas entre os personagens e os entornos surgem nas imagens. O cenário muitas vezes não dá pistas sobre o lugar onde foram feitas as fotografias, o que, somado à ausência de rostos em evidência, fortalece a impressão de que vemos imagens de alguma forma universais e atemporais, retiradas do mundo dos sonhos.
Rodney Smith nasceu em 1947, em Nova York. Trabalha exclusivamente com fotografia em preto e branco. Estudou Literatura Inglesa e Religião na Universidade de Virginia, e mais tarde fez mestrado em Teologia na Universidade de Yale. Foi nessa época que passou a explorar com maior interesse a fotografia. Dedica-se basicamente à produção de editoriais de moda. Ao longo de sua carreira, já recebeu mais de 50 prêmios, e atualmente é representado por diversas galerias ao redor do mundo.
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