ESGOTADO, NOSSO MODELO DE CARNAVAL

Abadás de blocos sofrem                                     maior desvalorização da história

Se houvesse uma cotação na bolsa de valores para os abadás de blocos do carnaval de Salvador, com certeza as ações do produto estariam em baixa. O que antes era considerado um título de capitalização, com produtos esgotados com até um ano de antecedência, se tornou uma dor de cabeça para os donos de blocos.
Este ano, dois dias no Camaleão, do cantor Bell Marques, saem por R$ 1350, de acordo com o site da Central do Carnaval. Em outros tempos, o mesmo pacote sairia por pelo menos o dobro. Só para se ter uma ideia, o abadá custa menos que um smartphone.

No caso do Inter, que já viveu dias melhores na folia, o pacote para duas pessoas sai por R$ 400 dois dias. E as promoções não param por aí, há pacotes especiais para casais, sistema de entrega gratuito no aeroporto, dentre outros benefícios.

Especialistas em Carnaval acreditam que o atual modelo empresarial, que foi fundamental para o crescimento da festa no passado, esteja esgotado, mas os empresários da folia ainda se mantêm esperançosos. Há ainda os que defendem a volta de blocos sem cordas e o aumento do número de fanfarras, a exemplo do Furdunço.