Apotegmas e versos carnavalescos (ou não) que podem ser usados nas faixas e cartazes de protesto no desfile da Mudança do Garcia, o bloco preferido de 9 em cada 10 cineastas, sindicalistas, professores, cientistas sociais, estudantes, jornalistas, escritores da Bahia...
APOTEGMAS:
Se a alma é pequena, a esquerda vale a pena.
A Beleza é a prisão que nos liberta.
A burrice cega, só você não vê!
Se o sol não conforta, resta a lua velar a natureza morta.
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VERSOS:
Verba pública, privada,
maconha e cachaça:
socialistas na praça!
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SAMBA REGGAE ULTRAFEMINISTA
Reggae, escorregue,
escorregue e reggae,
escorregue e reggae
o pau do jegue.
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OS MASCARADOS
Pigmeu, capenga, branco,
índio, negro, rei.
Se você é tudo isso,
não esqueça que você
também é gay.
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GALA GAY
Pra frente, para trás,
para trás, para frente,
nem na Bahia
goza sucessivamente.
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CAMAROTE
De pé, sentado, não influi que seja
uma cuba ou um copo de cerveja,
ninguém escapa, se a bexiga geme,
dessas duas letras: H ou M.
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QUEBRADEIRA
Não sei se foi cagado ou foi cuspido,
não sei se pela boca ou pelo ouvido.
Humilhando as mulheres ele é o bamba!
Ele ridicularizou com o samba.
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LETRINHA DE AXÉ: TROCADILHO NÃO É POESIA!
Encontrei Eva,
num beijo fiquei pinel.
Com Gandhi no peito sua asa cercou,
virei crocodilo,
um cheiro de amor lançou frenesi.
Me abraça, eu vou, me leva
timbalado de emoção!
Alô inter, chiclete, cerveja e cia,
nessa maga alegria,
pra camaleão.
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ARRUDA DANCING
Axé, galho de arruda, saravá,
lalau pulula ali, pulula lá,
aqui e acolá lalau pulula,
quem não dançou ainda foi o Lula.
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BLOCO DO CORDEIRO
Envolvido em novelos,
é aquele de longa data -
se assusta, não arrebata,
mas contamina o ambiente inteiro.
Não se sabe se gera o pecado
ou concebe a prece,
se é calvário ou eternidade...
Conhecemos alguém como essa esfinge:
Nossa imagem no espelho ao fim da tarde.
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