terça-feira, 10 de setembro de 2013

A VOLVO E O MERCA-DO BRASILEIRO

'É quase impossível entrar no mercado brasileiro', diz presidente mundial da Volvo

As restrições impostas pelo governo aos importadores de veículo criaram condições quase impossíveis para as estrangeiras atuarem no país e vão limitar a atuação da Volvo a uma marca de nicho e baixo volume nos próximos anos.
O diagnóstico foi traçado pelo presidente mundial da marca, Håkan Samuelsson, em entrevista à Folha no Salão do Automóvel de Frankfurt, a principal feira do setor no mundo.
"O Brasil ficou muito difícil com as novas regras de importação. É quase impossível entrar", diz.
O executivo descarta a possibilidade de adotar produção local no curto prazo, assim como fizeram concorrentes como Mercedes e BMW. "Um dia teremos que pensar, mas não está no nosso radar."
Desde a criação do novo regime automotivo, em 2012, a Volvo, como importadora, tem de pagar um adicional de 30 pontos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros que traz ao país.
A cota isenta do adicional do imposto é limitada a 4.800 carros por ano. Com o anúncio de fábrica, a montadora ficaria isenta da tributação extra.
A restrição fez o grupo priorizar outros mercados como a Rússia e a China. No Brasil, a marca admite que terá vendas praticamente estáveis e uma operação pequena, de nicho.
"A área que está faltando para que possamos nos tornar global de verdade é a América Latina e a América Latina é o Brasil. Estamos presentes, mas com uma operação muito pequena", diz.

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