Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Não é de hoje que o vereador petista Carlos Suíca (PT) tem utilizado a tribuna, os corredores da Câmara Municipal e sua atividade sindical para bradar contra o governo estadual, embora integre a base do governador e correligionário Jaques Wagner (PT). Desde o começo do ano, o legislador já abriu fogo contra a Segurança Pública do Estado, contrariou uma orientação do deputado federal Nelson Pelegrino (PT), promoveu invasão à sede da pasta da Educação, em favor de funcionários terceirizados (ver aqui e aqui), e até mesmo organizou uma manifestação contra o governo baiano, quando criticou a postura dos colegas de Câmara. Desta vez, Suíca surpreendeu ao comentar o "voto de minerva" do ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, que aceitou os embargos infringentes e possibilitou um novo julgamento para 12 condenados no caso mensalão, entre eles o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT) e os deputados petistas José Genoino e João Paulo Cunha. Convidado pelo Bahia Notícias a comentar a decisão, sem pedir sigilo, Suíca emendou de pronto: “Que vergonha”. A cena foi presenciada pelo assessor de outro vereador, que ficou estupefato com a declaração de quem, em tese, iria defender os companheiros, como fizeram outros petistas de todo o Brasil durante o processo. Momentos depois, o líder da oposição, Gilmar Santiago (PT), ao conversar com a reportagem do BN, perguntou: “não vai pegar uma declaração de Suíca?”. O autor da frase “que vergonha” estava ao lado e resumiu qual a versão irá adotar após a divulgação da sua fala: “Eu vou negar”. Se o clima já não era bom entre o petista e a base de Wagner, deve piorar, mesmo que ele negue o que de fato falou.
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