EXATAMENTE AQUILO QUE EU PRETENDO FAZER NO BAIRRO DE SANTO ANTÔNIO, CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR. aLIAS, JÁ FALAI DE MEU PROJETO AO FERNANDO GUERREIRO, ATUAL PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO GREGÓRIO DE MATOS
VESPERATAS/2013 / DIAMANTINA-MG - o evento é promovido anualmente de abril a outubro... confira calendário turístico no final da matéria.
A VESPERATA por seus elementos culturais riquíssimos e fortíssimo sendo um deles a musicalidade diamantinense é considerada um Patrimônio Imaterial da cidade... CONFIRA:
Durante o século XVIII as Irmandades contribuíram, sobremaneira, para o reconhecimento e a manutenção da música como um ofício consolidado e seguro para o músico setecentista na Capitania das Minas Gerais. Esse mesmo processo foi similar no Arraial do Tijuco. Sustentado por uma vigorosa economia mineradora, diamantífera e aurífera, um ambiente musical intenso e poderoso desenvolveu-se no local. Nesse contexto, destacou-se o músico José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, mulato que viveu
no Tijuco por mais de vinte anos e foi contratado pela Ordem Terceira do Monte do Carmo, a elegância melódica, textura harmônica e técnica de orquestração da obra de Lobo de Mesquita levaram-no ao posto de mais importante músico contemporâneo das Américas no século XVIII, comparável apenas aos grandes mestres europeus.
A criação do bispado em Diamantina, a profunda ação do clero na cidade, a imposição dos limites livre do funcionamento das irmandades, a emancipação da cidade em 1838 e por fim a criação de um Código de postura Municipal foram fatores determinantes para o esvaziamento nas funções e no cotidiano das Irmandades, diminuindo sua capacidade financeira de continuar oferecendo estabilidade e segurança ao ofício de músico no antigo Tijuco. Essa situação acelerou o amadorismo que cercou o músico diamantinense ao longo dos séculos XIX e XX. Cabe, entretanto, esclarecer que a musicalidade da cidade não foi ofuscada, exatamente porque seu passado musical, riquíssimo, permaneceu como legado às gerações futuras que até os dias atuais ainda cultivam, a paixão pelo piano, instrumento presente e vivo no cotidiano das famílias. Diamantina possui um número expressivo de músicos hábeis que primam pelo bom gosto e executam o fino do Jazz, do Fox, do Bolero, da Valsa, da Bossa Nova, do Samba, do Chorinho, da Serenata.
João Batista de Macedo, o Maestro Piruruca, foi regente da Banda do 4ª Corpo Militar de Diamantina criada em 1891 e introduziu uma inovação durante suas retretas, que eram executadas no coreto que existia na praça em frente ao atual prédio da Prefeitura de Diamantina. Uma música específica possuía uma linha de composição que o inspirou a destacar os blocos de solistas nas sacadas e janelas dos casarões da antiga praça da cidade. A disposição peculiar dos músicos foi sendo repassada entre os maestros que assumiam a regência da Banda Militar.
Monsenhor Walter Almeida, Major Capelão da Polícia Militar, um dos componentes da Comissão Diamantina Patrimônio da Humanidade, empossada em 1997, conhecedor da história de Diamantina destacou nas mensagens que contribuíram para a montagem do dossiê que seria enviado á UNESCO, as reuniões musicais vespertinas que aconteciam no seio das famílias diamantinenses, originadas na tradição inglesa de se tomar chá aos finais de tarde. Em relação à sobreposição dos inúmeros sons que a cidade, melodicamente, emitia naquele momento, o Major Capelão afirmava que as tardes em Diamantina eram verdadeiras “tardes vesperais”. Utilizava o termo vesperal com o sentido de espetáculo, de concerto.
O nome Vesperata é uma adaptação do termo vésperas, da mesma forma que das matinas eclesiásticas – que antecediam habitualmente as missas das almas – adaptou-se o termo matinada. Que das serenas – canção trovadoresca – adaptou-se o termo Serenata.
O retorno dos músicos às janelas e sacadas dos velhos casarões foi sugerido como atrativo que Diamantina poderia apresentar como substância de sua alma musical. E a partir de 1999 para comemoração do título de Patrimônio da Humanidade, nasce no berço da tradição diamantinense a Vesperata que vem se tornando ao longo dos anos um produto turístico de relevância, capaz de projetar Diamantina em vários lugares do território nacional e fora dele, responsável por atrair um público fiel e elitizado.
E desde a sua concepção como evento cultural, o espetáculo adquiriu ao longo dos seus doze anos um vulto capaz de encantar turistas do mundo inteiro. Instalada na Rua da Quitanda, ela faz parte do calendário de eventos oficial da cidade de Diamantina e ocorre quinzenalmente durante sete meses, entre Março a Outubro, havendo algumas apresentações extras, de acordo com datas comemorativas específicas.
A Vesperata, por seus elementos culturais riquíssimos e fortíssimo sendo um deles a musicalidade diamantinense é considerada um Patrimônio Imaterial da cidade.
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