"THE NEW-YORK TIMES" CRITICA CUSTO...
... Brasil e pizza de queijo de R$ 67
O jornal americano The New York Times criticou os preços absurdamente altos do "custo Brasil" com combustível bem acima da média mundial e uma pizza de queijo que chega a custar US$ 30 (cerca de R$ 67). Segundo a publicação, quem vive nos EUA não sabe que o berço mais barato vendido na loja de mobiliário Tok & Stok chega a custar seis vezes mais do que o vendido na Ikea, uma loja similar dos EUA.
O jornal afirma que os brasileiros estão "ressentidos" pelos gastos da elite política e que pagam preços elevados para quase tudo e as pessoas sabem que pagam mais caro quando poderiam gastar menos, o que mostra que há "algo de errado" no País.
Os protestos de rua surgiram a partir de uma campanha popular contra o aumento das tarifas de ônibus - que implicam em gastos muito mais elevados aos habitantes do Rio de janeiro e São Paulo do que aos habitantes de Nova York ou Paris. Para o jornal, "o preço do transporte é apenas um exemplo das lutas que muitos brasileiros enfrentam para fazer face às despesas."
Para mostrar o elevado custo pago pelos brasileiros, o The New York Times diz que alugar um apartamento em áreas cobiçadas do Rio de Janeiro se tornou mais caro do que em Oslo, capital da Noruega, cidade rica em petróleo. Antes dos protestos, o aumento dos preços dos alimentos básicos, como tomates, viraram motivos de paródias com a presidente Dilma Rousseff e seus assessores econômicos.
A inflação está em torno de 6,4% ao ano, com a classe média reclamando que está arcando com o ônus dos aumentos de preços. A indignação popular é inflamada numa época em que grandes projetos de estímulo estão deixando a economia desacelerar, aumentando o espectro de estagnação na maior economia da América Latina, completa a publicação.
O jornal afirma ainda que os custos "altíssimos" do Brasil podem ser atribuídos a uma série de fatores, incluindo gargalos de transporte que tornam mais caro levar os produtos para os consumidores, além das políticas protecionistas que protegem os fabricantes brasileiros da competição e de um legado dos consumidores um pouco acostumados com inflação relativamente alta, e que ainda está longe dos 2.477% alcançados em 1993, antes da reestruturação drástica da economia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário