RIO - Acionistas minoritários das empresas X, de Eike Batista, criaram uma associação para tentar preservar seus direitos em meio à derrocada das ações de companhias como OGX e OSX.
Liderada pelo advogado Adriano Mezzomo, do Rio de Janeiro, a Unax tenta reunir procurações de investidores locais e estrangeiros para ter representatividade junto às empresas e a entidades como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em comunicado, o grupo diz que "estuda medidas judiciais e administrativas visando ao bloqueio de bens do senhor Eike Fuhrken Batista".
"Precisamos analisar os fatos para então tomar as providências cabíveis. O que nos estranha é a rápida deterioração do grupo. Queremos entender o motivo", diz Mezzomo, que também é acionista.
A associação pretende protocolar em bloco as procurações obtidas de investidores e tentar convocar assembleias extraordinárias. Um dos objetivos é instaurar conselhos fiscais em empresas do grupo, proposta que foi vetada na assembleia geral ordinária da OGX, realizada em abril.
Além das empresas X, da CVM e da ANP, a Unax também busca esclarecimentos de agências de classificação de risco e auditorias independentes. Segundo Mezzomo, há um descompasso entre os relatórios dessas empresas e a situação real das companhias de Eike Batista.
A iniciativa da Unax é paralela a outra que organiza um encontro que está sendo promovido via Twitter pelo acionista da OGX Willian Magalhães no dia 13 de julho, em São Paulo.
O objetivo da reunião é debater o futuro da petrolífera e aumentar a influência nos destinos da empresa. A tendência é que esses movimentos de acionistas de difundam por todo o País com o agravamento da situação financeira do grupo. Os movimentos prometem ser no mínimo mais uma dor de cabeça para Eike.
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